41 anos após a estreia e exibição da animação Urusei Yatsura, de Rumiko Takahashi, no Japão a “Turma do Barulho” retorna com um remake­. Então, aqui eu apresentarei sobre a descrição da professora Linda Hutcheon em Uma Teoria da Adaptação.

O que é uma adaptação? Ela precisa ser cem por cento fiel à obra original?

A professora Hutcheon vai falar que a adaptação compreende “um processo de criação”, envolvendo “tanto uma (re-)interpretação, quanto uma (re-)criação, e dependendo da perspectiva, isso pode ser chamado de apropriação ou de recuperação”.

Portanto, a adaptação é uma das formas de contar histórias de um para o outro, por exemplo, de um romance para um filme ou animação. No entanto, os elementos dessas histórias, enredo, personagens, tempo, espaço, ambiente e narrador é o que trazem a tão discutida fidelidade artística.

Então, não necessariamente a adaptação precisa ser fiel, desde que ela respeite os elementos narrativos. É aí que entra uma das obras do barulho.

O remake manteve todos os elementos narrativos que a obra original trouxe; um Ataru Moroboshi mulherengo, a bela e sensual Lum, a amiga de infância Shinobu, o monge sem noção alguma e outras personalidade lunáticas que são tão marcantes dentro e fora da obra. O recheio das muitas paródias do gênero de ficção cientifica e a zombaria de tudo e todos, que vai de um filme a personalidades importantes do Japão.

A maneira como os acontecimentos são transmitidos sofreram poucas mudanças – mudanças essas que não afetam o que citei acima – e o teor cômico, absurdo e pastelão se mantiveram.

A conclusão que cheguei a respeito desse remake­ é que ele serve tanto para os expectadores mais novos quanto para os mais velhos. Afinal, passados 41 anos, Urusei Yatsura ainda tem aquele poder bizarro de atrair o público.