O início de novembro marcou a temporada de filmes que possivelmente serão indicado aos Oscar, ou seja, uma grande onda de filmes fora do arco de Hollywood, para bom cinéfilo ou cult apreciador de filmes europeus, é um prato cheio;

Porém de nada vale se não preenche nada ao assistir, e Um Segredo em Paris se aplica nessa falta de perfeição e interesse em uma tentativa falha de filme francês cult aos padrões de produção de Quentin Tarantino.

Velha e Maravilhosa Fotografia

Aos padrões do cinema francês, o filme já mostra aquela velha e maravilhosa fotografia que agrada a todos, junto com uma história leve e doce que pode aparecer um momento de tensão mais ácido na trama, porém em Um Segredo em Paris se mostra falho em todos os sentidos, um roteiro que se mostra denso mas intragável, se mostra tão confuso e monótono que incomoda e te faz ignorar todo o belo visual desse filme.

A cada ligação de cenas invertidas ao estilo Pulp Fiction, esconde um plot que te leva de volta para submergir a trama de Um Segredo em Paris, criando teorias e brotando dúvidas que são pensadas durante o filme, ou seja, aquilo que te retorna a atenção a história, apenas te faz criar novas ligações na trama e não prestar atenção ao que está sendo passado em tela, sendo que no fim toda a teoria e dúvidas são descartadas pelo fim simplista, extremo clichê e raso se comparado ao roteiro.

Um Segredo em Paris
Um Segredo em Paris (Imagem Divulgação)

Diálogos Sensacionais

Apesar do desastre em tela, a história não é fora da realidade, os diálogos são sensacionais, misturando com narrações e quebras da quarta parede consegue intrigar o público, de forma que tenta sempre te manter preso a trama, o que é outra missão fracassada, trabalham o desenvolvimento de um casal completamente sem carisma ou amoroso, contudo há uma discussão curiosa nesse ponto, que é a falta de amor em filmes europeus, a maioria das vezes ela não funciona, não cativa e chateia a ponto de desejar o fim daquela situação forçada e falha ao tentar cativar o público na marra.

Tentar encontrar ao positivo em Um Segredo em Paris é um objetivo quase que impossível, mesmo que pareça uma história fofa, que os personagens cativam e que a fotografia é maravilhosa, são componentes que não salvam essa tentativa de filme cult francês, abaixo do medíocre, longe de um sonífero, está mais para espanta público, é uma tristeza transmitida em tela que abusa da paciência para algo interessante ou de explodir os neurônios, muitos detalhes fora do anexo, tentando fazer uma metáfora ou algo do tipo, mas no ponto onde tudo já está perdido e ignorado, tentar ficar até o final é se irritar cada vez mais.

Um Segredo em Paris

Falta Convicção da Trama

Um Segredo em Paris pode ter sido uma tentativa para entrar na lista de filmes estrangeiros indicados ao Oscar, ou apenas um filme legal.

Contudo, a falta de convicção da trama e a tentativa de cenas invertidas para trabalhar a mente do público te afasta demais da história e coloca incógnitas que te faz refletir qual o sentido desse filme. Se era para ser algo simples, também não funciona, além de incomodar bastante e irritar com a fraqueza nítida de uma tentativa de filme cult.

REVIEW
Um Segredo em Paris
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Baraldi
Editor, escritor, gamer e cinéfilo, aquele que troca sombra e água fresca por Netflix e x-burger. De boísta total sobre filmes e quadrinhos, pois nerd que é nerd, não recusa filme ruim. Vida longa e próspera e que a força esteja com vocês.
um-segredo-em-paris-reviewMavie (Lolita Chammah) é uma garota de 27 anos, solitária, desajeitada e cheia de dúvidas. Em uma busca incisiva por descobrir que caminho seguir na vida, ela se muda para Paris e conhece George (Jean Sorel), um velho livreiro solitário e cínico, que não espera mais nada da vida e carrega um passado obscuro. O amor pode assumir diferentes formas e, no caso deles, um jeito não convencional de relacionamento surge e, definitivamente, mudará o caminho de Mavie e seu modo de ver a vida.