O gênero de terror trabalhado em um mundo pós apocalíptico pode ser um grande risco de cair no clichê e se tornar chato e medíocre, felizmente essa visão passa bem longe de Um Lugar Silencioso.
Com roteiro e direção de John Krasinski, Michael Bay na produção e um elenco pequeno e brilhante, o novo filme de terror da Paramount deveria estar no dicionário para explicar o significado da palavra agonia ou um sinônimo para pânico.
A Criatura
Sem explicação alguma, um tipo de criatura apareceu na Terra e varreu a raça humana. Não é explicado a sua o origem e não é necessário também, o que importa mesmo é que elas não possuem nariz e nem olhos, a audição é o único sentido presente e com certeza muito apurado, o que faz jus ao título do filme.
Toda a tensão e agonia transmitida nas situações de aperto chegam a ser sufocantes ao ponto de você segurar na cadeira e torcer para que nada aconteça, mesmo assim existe a presença de trilha sonora que demonstra as situações de terror vividas, padrão que funciona em qualquer filme de terror, ao mesmo tempo que poderia ser descartado, ele é necessário porque o nível de intensidade do filme é bem pesado no quesito terror.
Terror em Silêncio
Além do terror de permanecer em silêncio e fazer o mínimo de barulho possível, ainda existe uma trama de família sendo construída que faz os holofotes se dividirem, em cada parte um personagem brilha de forma diferente, de John Krasinski fazendo o papel do pai protetor e sobrevivente a Emily Blunt fazendo uma mãe grávida e tendo que se virar em momentos conflitantes.
Por e último e mais importante Millicent Simmonds, que realmente é surda e muda, é a mais destacável no papel de filha que acredita ser um infortúnio na vida de seus pais.
Noah Jupe teve sua importância também e um certo destaque em algumas cenas, a fotografia desse filme é algo de se impressionar, dificilmente é notado esse tipo de coisas em filmes de terror, mas é de cair o queixo a importância e o detalhe que foi feito para esse filme, os mínimos detalhes foram certeiros na perfeição.
Grande Experiência – aterrorizante!
Impossível aqueles que assistirem o filme e não entrarem de cabeça na trama, pois o silêncio em tela é ensurdecedor e aterrorizante a ponto de não conseguir ouvir o mastigar da pipoca do indivíduo ao lado, o filme conseguiria ser mais intenso com menos trilhas sonoras, mas a experiência não é atrapalhada.
A genialidade desse filme coloca uma questão interessante em debate: John Krasinsky já provou de seu talento em filmes e séries, estaria ele se juntando a George Clooney e começando uma nova carreira dentro de Hollywood como diretor? Seja oficializado ou não, mostrou que sabe escrever e dirigir um filme incrível.