Somando às boas estreias da temporada, temos um anime sobre bruxas e suas maldições. Nadando contra a maré, The Witch and the Beast coloca as bruxas no clássico papel de vilãs dos contos de fada e conta a história de uma dupla que trabalha para solucionar casos envolvendo suas maldições.
De magia, pela magia, para a magia
O enredo é baseado no mangá de Kousuke Satake, publicado em 2016 e em hiato desde o ano passado por conta de problemas de saúde do autor.
The Witch and the Beast conta história de Ashaf e Guideau, uma dupla excêntrica. O primeiro é um homem elegante e retrô, que anda com uma caixão nas costas do mesmo. Sim, daquele jeito que parecia legal nos anos 2000 e as pessoas ainda lembravam de Blood+ e do Haji.
A segunda é uma moça bruta, boca suja e briguenta, como se fosse a Mordred de Fate Apocrypha.
Apesar das personalidades baterem como a água bate com o óleo, os dois trabalham para a Ordem de Ressonância Mágica. Uma organização “mágica, de magia e para a magia” e que em último caso, operam onde a polícia não consegue chegar.
No episódio de estreia, Guideau e Ashaf investigam uma cidade que glorifica uma bruxa tida como a salvadora da cidade, querida por todos. Seu trabalho, e em especial a agressividade da Guideau, os coloca contra a cidade inteira, que acredita até o último momento que a bruxa os protege.
Porém, Guideau sofre ela mesma de uma maldição e por isso é obcecada em achar a bruxa que a amaldiçoou e desfazê-la. Mas como?
Como nos contos de fada
The Witch and The Beast revive a velha fórmula do beijo do príncipe encantado. Essa seria uma das forma de desfazer uma maldição.
Antes que o leitor comece a achar que Ashaf vira um príncipe encantado e comece a shippar o casal principal, existem outras opções aqui. Outra solução é fazer com que a bruxa mude de ideia e desfaça a maldição por conta própria.
Se as duas opções não forem viáveis, sempre existe a opção de beijar a bruxa, por que não? Com essa ideia aliviando temporariamente a maldição de Guideau, aparentemente o anime será uma caça às bruxas, mais especificamente uma caça à boca das bruxas.
Piadocas à parte, o anime passa uma vibe de mistério mágico londrino como se você estivesse reassistindo Lord El-Melloi II’s Case Files, o que é ótimo. Não parece ser o tipo de anime que você irá querer assistir semanalmente, porque ele toma seu tempo construindo seus casos e sua trama. Sempre existe a opção de deixar pra ver uma estreia da temporada inteira numa tacada só como se fosse uma série da Netflix, então a escolha é de vocês!