Eriki
    Eriki
    Olá, sou o Eriki, redator do Suco de Mangá desde 2018, ex apresentador do Gole Otaku, programa semanal do Suco de Mangá sobre as estreias de animes da temporada, formado em História pela UFRJ e guitarrista da Matina Cafe, banda que se inspira no som do visual kei.

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    Real Akiba Boyz Anime Friends 2024 | Suco Entrevista

    Pela segunda vez no Brasil, os Real Akiba Boyz trazem a genuína experiência otaku para o Anime Friends, sendo o rosto e bandeira dos frequentadores da capital mundial dos otakus: Akihabara!

    Confira nesta entrevista com a coletiva de imprensa sobre seus gostos de anime, seu casamento com o break dance e como os japoneses também sabem zoar tão bem quanto os brasileiros!

    Vocês puderam sentir alguma influência do trabalho de vocês no público brasileiro desde sua última visita para cá?

    Sim, ano passado nós viemos, nos apresentamos e dançamos e sentimos que vocês captaram bem o essencial da gente, o que nos deixou muito contentes!

    Como vocês veem a dança nos dias de hoje e como vocês aperfeiçoam isso nas suas coreografias?

    Nós ouvimos bastante músicas de anime e vemos as coreografias dos personagens, sempre tentando pôr um pouco de nós nessas performances. No nosso tempo livre, cada um de nós treina à sua maneira. Se alguém gosta de alguma música ou de algum personagem, ele vai lá e já começa a ensaiar. 

    Tem algum anime favorito de vocês em específico com que vocês gostariam de colaborar?

    Tem sim! K-On, Aikatsu (por favor, vejam Aikatsu!), Nadesico e Love Live.

    O que vocês acharam do público brasileiro no ano passado e qual a expectativa de vocês para esse público agora?

    A gente entendeu muito bem que o público brasilerio adora anime! Os brasileiros são muito calorosos e eu espero bastante que o público possa aproveitar nossas danças.

    Vocês participaram da abertura de Elf-san wa Yasarenai, que acabou de estrear. A música foi composta pelo Fried Pride e eu gostaria de saber como foi que aconteceu essa colaboração.

    Recebemos uma oferta (risos). Recebemos essa oferta e conseguimos realizar esse sonho de trabalhar para uma abertura de anime!

    Vocês têm curiosidade de conhecer ou aprender algum tipo de dança brasileira?

    Samba, lógico, e break dance.

    Vocês estão com um show previsto para outubro no Nippon Budokan e eu quero saber como vocês estão se sentindo em poder tocar num dos maiores palcos do Japão.

    Tocar no Budokan era um dos nossos sonhos quando começamos dez anos atrás. Não são muitos os grupos de dança que tem essa oportunidade de tocar nesse lugar, então esperamos que esse show possa abrir portas para outros grupos.

    No início de julho vocês tiveram a oportunidade de estrear um programa de rádio, o Real Akiba Boyz no Otaku Radio. Como foi essa experiência? Foi dentro das expectativas ou algo muito fora?

    Foi uma experiência bem diferente, porque como não tem como dançar na rádio, então é uma ocasião onde temos que mostrar mais o nosso lado otaku, mas é uma experiência divertida.

    A imagem do Real Akiba Boyz é a imagem de um grupo otaku, mas vocês andam na contramão da imagem que se costuma ter de um otaku: um neet sedentário, mais recluso e trazem a dança pra quebrar a expectativa dessa imagem. Essa quebra de expectativa também rola no Japão?

    Keitan: Bom, a gente até parece ativo, mas fora eu, são todos uns reclusos, não abrem a boca pra falar com ninguém *risos*. Isso é realmente um problema, eu acabo tendo que fazer toda a comunicação com os outros artistas sozinho. Então nesse sentido, esses rapazes aqui não são em nada diferentes dos otakus de Akihabara.

    Se não me engano, vocês participaram como avaliadores de um concurso de dança, onde tinham até dançarinos de funk brasileiros. O que vocês acharam?

    Nós achamos os brasileiros ótimos, a nível mundial! Tinham vários dançarinos de break dance, mas ali avaliamos habilidades de dança como um todo e foi uma experiência bastante divertida ver talentos como  não se costumam ver no Japão.

    Como vocês fazem para trazer para a dança, para o mundo do 3D, as coisas que passam pelo 2D como nos animes ou em jogos mobile?

    Depende do tipo da música, pegando gestos mais animados para músicas mais animadas tipo Oshi no Ko, ou colocando golpes e gestos populares como o Kamehameha.

    Durante a carreira de vocês, houve algum feedback negativo por parte da comunidade do break dance por vocês serem otakus?

    Houve um pouco disso sim no começo, mas já éramos todos da cena do break dance antes disso. Alguns de nós já dançávamos há uns vinte anos e de nicho em nicho, no R&B, no hip-hop, fomos fazendo amigos dentro dos times que eram otakus.

    Como vocês escolhem os animes que vocês vão interpretar?

    Vai de cada temporada, nós assistimos os animes que vão estreando a cada temporada, de inverno, primavera, verão e outono, de acordo com cada gênero, se for um anime de ação, ou comédia, ou isekai e vamos escolhendo o que melhor agrada. Mas não sei se acontece o mesmo no Brasil, mas geralmente nós assistimos um anime porque já líamos o mangá que ganhou uma adaptação para anime. Talvez no Brasil as pessoas conhecem uma obra quando ela já ganhou um anime, mas a gente costuma mais ler o mangá e daí sim assistir o anime quando ele é anunciado. 

    Parabéns pelo show de sexta-feira com a Animeshon! Certa hora vocês começaram a interagir com o público mencionando as vtubers, de quem cada um gostava mais. Queria ouvir do integrante que mais curte, como foi que conheceu as vtubers, qual sua oshi, etc.

    Gosto muito das vtubers da Nijisanji, do Hololive, entre outras, mas principalmente do Hololive. Tem também o Peanuts-kun e as Omega Sisters. Entre os brasileiros, deu pra ver que tem gente que gosta a beça do HoloEN, da Hoshimachi Suisei, da Honshou Marine e que elas são bem populares aqui. Já eu amo a Fubuki! Comecei a me interessar pelas vtubers na época da Kizuna AI e da Kaguya Luna, onde já passei a conhecer o Hololive, vendo os cortes das lives e foi assim que fui tendo a minha favorita. 

    E sobre seus uniformes, vocês se vestem bem a caráter do estereótipo do típico otaku de Akihabara. Mas esse estereótipo reflete mesmo os frequentadores de Akihabara ou o público otaku se veste de um jeito mais variado?

    Keitan: Eu já morava em Akihabara e sim, é um estereótipo, porque as pessoas até usam blusa xadrez, mas diferente de nós, usam a roupa toda desabotoada, um desleixo que eu gostaria de consertar *risos*. E as blusas xadrez são um ícone da moda no mundo inteiro, então quero que as pessoas vejam o grupo nos reconheçam como um clássico da moda.

    Todos os integrantes: Só ele pensa isso, tá? *risos*

    real akiba boyz anime friends 2024
    Foto: @sucodm / @erickrekishi

    O Suco fica bastante contente com a volta dos rapazes do Real Akiba Boyz e agradecemos bastante pela conversa tão divertida!

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