Ahhhh Production I.G. como eu amo você! Mesmo sendo as primeiras impressões da animação, é fácil de dizer de que faz um bom tempo que não via um trabalho tão denso e bacana desde a época Ghost In The Shell. Gen Urobochi anda numa fase muito boa, vindo dos interessantes Fate/Zero e Puella Magi Madoka Magica, mas atingindo um ápice da roteirização com Suisei no Gargantia, Aldnoah.Zero e claro, Psycho Pass.
Bem, como característica do estúdio, a série é originalmente para a TV, mas mesmo assim saiu duas adaptações em mangá, uma recente light novel e o já esperadíssimo filme em animação, que tem data de estreia para 9 de Janeiro de 2015.
Sybil: A Nova Lei
Sim, dá pra fazer uma fácil analogia com Minority Report de Phillip K. Dick, que até teve um filme do Tom Cruise e com direção do Spielberg. Isso porquê no universo de Psycho-Pass há um sistema denominado Sybil, capaz de identificar alguém com um potencial criminoso ou mesmo saber por uma espécie de análise psicológico se a pessoa precisa de tratamento ou não. E como isso? Todos tem um chip implantado – olha a teoria da conspiração aí – que é o tal do Psycho-Pass.
O enredo conta com um casal principal: Akane Tsunemori, policial-inspetora, atleta, inteligente e de bons princípios. Já seu companheiro, é o contraponto. Shinya Kogami, que igualmente a Akane, tem alta inteligência, muita força, só que consegue fazer muita coisa que a protagonista feminina não consegue, por achar, digamos “errado”. É dessa forma que o enredo caminha de forma interessante, já que não se prende apenas na moral de certo personagem, o que acaba caracterizando a série como exuberadamente violenta.
Todos São Criminosos em Potencial
Além da bela animação e dos casos criminais bem bacanas, o mais interessante é a questão psicológica que a rede/Sybil acaba trazendo. Sempre devemos confiar num computador? Até que ponto ele está imune à infecções ou alterações? Outro fator interessante é quanto a personagem Akane. Enquanto seu companheiro Shinya já aparece como um personagem pronto, de personalidade já feita, a garota, por ser a “novata” tem muito a aprender. E já de cara nos primeiros episódios, dá-se a notar a sua evolução.
Para todos os fãs de Ghost In The Shell, obras cyberpunk ou mesmo universos high tech, vai se identificar com a obra. Outra questão é quanto as referências. Urobochi é um monstro nesse quesito e as influências com Blade Runner, Gattaca e até Matrix, são alguns exemplos do que você pode encontrar. Espero voltar com uma análise mais detalhada em breve!