Depois de 10 anos após seu término na semanal da Shounen Jump – me espanto até hoje por ter saído nessa revista o.o’ – Death Note ganhará uma série de TV!
Prevista para sair em Julho no canal NTV, a produção já confirmou um novo plot sem qualquer relação com o mangá, anime ou mesmo live-action. A única imagem que temos é com Ryuk/Ryuuku num cartaz pensando: “Uma série dramática…. Interessante!!”
E vamos com um dos destaques da Temporada de Primavera, Saint Seiya: Soul of Gold! Não importa quando ou que tipo de série, quando lê-se “nova série de Cavaleiros do Zodíaco”, todo mundo brasileiro vai querer assistir.
Uns torceram com a Saga G ou Next Dimension, outros – poucos – torceram contra Lost Canvas e outros – muitos – contra Omega. Sinceramente, os que mais torcem o nariz é a galera que quer ver uma trama toda amarradinha, sem furos, mas cá entre nós: Queremos mesmo é ver porrada! E se for com os cavaleiros de ouro, MELHOR! 😛
E mais ou menos no mesmo feeling que tivemos com a Saga de Hades, temos novamente os 12 dourados como destaque, especialmente Aiolia. O cavaleiro de leão, acabou parando em Asgard por motivos inexplicados, ainda. Neste primeiro episódio, tudo leva a crer que Odin, estranhamente o reviveu por lá, pós os acontecimentos no Muro das Lamentações, durante a luta contra Hades.
Reviva, Lenda Dourada!
A trama começa com Aiolia e uma jovem garota, de nome Lifia, presos numa cela mista. É claro que um conjunto de muros e grades não são suficientes para um cavaleiro de ouro e não demora para eles saírem dali. Com sua memória ainda perturbada, o cavaleiro de ouro quer voltar a encontrar seus aliados e partir salvar Athena das garras de Hades. O que ele não esperava é que Lifia, uma garota que diz ser da “resistência” e que luta para o bem do seu povo, diz ser estar sendo perseguida e que Andreas e Frodi, dois cavaleiros de Asgard estão à sua procura, ou melhor dizendo, querem sua vida!
E porquê à procuram? Bem, Hilda, a representante de Odin na Terra, ficou terrivelmente doente de forma repentina. Com isso, Andreas Rize a substituiu, trouxe a árvore da vida Yggdrasil para a Terra e prometeu uma nova vida a toda sociedade de Asgard. Conspiração? A vá :p
O primeiro episódio ‘Reviva, Lenda Dourada’ é bem similar a um episódio de pokemonshounen clássico! Temos uma apresentação, um desenvolvimento com apresentação de alguns personagens e no fim, a tão esperada batalha. Os destaques aqui é no apelo a mitologia nórdica e na questão social, onde o povo de Asgard está sofrendo de um frio rigoroso e uma terrível fome – e com a vinda da grande árvore Yggdrasil, espera-se que todo este sofrimento termine. Toda essa apresentação de plot dá a entender que a série caminha para algo mais denso que a clássica… que bom!
Árvore da Vida
Como já dito, nota-se o trabalho do roteiro, mas claro, nada tão chamativo. O que todo fã de CDZ quer mesmo ver são batalhas que fazem sentido ou que pelo menos entendamos as reais motivações das personagens. E justamente neste primeiro episódio, temos um tratamento bem bacana com o psicológico do Aiolia, que né, conhecido por ter um temperamento austero e determinado.
Estão confirmados 13 episódios, passando um a cada 15 dias. Resta saber se a série terá Aiolia como protagonista real e cada um dos outros episódios teremos a apresentação de um cavaleiro de ouro na trama. Convenhamos, seria um migué né? Mas já que se trata da Toei, não dá pra esperar muitas reviravoltas.
Elevando o Cosmo
Na questão técnica, este episódio debut é acima da média. Boa animação, taxa de quadros, colorização e cogita-se que esta qualidade não caia até o seu fim, que bom. Saint Seiya: Soul of Gold fez jus ao seu retorno, vai agradar aos fãs mais antigos, novos e amantes do shounen.
Os primeiros passos da animação japonesa são exibidos na década de 10. De 1917 a 1945- ou final de 40-, notamos uma onda experimental (não) amadora, mas feita com muita dedicação, atenção e técnica.
Esse movimento só não prosseguiu porque o Japão passava por uma fase complicada. Perdeu uma guerra contra os EUA, sofrendo as imposições da economia americana capitalista, semelhante a um colonialismo.
O esforço dos animadores amadores surtiu muito efeito, dando frutos de qualidade, como Osamu Tezuka e a Mushi Production, o que é assunto para outra coluna. Enquanto isso, eu os convido para darem uma olhada nesses links e conhecerem o que foi a pré-história da animação “japonesa”.
Final Fantasy 15: Episode Duscae (Imagem Divulgação)
Faz quase nove anos desde que Final Fantasy XV foi anunciado na E3 de 2006. Na época o jogo se chamava Final Fantasy Versus XIII e faria parte do Fabula Nova Cristallis, o universo do décimo terceiro jogo principal da série, e seria exclusivo de Playstation 3.
Originalmente dirigido por Tetsuya Nomura (Kingdom Hearts), o jogo foi renomeado para Final Fantasy XV, se tornando o próximo episódio principal da franquia, ao invés de um jogo paralelo. O anúncio foi feito na E3 de 2013, onde também foi anunciado que agora será multiplataforma, para os consoles Playstation 4 e Xbox One.
Em 2014, após uma mudança na estrutura de desenvolvimento da Square Enix, Nomura deixou a direção de Final Fantasy XV para se dedicar exclusivamente ao Kingdom Hearts III, que também estava dirigindo desde 2012, sendo substituído por Hajime Tabata (Final Fantasy Type-0).
Após anos de espera e uma história conturbada de desenvolvimento, finalmente em março de 2015 foi lançada a demo Episode Duscae, que veio junto com a edição Day One do Final Fantasy Type-0 HD, então vamos ao que interessa.
Uma Fantasia Baseada na Realidade
A demo começa com uma pequena cena de corte introduzindo os personagens e um tutorial mostrando a mecânica de jogo. Posso estar ficando chato na mesma proporção que estou ficando velho, mas jogar o tutorial de Episode Duscae logo após Bloodborne me deixou bem irritado.
É desnecessário um tutorial lento que ensina o jogador a andar pressionando o analógico esquerdo para frente. Podia pular direto para o sistema de combate, que ai sim, é novidade. Passado o tutorial, a primeira coisa que se repara no jogo é como ele é lindo. É impressionante observar a paisagem da demonstração.
O cenário em Episode Duscae é completamente livre e aberto, com exceção de uma pequena dungeon no final da demonstração, o que pode ser resultado das severas críticas à linearidade de Final Fantasy XIII.
Aqui, após o tutorial, é possível se locomover por todo o imenso cenário como bem entender, respeitando apenas os limites físicos, é claro.
É importante lembrar que Episode Duscae é somente uma demonstração, e como tal não representa o produto final em sua totalidade, muito embora tudo leve a crer que o apresentado nesta demo seja uma constante no jogo final.
De qualquer forma, os monstros também se encontram soltos pelo cenário, de forma em que as batalhas não são aleatórias. Ao avistar um inimigo agressivo, há uma barra que começa a preencher quanto mais se aproxima, completando, a batalha começa. Quanto aos inimigos “pacíficos”, a batalha somente começa se os atacar.
O mais interessante a respeito das batalhas é que não há qualquer tipo de transição entre a exploração no mapa e as batalhas. Tudo acontece na mesma tela, há apenas uma mudança na música e na posição dos personagens, que assumem as posições de combate.
Quando as batalhas terminam também não há nenhum tipo de transição, aparece apenas uma tela mostrando as estatísticas do combate, como experiência e tempo de duração, mas o jogador continua na mesma tela de exploração.
Tudo isso proporciona um maior dinamismo para o jogo, uma vez que o jogador não precisa esperar o carregamento e mudança de tela no início e no fim da batalha.
Sistema de Combate
Em relação ao sistema de combate, a série abandonou o combate por turno por um em tempo real. Há um time de quatro personagens, porém o jogador somente controla o líder, Noctis. É possível se movimentar livremente durante o combate e o posicionamento influencia diretamente se o ataque vai acertar ou não.
Há apenas um botão de ataque simples que ao pressionar, Noctis desfere um ataque, e ao segurá-lo dá início a uma sequência de ataques. Além do ataque básico há alguns ataques especiais, que são ativados ao pressionar outro botão.
Não obstante, há também um botão para esquiva. Ao manter pressionado o personagem entre em posição de esquiva e irá se esquivar automaticamente caso algum inimigo tente acertá-lo.
Por fim, há um botão para tele transporte. Como visto nos trailers, Noctis pode se tele transportar para alguma localidade próxima. Nas batalhas isso pode servir para se afastar dos inimigos, para fazer um ataque que cobre a distância entre o personagem e o monstro ou para subir em algum lugar predefinido pelo jogo, caso haja algum nas proximidades.
Todos os movimentos, com exceção do ataque básico gastam MP. Ao esquivar dos ataques é necessário MP, assim como para se tele transportar e usar os ataques especiais.
Para recuperar MP o jogador pode se esconder atrás de objetos no cenário, utilizar o tele transporte para alguns lugares predefinidos do cenário ou apenas atacar os inimigos. Os ataques básicos bem sucedidos também recuperam o MP.
Já em relação à vida, há uma novidade em Final Fantasy XV. Existem agora duas barras de vida. Primeiramente tem uma barra branca, que vai decaindo na medida em que o personagem leva dano. Ao ficar completamente vazia, o personagem fica atordoado e não pode atacar nem se esquivar.
Todo dano que o personagem leva nesse estado é subtraído da barra vermelha de vida, que ao chegar no fim o personagem morre. Se Noctis morrer, é game over, se algum outro personagem morrer, o jogo continua.
Enquanto o personagem está atordoado ele pode ser resgatado por algum companheiro, recuperando toda barra branca até o limite da barra vermelha. Ou seja, se ele não tomou dano enquanto atordoado, recupera toda a vida, se tomou dano, recupera só até o restante da vida. Após a batalha a barra branca também é preenchida dessa forma, mas para recuperar a vida vermelha perdida só após descansar em um acampamento ou hotel.
Outro ponto interessante são as famosas summons, as invocações de criaturas poderosas para te ajudar em combate. Em Episode Duscae você tem contato com uma delas. Porém, diferentemente dos demais Final Fantasies, é necessário perder toda barra de vida branca de Noctis para poder utilizar a invocação.
Uma coisa que sempre me irritou nos Final Fantasies são as summons que tem animações de criaturas extraordinárias com poderes que parecem que vão destruir a Terra (É, você mesmo Bahamut ZERO), mas que no fim apenas dão um pouco de dano no inimigo.
Em Episode Duscae a summon, além de ter uma animação imponente, é extremamente poderosa, matando todos os inimigos com um golpe, inclusive o chefe da demonstração, um inimigo com uma barra de vida gigantesca.
O ponto negativo é que as vitórias através das invocações não dão experiência para o jogador, de forma que acaba se tornando uma opção para pular batalhas ao invés de uma arma do jogador para vencer o adversário.
Não há muito do enredo de Final Fantasy XV em Episode Duscae. A demonstração funciona como um episódio separado. Noctis e sua turma precisam de dinheiro para consertar seu carro que está quebrado, e resolvem aceitar um contrato para caçar um monstro. Toda a demo se resume a caçar e matar esse monstro, embora há outras coisas para se fazer nesse meio tempo.
Por falar no chefe, a batalha final da demonstração algo a parte. O chefe final tem uma barra de vida imensa e é extremamente longa a batalha, caso o jogador não resolva utilizar a invocação.
A série Final Fantasy é conhecida por batalhas longas, como as omega weapons de Final Fantasy VII, mas nelas não havia o sistema de combate em tempo real de Final Fantasy XV.
Lutar com o chefe com uma barra de vida monstruosa, tentar se manter vivo e proteger personagens que você não controle torna a batalha cansativa demais. Havia passado de 25 minutos quando desisti, pois estava ficando chato e cansativo. Talvez seja questão de gosto, mas para mim isso vai ser um problema se todo chefe do jogo for assim.
Por fim, é legal fazer uma ressalva quanto às animações do jogo. Muito embora tenha quedas constantes de frames, o que é aceitável considerando que é uma demonstração, não o produto final, as animações são tão naturais e fluídas que é impossível não se impressionar.
Se tiver passando por um arbusto, Noctis ira usar os braços para desviar, se estiver atordoado, algum personagem irá ficar na frente de Noctis com o braço estendido para protegê-lo. Caso acerte um contra ataque, há a possibilidade de um ataque em conjunto com algum membro do time, o que também é feito através de animações impressionantes.
Muito embora seja difícil definir com precisão como será o jogo completo apenas jogando uma demonstração, Episode Duscae mostrou que o jogo com certeza está na direção certa.
Combate rápido e fluído, batalhas sem transições, um mundo aberto para ser explorado e animações fluídas e naturais foram os pontos altos. Fica a ressalva para a batalha final desnecessariamente longa e cansativa e os problemas de framerate.
Fica a dúvida apenas a respeito da história, que pouco é mostrado na demonstração. Mas isso não chega a ser uma preocupação, já que a Square Enix costuma se sobressair nessa área em seus Final Fantasies
Esta é a terceira temporada de uma das séries mais “hypadas” da Primavera 2015. Se você ainda não conhece, pode estar acessando os nossos links acima e terá um entendimento melhor para quando assistir Born!
Como o nome já diz, Born marca o “nascimento” – ou assim esperamos – de um novo Hyodou Issei, todo armadurado e mais próximo de se tornar algo como um “guerreiro dragão”. Esta nova temporada vem com o mesmo elenco de dubladores, bem como de produção e não sei se é por causa do episódio de estreia, mas a animação teve algumas melhorias, se compararmos com os episódios da primeira temporada.
Como já visto nos primeiros trailers, diferente do que se pensava – e do que foi trabalhado nas duas primeiras temporadas – não teremos as adaptações sequenciais das light novel, ou melhor dizendo, já que a primeira temporada adaptou os volumes 1 e 2, a segunda 3 e 4, com esta será diferente e talvez teremos um pulo ou uma corrida até o volume 10 da série! Se isto é bom, já não sei, mas lembrando que a franquia anda muito bem nas vendas, principalmente nas vendagens de DVD/Blu-ray da segunda temporada.
Railway to Hell + Peitos
A nova temporada de High School DxD começa do jeito que todos os fãs gostam: Uma boa história Peitos! Ok, até aí não muda muita coisa das estreias das temporadas anteriores, pois se formos relembrar, acho que teremos o mesmo molde: Primeiro episódio chamativo, bem ecchi. Primeira metade teremos o chamado da aventura e o que esta temporada irá nos apresentar. A segunda metade – na verdade, no miolo dela – teremos alguns episódios para encher linguiça e teremos o fim com muita pancadaria. Quem duvida que será assim com essa também? 😀
Pois bem, Born começou com o convite de Rias Gremory para todos do grupo ocultista: Conhecer o seu reino lá no inferno! E não é que todos aceitaram? Pois bem, se você acha que para chegar ao inferno precisa de muitos ononô, tá bem enganado meu jovem, é só comprar uma passagem de trem!
Além da galera conhecer este submundo infernal, a galera pretende treinar para a batalha que está para surgir. Quem assistiu a segunda temporada, sabe muito bem do que estou falando. Anjos, Demônios, Anjos-Caídos e sabe-se lá mais o que estarão disputando a nossa querida Terra, ou pelo menos um pedaço dela.
Agora o que todos querem ver em DxD são peitos, claro. E já nos primeiros segundos, temos meia-dúzia de pares, balançando pra lá e pra cá e não para por aí: Tem-se uma cena mítica num onsen do inferno, onde Azazel explica os mistérios dos mamilos femininos para Issei. Mas gente, o garoto vai virar um expert em seios.
Mitologias e Koneko
Já que diversas raças estarão em uma disputa visceral e bem mortal, teremos diversos representantes. É aí que está a magia desta temporada, onde as mitologias vão se cruzar e digo mais, religiões também! Não me lembro de outra animação onde Cristianismo, Budismo, cultura Nórdica e outras, estariam presentes e em guerra! Será bem interessante presenciarmos uma luta entre Loki e Son Goku, por exemplo. *Son Goku da lenda ‘A Viagem ao Oeste’.
Além de todo esse bafafá mitológico, similar de como foi tratado na segunda temporada, teremos finalmente a revelação e um trabalho do background da Koneko. Isso aí já dá mais vontade para assistir o miolo da temporada, que toda certeza, teremos uma abordagem e centralização nela.
Sem Xadrez… novamente
Ainda não dá pra saber se esta temporada terá uma dinâmica bacana como a primeira, pois já vimos que o universo já está abrangendo diversas mitologias. Será que conseguem uma história enxuta e sem furos em Born? Oremos por Rias que sim.
Agora, o que o #BELLANnão aceita é a ausência do xadrez de novo. Alguém que acompanha as light novel, sabe se é assim também? As batalhas com referência nas regras do jogo de tabuleiro eram tão interessantes. Gostaria que este lado mais gasparov, voltasse. Era a cereja de bolo da série!
Se você ainda não tinha empolgado com o primeiro trailer do live action de Shingeki no Kyojin – AQUI – pode se preparar para este, que está MUITO mais foda!
Nele já dá pra sacar algumas cenas “clássicas” da animação/mangá, e lembrando que teremos mais ou menos 7 personagens novos para o filme – o que significa muitas mortes =X. O primeiro filme estreia 1 de Agosto e o segundo 19 de Setembro. *Ansiedade define*
Para quem não sabe, a animação foca nas aventuras de Nozomi Morotomo num Japão pós-guerra, onde o país acabou se dividindo em 10 cidade-estados.
Sente essa porrada? O.O Isso é Rolling Girls!
Eu Quero Ser Uma Heroína!
Cada um destes distritos, tem seu regulamento e maneira de governar e mais: Um vigilante (Best) e sua equipe (Rest), que a todo momento, acabam entrando em conflito um com o outro.
É nessa que a jovem recruta, aspirante a ser uma Best, substitui a vigilante de sua prefeitura – Maccha Green, ferida gravemente em uma batalha – e sai em viagem com suas amigas por toda a extensão nipônica.
Na busca pela paz entre os povos, ela almeja se tornar mais forte procurar por jóias-coração, estas, possuidoras de um misterioso poder latente.
Protagonistas, da esq. para direita: Nozomi, Yukina, Chiaya e Ai (Imagem Divulgação)
Premissa e Camadas
Até aí, a animação do Wit Studio (Shingeki no Kyojin, Hal) parece ter uma ótima premissa, cheia de batalhas e com muita aventura. Até num ponto SIM! Mas o outro ponto, e que talvez seja um problema é o seu direcionamento. Rolling Girls não é uma simples animação superficial e mais, não tem um público alvo tão amplo – digo, fora do Japão…
Vou-lhes explicar melhor. Se dividirmos a animação em três camadas, teríamos:
A primeira seria o fato da evolução da(s) personagens(s) principal(is), desbravando o Japão por estradas em suas motocicletas. Até aí, um bom slice of life, com cenários belíssimos, batalhas de tirar o fôlego, ótimo acabamento sonoro e algumas doses de non-sense e humor.
A segunda camada é quanto a união e a amizade. Em diversos momentos nos 12 episódios, temos batalhas que não se resume a porradaria. Muitas vezes, rivais ou amigas de infância se encontram numa posição de inimizades, mas sabemos que é algo temporário, que vai acabar.
A terceira camada é a menos direcionada para quem não mora no Japão. Rolling Girls tem muita referência histórica, social e sobretudo, geográfica. Com toda certeza, o povo japonês pode curtir o anime com outros olhares e assim, identificar ainda mais com a animação.
O mapa de Rolling Girls (Imagem Divulgação)
Colírio para os Olhos
Se em momentos você acaba se perdendo no complexo roteiro da trama, uma coisa é certa: A animação é um deleite visual.
A arte em Rolling Girls (Imagem Divulgação)
Arrisco dizer que é difícil pegar todos os detalhes numa só “assistida” e pode ser que seja mais interessante – e para quem gostou – ver novamente.
A arte em Rolling Girls (Imagem Divulgação)
Com isso, podemos reparar melhor nas imagens e teríamos um entendimento melhor da história.
A arte em Rolling Girls (Imagem Divulgação)
Já falado ali em cima, saber um pouco da geografia do Japão é bem importante; De Tóquio ao Monte Fuji, o quarteto feminino viaja pelas mais variadas ambientações e localidades turísticas.
A arte em Rolling Girls (Imagem Divulgação)
União é Poder
Um ponto bem interessante abordado na série é com relação a PODER. O que é poder para você? O que é ter poder para você?
Enquanto pessoas usam as tais jóias-coração para ficarem mais fortes, outras conseguem ser tão fortes com apenas uma palavra. Estas tais pedras misteriosas – um dos segredos do anime é saber de onde elas vieram – na verdade não dão poder algum para o portador. Elas na verdade, potencializam o poder que já temos; De certa forma, um poder oculto.
Então em diversos momentos, somos surpreendidos com uma força sobre-humana de pessoas que nem mesmo utilizam tais pedras, ou o contrário, a dependência por estas pedras acaba sendo tão grande, que sem elas, tais pessoas se tornam completamente inúteis em combate.
Outro poder que a animação sempre toca, é o da amizade. Já dito antes, diversos obstáculos são vencidos com a união e é bem daquele dito popular: União faz a força!
As jóias-coração em Rolling Girls (Imagem Divulgação)
Rock N’ Roll
Depois do visual coloridasso, não tem como não falar dos efeitos sonoros e da própria trilha sonora, perfeita pra quem curte um rock n’ roll!
Não basta ter as músicas de abertura e encerramento, mas durante todo o período da série, bandas de rock são referência para muita coisa – até nas batalhas!
Então, se você curte o clássico de Bryan O’Malley, Scott Pilgrim ou animes como K-ON! e HaNaYaMaTa, já sabe muito bem o que encontrar aqui.
Dinâmica do Enredo
Rolling Girls pode ser bem divido em episódios-duplos. Quase sempre, temos um primeiro episódio em uma nova localidade onde somos apresentados a uma determinada situação. Logo depois, temos o desenvolvimento e um cliffhanger para o episódio seguinte, onde neste, tem-se a conclusão.
O que difere é quanto a conclusão da série, com um misto de todos os fatores e tramas que são apresentadas na série, o que pode para muitos – como no meu caso – achar que a evolução da série seja lenta.
Para falar a verdade, É e não É, já que apenas lá pro meio da temporada começamos ter uma compreensão maior dos fatos, juntando os diversos enigmas que a série aborda.
Outro porém, não negativo, mas que apenas pessoas com uma boa memória podem aproveitar, é a quantidade de personagens. São dezenas, todos com uma história e character design bem interessante, e que poxa, em 12 episódios, fica bem difícil assimilar tanta informação.
Aqui é roqueragem! (Imagem Divulgação)
Filhas da Anarquia
Podemos concluir então que Rolling Girls não é um anime para todos. É um anime com três camadas – pelo menos – e com uma trama além da linearidade.
Indicado para quem curte visuais coloridos, arte aquarelada, rock, pitadas de non-sense e lutas overpower. Já não é indicado para os góticos de plantão e para quem não curte histórias sem pé-nem-cabeça.
Se você está mais habituado com a história do Japão, com sua geografia e cultura – culinária é um boa pedida também – a sua identificação será ainda maior.
Mas lembre-se, assim como muitos animes “cult”, não espere algo tão hollywoodiano, ou seja, não espere uma trama toda mastigadinha e explicada.
Não é de hoje que os desenhos da Cartoon Network colocam diversas referências a animação japonesa. *Pra quem vê MAD, sabe muito bem do que to falando*
Foi aí que a criação de Quintel, Apenas um Show (Regular Show) fez uma homenagem bem bacana com a abertura do mítico Neon Genesis Evangelion, que está prestes a completar 20 anos de sua primeira exibição, em outubro de 96.
Pra quem for conferir o episódio, é o número 25 da 6ª temporada, cujo o título é: Brilliant Century Duck Crisis Special!