No próximo dia 29 de agosto, das 15h às 16h, ocorrerá o painel “Crescimento do Mercado da Música Asiática no Brasil”, um evento essencial para quem deseja entender como o K-Pop e o J-Pop estão impactando o cenário musical brasileiro. O painel promete oferecer insights valiosos sobre as estratégias para aproveitar a crescente popularidade desses gêneros, além de explorar o perfil dos fãs e as dinâmicas de mercado que estão moldando essa nova realidade.
O evento é uma oportunidade imperdível para profissionais que buscam expandir suas carreiras através de colaborações com artistas asiáticos, aprender novas abordagens de marketing e explorar tendências emergentes no mundo da música. Os participantes terão a chance de descobrir como integrar elementos da cultura asiática em seus trabalhos e abrir novas portas no competitivo mercado musical.
O painel contará com a presença de Carolina Kitamura, gerente de projetos na Formusic; Bruno Bellan, jornalista e fundador do Suco de Mangá; e Carol Akioka, tour manager e fundadora da KIN PR. Com suas vastas experiências e conhecimentos, os palestrantes trarão uma visão completa das oportunidades e desafios que envolvem o mercado musical asiático no Brasil.
Sobre o Conecta+
O evento reunirá criadores, empresários artísticos, produtores de eventos e empresas que fornecem soluções para o mercado da música na América Latina. Além disso, será o ponto de encontro de negociantes de shows, produtores musicais, locadores de equipamentos de áudio, iluminação e vídeo, especialistas em direitos autorais, lojistas, startups e todos aqueles que moldam o cenário econômico da música.
Além das exposições, o evento oferecerá uma programação educacional rica, com palestras que abordarão aspectos técnicos, criativos e de gestão no universo musical. Nesta edição, a feira contará com o dobro de pavilhões em comparação a 2023, somando mais de 8.500 metros quadrados e abrigando mais de 150 expositores, incluindo 30 internacionais.
Nomes confirmados incluem famosos fornecedores de iluminação e efeitos para shows e eventos como Jinan Xukiu, JiniJang Beisite, Feihong Lingting, Hongwang Lighting, Ningbo Jeg Lighting, Huizhou Mounteck, DJ Power, além de Audio Technica, Yamaha, Odery, guitarras Ibanez, Pioneer DJ, OneRPM, Além das exposições, a Conecta+ Música & Mercado 2024 oferecerá uma programação educacional enriquecedora, com palestras abordando aspectos técnicos, criativos e de gestão no universo musical.
Conecta+ Música & Mercado
Local: Transamérica Expo Center (Av. Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387, São Paulo, SP).
Data: 29 de Agosto a 1º de Setembro de 2024.
Dias e horários: Quinta a sábado, 12h às 20h. Domingo, das 11h às 19h.
O ouriço mais rápido do mundo está de volta para uma nova aventura. Sonic 3: O Filme revelou seu primeiro trailer e pôster oficial, que além de trazer os personagens da franquia, apresenta um novo vilão: o Shadow. Além disso, o filme recebeu também a data de estreia oficial no Brasil, que será em 25 de dezembro.
Então, no terceiro longa da franquia, Sonic retorna às telonas em sua aventura mais emocionante até hoje.
Imagem Divulgação
Sonic, Knuckles e Tails se reúnem contra um novo e poderoso adversário, Shadow, um vilão misterioso com poderes diferentes de tudo o que já enfrentaram antes. Com suas habilidades excepcionais, a Equipe Sonic vai buscar uma aliança improvável na esperança de deter Shadow e proteger o planeta.
Assim, Jim Carrey e James Marsden retornam aos seus papéis como Dr. Robotnik e Tom Wachowski. Ben Schwartz, Idris Elba e Colleen O’Shaughnessey também reprisam a dublagem de Sonic, Knuckles e Tails respectivamente.
A grande novidade é a voz de Shadow que fica sob responsabilidade de Keanu Reeves.
Sonic 3: O Filme é escrito por Pat Casey, Josh Miller e John Whittington. Jeff Fowler, que também assina o trabalho dos dois filmes anteriores, retorna para a direção do terceiro longa.
A produção é uma parceria entre a Paramount Pictures, a Original Film e a Sega Sammy Group. O terceiro filme do ouriço chega somente nos cinemas em 25 de dezembro de 2024.
O K-Action de maior bilheteria da história na Coreia do Sul, Força Bruta: Sem Saída tem nova data de estreia no Brasil: 10 de outubro. Dirigido por Lee Sang-yong, o filme traz o ator Don Lee de volta interpretando o policial Ma Seok-do, protagonista de Força Bruta. A distribuição é da Sato Company.
Sobre Força Bruta: Sem Saída
Imagem Divulgação
Sete anos após os eventos do primeiro filme, Ma Seok-do agora integra um novo esquadrão policial, enfrentando desafios ainda mais perigosos. A trama gira em torno de uma investigação sobre um grupo criminoso que dissemina uma droga sintética altamente perigosa. Esse grupo é comandado por Joo Sung-chul (interpretado por Lee Jun-hyuk) e seu parceiro inesperado, Ricky (Aoki Munetaka), o primeiro vilão internacional da franquia.
A grande novidade em Força Bruta: Sem Saída é a introdução de dois vilões principais, o que intensifica os conflitos e eleva as cenas de ação. Além disso, Ma Seok-do conta com novos parceiros no esquadrão. Por exemplo, o detetive interpretado por Kim Min-jae, que se torna um aliado fiel, e personagens como Jang I-soo (o “mascote” do grupo), Cherry (Ko Kyu-pil), e Kim Yang-ho (Jeon Suk Ho), que adicionam um toque de humor à narrativa.
Força Bruta: Sem Saída chega no Brasil pela Sato Company, que também distribuirá todos os futuros filmes da franquia. Com a chegada deste novo capítulo, os fãs de K-Action podem esperar por um espetáculo de adrenalina e ação, reafirmando o sucesso de Don Lee como um dos grandes nomes do cinema sul-coreano.
Então, prepare-se para conferir essa eletrizante sequência nas telonas a partir de 10 de outubro.
Hance, cantor e compositor japonês, vem ganhando destaque no cenário musical internacional desde seu debut em 2020 com o single “Yoru to Uso”. Conhecido por misturar estilos que vão do jazz ao pop-rock, o artista traz em suas canções uma fusão de influências culturais e musicais únicas, refletindo seu amor por diferentes gêneros e sua paixão por contar histórias através da música. Seu sucesso nas plataformas digitais, especialmente no YouTube, demonstra como sua música ultrapassou fronteiras e cativou fãs ao redor do mundo.
Em entrevista exclusiva ao Suco de Mangá, Hance compartilha detalhes sobre sua carreira, inspirações e a conexão que busca criar com seu público. O artista fala sobre suas raízes musicais, o impacto de suas viagens internacionais em suas composições e revela seu desejo de visitar o Brasil, onde ele espera não apenas experimentar a cultura local, mas também realizar um show para seus fãs brasileiros.
Primeiramente, muito obrigado pela oportunidade. É um prazer poder conversar com você, mesmo à distância!
Obrigado por me receberem. Fico feliz em conversar com vocês, mesmo estando longe.
HANCE-san, você debutou em 2020 com o lançamento do single “Yoru to Uso”, cujo clipe foi gravado na Espanha. O que te motivou a gravar o vídeo lá?
Eu não planejava especificamente ir para a Espanha, mas a imagem da música me deu uma sensação vaga de que queria gravar em algum lugar da Europa. O diretor do clipe na época sugeriu Valência, na Espanha, dizendo que lá chovia pouco, o clima era agradável e combinava com a imagem que buscávamos. E ele estava certo. Comparado a cidades como Madri e Barcelona, havia menos turistas, e estando perto do mar, a atmosfera era calma, o que facilitou as gravações.
O sucesso de “Yoru to Uso” já ultrapassou 1 milhão de visualizações apenas no YouTube. Esse era o sucesso que você esperava logo no primeiro lançamento?
Não, de forma alguma. Eu canto principalmente em japonês, então não imaginei que tantas pessoas fora do Japão escutariam minhas músicas. Depois do lançamento, fiquei surpreso ao receber mensagens e comentários de vários países ao redor do mundo através das redes sociais.
Muitos músicos japoneses só se tornam conhecidos mundialmente quando colaboram com séries de anime e outros conteúdos da cultura pop. Você assiste anime?
Eu sei que essa tendência tem sido especialmente forte nos últimos anos. Colaborar com animes pode aumentar muito a visibilidade, então é uma estratégia comum. Como outros japoneses, cresci assistindo animes como Dragon Ball e tenho carinho por isso. No entanto, também gosto de dramas e filmes, então procuro equilibrar o que assisto. Existe a possibilidade. Eu gostaria de tentar se houvesse uma oportunidade. Minhas músicas costumam ter uma imagem mais madura, como city pop ou club jazz, então acho que combinariam bem com animes um pouco mais “hard-boiled”, como Cowboy Bebop ou Lupin III.
Você colaboraria com uma série para um tema de abertura, por exemplo?
Eu não estou focado exclusivamente em animes japoneses, então, se houver empresas ou criadores no Brasil ou em outros lugares que queiram colaborar em um filme ou anime, por favor, me deem uma chance.
Suas composições costumam abranger vários estilos musicais diferentes, desde jazz até pop-rock. Quais são suas raízes musicais? O que te influenciou a seguir uma carreira na música?
Minha mãe era cristã, então fui influenciado pela música da igreja. Meu avô era maestro de música clássica e tinha uma vasta coleção de discos. Claro, havia música clássica, mas também pop, blues e chanson, que também me influenciaram muito. Durante minha adolescência, fiquei obcecado pelo rock, e no final dos meus vinte anos, comecei a escutar uma variedade de gêneros, incluindo música eletrônica, jazz e latina.
Eu também adoro filmes, então escuto muitas trilhas sonoras. As músicas de HANCE têm cores completamente diferentes, dependendo da faixa, e a razão pela qual você pode perceber diversos gêneros musicais nelas é por conta desse background.
Você já viajou para vários países. Qual foi o maior choque cultural que você já experimentou? Você costuma compor durante suas viagens fora do Japão?
Musicalmente falando, Cuba foi o lugar que mais me impressionou. O ritmo único e as melodias melancólicas de lá de alguma forma ressoam com a sensibilidade japonesa, e a cidade antiga e sua cultura ainda mantêm uma presença forte. Eu ainda não lancei tantas músicas, mas quero lançar um álbum com um sabor latino no futuro. Eu não teria pensado nessa ideia se não tivesse ido a Cuba.
No dia 24 de julho, você lançou seu último single, “Sakura-bana”, uma balada com uma melodia aconchegante. Quais foram suas inspirações para essa produção?
Na verdade, essa música foi criada há cerca de 20 anos e tem sido muito querida por mim desde então. Inspirada pela arma de ataque especial “Sakura”, desenvolvida pelo exército japonês durante a Segunda Guerra Mundial, a canção retrata uma mulher que continua a amar seu ente querido falecido pelo resto da vida. Gravei o clipe na minha cidade natal, Izumo, na província de Shimane, onde a boa e velha cultura japonesa ainda permanece forte. Ao sublinhar as melodias tradicionais japonesas com arranjos modernos, eu quis reviver os sentimentos das pessoas daquela época. Ouvi dizer que muitos japoneses viviam no Brasil durante esse período histórico. Espero que os descendentes de japoneses, de segunda e terceira gerações, no Brasil, escutem essa música.
Qual música você recomendaria para alguém que está te conhecendo agora e lendo essa entrevista?
Essa é uma pergunta difícil. Minhas músicas têm várias vertentes. Por exemplo, se você busca algo com essência japonesa, ouça “genka” ou “sakura-bana”, que expressam melodias e emoções japonesas. Por outro lado, se você procura uma atmosfera mais sofisticada de city pop, recomendo “The night and the lie” ou “spiral”. Como também incorporo ritmos latinos, acho que os brasileiros podem gostar disso.
Bem, nós somos do Brasil, então… existe algum alimento ou lugar que você gostaria de experimentar quando vier ao nosso país?
Em primeiro lugar, o Brasil é um dos países que mais quero visitar. Então, se alguém que ler isso quiser ouvir HANCE cantar ao vivo, por favor, me convide. Estou pedindo especialmente aos organizadores de eventos. Não estou particularmente interessado em “turismo” chamativo ou “pontos turísticos”. Quero interagir com as pessoas locais, ver as paisagens felizes que elas sentem no dia a dia e comer a comida que elas comem. Eu também adoro música animada como o sertanejo, então gostaria de ir a um lugar onde eu possa vivenciar isso.
Foi um prazer escrever esta entrevista. Por favor, envie uma mensagem para seus fãs no Brasil!
Minhas músicas têm tanto ritmos latinos, que te fazem querer dançar, quanto canções de amor que tocam o coração. Por favor, aproveitem não apenas a música, mas também o mundo que criei através dos videoclipes. E eu definitivamente quero fazer um show no Brasil, então, por favor, venham ao local quando isso acontecer! Estou ansioso para conhecer todos vocês através da música!
A Bandai Namco está trazendo uma oportunidade para você sucogamer explorar o novo jogo de tiro de um mundo futurístico distópico deSynduality Echo ofAda. Com um Teste de RedeFechado, você poderá se inscrever e com sorte ser um dos jogadores a explorar esse mundo de sobrevivência.
Synduality Echo of Ada e passa em 2222, anos depois de uma misteriosa chuva venenosa chamada “As Lágrimas da Lua Nova” destruir a maioria da humanidade. E posteriormente dar origem à criaturas deformadas que agora caçam o restante da população.
Neste jogo de tiro PvPvE, os jogadores assumirão o papel de Drifters, ousados pilotos que ganham a vida coletando cristais AO, um recurso raro, no que restou da superfície terrestre ao pilotar mechas, conhecidos como CRADLECOFFINS, junto de um Magus, um parceiro de IA.
O Magus do jogador fornece informações úteis de combate, incluindo localizações de radar, rastreamento de recursos, assistência em combate e muito mais, dependendo do Magus e das habilidades de suporte escolhidas pelo jogador. Além disso, a IA também fornece instruções, dicas e avisos para navegar com segurança pelas ruínas para sobreviver e manter o espólio coletado.
Os jogadores poderão personalizar seus CRADLECOFFINSpor completo. Desde sua aparência com uma grande variedade de chassis, braços, pernas, até o visual de suas duas armas. De forma que consigam expressar seu próprio estilo de jogo na aparência do mecha.
Por fim, o lançamento está previsto para esse ano, você poderá se inscrever aqui até o dia 3/09 para PlayStation 5, Xbox SeriesX|S e Pc via Steam. Está pronto para sobreviver antes de todos? Se inscreva e boa sorte!
Hoje, a Nintendorealizou, pela primeira vez, uma sequência de apresentações Indie World Showcase e Nintendo Direct: Partner Showcase, revelando uma vasta lista de jogos de parceiros de publicação e desenvolvimento que chegarão à família de consoles Nintendo Switch até o fim de 2024 e além.
O Indie World Showcase abriu o evento com atualizações e novidades, como o lançamento imediato do frenético jogo de plataforma 2D Pizza Tower, e uma atualização gratuita para o jogo de cartas temático de pôquer Balatro: Friends of Jimbo, também disponível a partir de hoje. Além disso, foi anunciado Coffee Talk Tokyo, uma nova edição da série Coffee Talk, que chegará ao Nintendo Switch em 2025.
Logo após, o Nintendo Direct: Partner Showcase entrou em cena, destacando o aguardado lançamento de Yakuza Kiwami no Nintendo Switch em 24 de outubro; uma celebração da icônica série Tetris com Tetris Forever, previsto para 2024; o jogo de exercícios completos Fitness Boxing 3: Your Personal Trainer (terá menus localizados em Português do Brasil), com lançamento em 5 de dezembro; a nova coleção de jogos da charmosa série de simulação de vida MySims: Cozy Bundle, que chega em 19 de novembro; e a chance de reescrever a história com Sid Meier’s Civilization VII, que será lançado no Nintendo Switch em 11 de fevereiro de 2025.
Além disso, o showcase duplo apresentou atualizações sobre títulos como o jogo de combate em arenas STAR WARS: Hunters™ e o remake em HD-2D do clássico RPG DRAGON QUEST III. Também foram divulgados teasers do mini-evento “End of Summer” de Disney Dreamlight Valley, entre muitos outros anúncios.
Assista abaixo às apresentações completas de Nintendo Direct: Partner Showcase e Indie World:
A Capcomacaba de anunciar (hoje, dia 27/08) durante o Nintendo Direct Partner Showcase a coletânea de jogos de lutaCapcom Fighting Collection 2 para 2025.
O conjunto contará com clássicos como Capcom vs. SNK 2: Mark of the Millennium 2001 bem como outros jogos de luta, como o lendário Power Stone 2. Além disso o pacote virá com novos recursos.
Capcom Fighting Collection 2é uma coletânea de jogos de luta clássicos que conta com os oito ao todo.
Lista completa:
Capcom vs. SNK: Millennium Fight 2000 Pro
Capcom vs. SNK 2: Mark of the Millennium 2001
Capcom Fighting Evolution
Street Fighter Alpha 3 UPPER
Project Justice
Power Stone
Power Stone 2
Plasma Sword: Nightmare of Bilstein
CFC 2 virá com novos recursos, incluindo modo online e atualizações na qualidade de vida em todos jogos presentes. Confira a lista:
Modo Online: disponível em todos os oito títulos, trazendo também o rollback netcode para uma experiência ainda melhor e estável.
Modo Treino: Assim como o online, também disponível em todos os títulos com diversas opções de customização.
Variedade de Idiomas: 14 idiomas diferentes estarão disponíveis no jogo, incluindo Inglês, Espanhol da América Latina, Português do Brasil, Japonês, Francês, Italiano, Alemão, Espanhol Castelhano, Russo, Polonês, Coreano, Chinês Simplificad, Chinês Tradicional e por fim Árabe.
Galerias: de arte e música, incluindo artes conceituais, documentos de design e muitos outros materiais inéditos.
EX Settings: Ajuste recursos específicos na jogabilidade a fim de melhorar a sua jogabilidade em cada um dos jogos, além de acessar diversos Filtros de Tela, customização de botões e mais.
Salvar: A opção de salvar durante o jogo está disponível.
Atualizações Adicionais: Diversos ajustes no balanceamento da jogabilidade bem como melhorias na qualidade de vida em todos os oito jogos.
Em síntese essa coletânea conta com os títulos; X-MEN vs. STREET FIGHTER e MARVEL vs. CAPCOM 2 New Age of Heroes, e Marvel Super Heroes vs. Street Fighter, incluindo o adorável personagem secreto Norimaro(somente na ROM japonesa).
Longlegs – Vínculo Mortal estreia nos cinemas brasileiros dia 28 de agosto, sob grandes expectativas do público, por dois motivos. Primeiro, por ter direção de Oz Perkins, que é ninguém menos que filho de Anthony Perkins, intérprete de Norman Bates na versão original de Psicose, um dos maiores clássicos do terror mundial. Segundo, é que já está sendo divulgado como o melhor filme de terror do ano.
Porém, o maior mérito do longa é ter conseguido algo que nem o Motoqueiro Fantasma conseguiu: fazer o Nicolas Cage parecer assustador.
Vamos com calma. Este definitivamente não se trata de um filme ruim. Tem estética própria, é meio cool e tenta ser organizado, sendo dividido em PARTE 1, PARTE 2 e PARTE 3.
Contudo, não faz jus a todo o buzz que está recebendo. Afinal, ao assistir, nos passa o tempo todo a impressão de que poderia ter sido mais. Mais assustador, mais expositivo, melhor elaborado, mais instigante e, principalmente, mais inovador. Ao mesmo tempo, peca por querer ser demais, incluindo todos os elementos clássicos do terror de uma vez só, sem se aprofundar neles.
Porém, se tem algo em que este filme poderia ter sido MAIS mesmo, é no cuidado com que trata a presunção da descrença do espectador.
Imagem Divulgação
Enredo
A protagonista Lee Harker (Maika Monroe) é uma jovem agente do FBI que foi designada para investigar um caso de assassinatos em série que estão acontecendo com famílias da cidade. Nesses casos, há um padrão peculiar: o pai sempre assassina a esposa e as filhas.
No entanto, ela não é uma profissional como qualquer outra! Ela tem uma capacidade gigantesca de decifrar enigmas por meio da intuição, conseguindo até mesmo saber onde um criminoso está usando a adivinhação. Com isso, tem uma vantagem muito maior nas buscas por um culpado.
O único problema é que chega a ser risível o quão longe ela consegue ir na trama sem que seu chefe e demais colegas de trabalho desconfiem que ela tenha algum vínculo (ora ora, se não é o título do filme, não é mesmo?) com o principal suspeito, o nosso querido vilão, Longlegs.
Imagem Divulgação
Contudo, o fato dela ter essa ligação com ele não é algo que o espectador precisa adivinhar, já que é mostrado com clareza nas primeiras cenas da PARTE 1. Aqui, o suspense principal foca em descobrir como se deu este vínculo. Assim, o desenvolvimento desta parte foi bem confuso e pouco instigante.
Mistério
As investigações de Lee não eram do tipo que o público consegue ir juntando as peças com ela à medida que vai encontrando mais pistas. Na verdade, é uma charada que parece não fazer o menor sentido, mas que sabemos que é maligno por formar figuras características do terror, como triângulos e cruzes. Ou seja, pouco criativo.
Seria “ok” se essa parte fosse rápida e introduzida apenas para dar o contexto que a investigação precisa. No entanto, em vez disso, gasta muito tempo de tela com esse enfoque e sem resoluções que ajudem na nossa imersão. A trama não anda.
Sabemos que tem um mistério envolvendo cartas deixadas na cena do crime, o número 14 e aniversários. Mesmo assim, ganhamos tão pouca informação sobre o que isso pode significar que não dá nem para tentarmos adivinhar. Isso tira um pouco da graça da experiência que é assistir um suspense.
Imagem Divulgação
Boa parte é Harker e seu chefe, William J. Carter (Blair Underwood), discutindo sobre o que isso quer dizer, sempre com ele a questionando sem sucesso.
Personagens e atuação
Sobre Lee Harker, em específico, entendemos que a personagem precisa ser apática à vida, por conta de um trauma que sofreu na infância. Porém, não precisava ser desinteressante também. Maika Monroe interpreta com pouca emoção. Criamos pouco apego pela moça e torcemos mais para saber logo a resolução do caso, independentemente dela se dar bem com isso ou não.
Enquanto isso, Blair Underwood, que dá vida ao delegado chefe do FBI, está ótimo. Natural e carismático na medida certa, ele eleva a personagem de Harker quando contracenam. Fez muito com o texto às vezes limitado e repetitivo que recebeu.
Imagem Divulgação
A breve participação de Kiernan Shipka interpretando a menina amaldiçoada, Carrie Anne, já foi suficiente para nos mostrar suas habilidades artísticas. Afinal, com o pouco que tinha para fazer, fez muito bem, a ponto de demorarmos para reconhecê-la também. Ela encarna perfeitamente uma pessoa atormentada pelo maligno, sem ficar caricata.
Alicia Witt também está bem. Suas cenas são no momento mais crucial do filme, quando tudo se revela, inclusive sua identidade. Este momento é nas cenas finais da PARTE 3, então a vemos pouco, porém suficiente para notar que ela fez um bom trabalho. Não muito impressionante, mas o bastante para que os jovens tirem print de seus frames e espalhem em edits pelas redes sociais com legendas que dizem algo como “icônica”, para hypar o filme.
Nicolas Cage
Agora, chegamos nele, a grande estrela do filme, Nicolas Cage! O ator, que é famoso por ter seu rosto estampado em diversos memes, está irreconhecível e nada engraçado aqui.
Na verdade, ele pode te fazer rir em algumas cenas, como foi o meu caso, ou sentir um frio na espinha. Afinal, com uma caracterização que inclui próteses de nariz, cara pintada de branco, cabelos longos e pálidos, misturada a risadas estridentes e uma voz perturbadoramente fina, não se distancia da figura de um palhaço, por exemplo, que é o pesadelo de muitas pessoas.
Contudo, o melhor aqui foi a sutileza. A princípio, ele parece um homem idoso meio esquisito, excêntrico, mas ainda assim, um homem, não uma figura demoníaca como, por exemplo, o Bughuul do filme A Entidade.
Então, podemos dar o benefício da dúvida dele ser apenas um senhor inofensivo com disturbios mentais. Contudo, à medida que ele vai mostrando sua personalidade, os elementos que poderiam passar batido, como a voz, as mudanças repentinas de humor, o deboche e o olhar vago, podem se tornar assustadoras, dependendo do nível de imersão do espectador.
Mesmo assim, nada disso seria possível se Nicolas não soubesse acertar o tom exato da interpretação que Longlegsexigia. Ele deu um show e mostrou mais uma vez a sua versatilidade como ator nesse papel.
Pontos Fortes
Apesar de parado durante uma grande parte, o filme sabe criar bons momentos de tensão a partir disso. Ele não entrega muitos jumpscares, mas cria uma atmosfera para que possamos esperá-los. Por exemplo, planos abertos em ambientes grandes e com muitos cômodos, que te fazem ficar olhando a toda hora para algum canto esperando aparecer alguma coisa.
Imagem Divulgação
Outro exemplo é o efeito dos olhos das bonecas reluzindo sobre o véu escuro, que é simples, mas efetivo. Consegue te arrepiar e também vai servir bem para o material de divulgação.
Pontos Fracos
A divisão em PARTE 1, PARTE 2 e PARTE 3 acaba não sendo muito efetiva, já que a trama corre normalmente como em um filme comum. Fica claro que foi uma decisão puramente estética, mas nisso, realmente pode ter sido efetivo, dada as preferências de quem assistir.
Ainda falando em estética, algumas escolhas me pareceram deslocadas e inseridas em momentos ruins. Por exemplo, as figuras em vermelho que apareciam do nada na tela como a logo da Jequiti aparece nos programas do SBT.
A intenção é criar um mistério, uma tensão, mas acaba só ficando desconexo mesmo, porque elas não representam muita coisa. A que mais aparece é a imagem de cobras, mas, além do som medonho do sibilar, em momento algum o filme revela uma ligação com cobras, além delas serem figuras presentes no ocultismo, ficando assim bem vago.
Mesmo assim, vai fazer muito sucesso no Tumblr e no Pinterest. Isso me incomodou também. Tinha vezes que parecia que o longa estava mais preocupado em criar takes para viralizar do que contar a história, de fato.
Dentro das uma hora e quarenta minutos de duração, vemos ocultismo, satanismo, espíritos, manipulação, serial killer, suspense, gore e tudo o que mais entendemos como sombrio só na última meia hora, tornando difícil fazer um paralelo entre todos sem ficar vago.
Longlegs – Conclusão
Longlegstinha uma boa ideia e teve uma execução meio bagunçada. Apesar de não ser inovador, poderia ter aproveitado para mostrar a que veio desde o início e aproveitado ainda mais a figura de Cage. Que, no fim, passa o bastão para outra personagem.
Também dei uma leve virada de olhos quando descobri que a motivação de tudo vinha do ocultismo. Seria interessante ver que todo o mal era resultado de uma mente perturbada de uma figura exótica como Longlegs. Porém, aí já não é culpa do filme não atender minhas necessidades específicas.
Dito isto, não considero um filme ruim, tem muitos piores no gênero. Ele entretém e tem um bom vilão, mesmo que mal aproveitado, mas, com uma organização melhor, poderia ser mais, muito mais!