The Sims está completando 25 anos neste mês, e como comemoração, a Eletronic Arts lançou o bundle especial, trazendo pela primeira vez edições de The Sims, e The Sims 2 oficialmente baixáveis, e otimizados para Windows 10/11.
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- Leia também: The Sims™ e The Sims™ 2 estão de volta!
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O Bundle está disponível em diversos serviços como Steam, EA play, Epic etc., além de ter preços bastante acessíveis.
Mas, para chegarmos aqui, precisamos falar sobre estes 25 anos de The Sims, um jogo que mudou a forma como encaramos simuladores, e todas as possibilidades que ele nos trouxe.
Hoje, me permitirei escrever de forma mais intimista ao jogo.
Um novo mundo desbloqueado
O ano é 2000, em plena virada do século, e o medo recém superado do tão temido bug do milênio. Os computadores sobreviveram e, com isso, ganharam uma nova perspectiva de vida.
Assim, no dia 4 de fevereiro de 2000, The Sims, um jogo que muitos esperavam ser mais um dos diversos simuladores da linha Sim da Maxis, e até mesmo considerado um spin off na linha Simcity, teve seu lançamento oficial.
O jogo criado por Will Wright trazia a incrível possibilidade de não só controlar um personagem criado por você, mas também gerir sua casa, seus móveis, seu emprego, seu dinheiro, e viver a vida como você quisesse.
O que algumas pessoas chamavam de apenas um jogo de “casa de bonecas virtual”, era na realidade algo que parecia simples à primeira vista, mas extremamente desafiador na jogabilidade.
O jogo logo conquistava a todos que jogavam.
Os primeiros Sims
A minha história com o jogo começou em 2002. Na época, os jogos eram descobertos com a troca com amigos. Na escola, um amigo de classe me emprestara um CD, com apenas a palavra “The Sims”, que sem que eu sequer imaginasse, mudaria minha vida pra sempre.
Junto da minha irmã (Malu), instalamos o jogo e começamos a jogar. Eu me encantava com o fato do jogo estar em português, algo raro nos anos 2000. Nossa primeira jogatina nos levou até a casa do tutorial, o Sim preexistente, João Novato. A cada clique para levá-lo até um ponto, ou simplesmente ligar o rádio, era incrivelmente mágico!
Logo, a personagem Bete Novato apareceu, aumentando o desafio de fazer ambos realizarem suas ações para manter as necessidades no verde.
Logo, mais personagens foram aparecendo. Os vizinhos Laura e Vladmir Caixão apareceram, nos trazendo um bolo de boas vindas. Tudo parecia muito simples, até o primeiro incêndio começar, até o dinheiro acabar, e até a família crescer com um bebê que nascia de um abraço! (essa parte me fez entender que realmente, os bebês não nasciam num pé de repolho, mas a cegonha ainda estava no páreo).
O desafio então começava e cada dia no jogo era uma luta diferente para manter meus Sims vivos (e eu falhei miseravelmente muitas vezes).
Além dos limites de SimLane
The Sims também foi o responsável pelo meu primeiro cheat! Nessa época, “kaching” era um segredo que salvava vidas — literalmente — (posteriormente, o código virou “rosebud”, que se tornou mais popular) e ficou famoso graças aos incríveis escritores de revistas gamers da época.
Então, logo descobri que não só de The Sims base se vivia. As Expansões começaram a chegar, aumentando as possibilidades, tais como os desafios. Minha primeira expansão foi “Encontro Marcado”, uma das mais desejadas, pois ela permitia, pela primeira vez, os Sims saírem de casa.
Futuramente, eu consegui ter acesso a todas as expansões, conhecendo amigos que tinham as outras, trocando e emprestando, até todos nós termos todas as oito expansões.
Assim como a última expansão “Num Passe de Mágica”, todos nós vivemos nossas vidas Sim magicamente, até que em 2004, uma novidade chacoalhava nossos mundos.
The Sims 2 chegava, em 3D. Agora, com Sims ainda mais personalizáveis, novas vizinhanças, novos personagens, novas histórias e um bug que viraria o maior mistério da lore que mexeria com o coração de todos os jogadores.
O que aconteceu com Laura Caixão?! Teria sido abduzida? Clonada? Morta? O mistério na época causou tanta comoção que atraia cada vez mais jogadores para o jogo.
Esse mistério nos incitava a criar histórias e teorias, que aplicamos dentro de nossos próprios saves. E assim, The Sims começou a ganhar a forma que vemos hoje.
Muitas expansões vieram, e cada vez mais, ampliavam nossos mundos.
Um mundo de possibilidades
Por falar em ampliar, chegamos a 2009, com The Sims 3 literalmente ampliando nossas fronteiras.
Ainda mais audacioso, o jogo ganhou o mundo inteiro aberto, e opções de personalização ainda mais livres! Visitar o seu vizinho era possível agora, e a progressão de história também tornava o mundo inteiro vivo (nada mais de gerações que acontecem só dentro da sua casa! Os amigos do meu avô também são idosos agora).
Com lores pré formadas, reencontramos nossos amados personagens do primeiro, agora como crianças na vizinhança, e decidimos seus destinos (será que nesta linha do tempo eu deveria mesmo casar a Laura com o Vladmir?).
Além deles, personagens que foram introduzidos em outros jogos da série, como The Sims Bustin’ Out de PlayStation, ou a série My Sims também começam a se juntar num mesmo universo.
(E, um comentário rápido, os diversos spin offs de The Sims — que são muitos e tão interessantes quanto — valem um texto só pra eles em algum momento.)
E cada expansão, uma nova possibilidade novamente. Mas, além deles, aqui veremos mais massivamente os pacotes de objetos. Assim, The sims 3 foi a primeira série a ser disponibilizada através de download (e encontrar os jogos físicos antes para comprar eram bem difíceis aqui no Brasil).
O mais novo e problemático
Finalmente, em 2014, chegamos à atualidade. The Sims 4 finalmente está entre nós e, como a primeira série sendo totalmente da Electronic Arts, sem influência alguma do criador Will Wright, causou algumas decepções.
Inicialmente, o jogo apareceu perdendo muitos recursos que já estávamos acostumados em The Sims, quase como um reboot do primeiro jogo, porém mais limitado. Não havia opção de construir piscina, e os bebês, introduzidos no segundo jogo, também foram retirados.
Havíamos voltado para a primeira “casinha de bonecas”. Sem vizinhos, sem locais para visitar, sem bebês (apenas novamente um berço interativo, que já cresciam como crianças novamente) e, principalmente, com MUITOS bugs.
Não que The Sims não seja conhecido pelos seus bugs desde o 2, mas o 4 aparece com bugs extremamente ridículos, que travavam o jogo de maneiras absurdas. Por exemplo, até mesmo um papel de parede podia corromper seus save.
Nesta fase, a árvore genealógica que se perdia era meu maior pesadelo! Os Sims paravam de reconhecer a família após uma geração de diferença (Quem é você vovô? Você é pai do meu pai? Não, não conheço)!
Porém, a EA estava determinada com esse lançamento, e fez algo bastante interessante. Suas próximas expansões seriam ouvidas e decididas através das escolhas dos fãs. Se a gente chorou pela falta de piscina, a primeira atualização do jogo trouxe exatamente isso.
Assim, seguimos. Atualizações, pacotes de objetos e expansões, sempre ouvidas pelos fãs (ainda estou chorando porque escolhemos a expansão do dia de lavar roupa. Porquê senhor?!!!).
O jogo também conectou os fãs através dessa iniciativa online. Comunidades internas para troca de conteúdos personalizados oficialmente, votações, e até mesmo redes sociais dos Sims.
A nossa casinha de bonecas hoje tornou-se uma grande sala onde todos estamos, juntos, brincando e se divertindo, criando histórias, vidas, e se conectando a outras.
Futuro
Atualmente, temos rumores do The Sims 5. Possíveis imagens, mas ainda apenas um sonho que logo chegará, mais cedo ou mais tarde. Quando chegar, estaremos aqui, prontos para começar nossas Simvidas novamente.
The Sims é simplesmente um marco na vida de cada pessoa que já jogou ele uma vez. Seja começando pelo 4, ou começando pelo 1, assim como eu. Os 25 anos se passaram, mas sabemos (e esperamos) que eles serão só o começo de uma vida longa de simulação.
E pra terminar meu singelo texto, não poderia ser de outra forma.
Parabéns The Sims! Que venha, muitos anos de vida para você e para nós.
