Gabby Roveratti
    Gabby Roveratti
    Naturalmente curiosa, cientista e apaixonada por metal. Adora flertar com a divulgação cientifica e sempre busca justificativas para legitimar seus hiperfocos.

    EXPERIMENTE TAMBÉM

    Nightwish | Quando o metal e a ciência se encontram

    Às vésperas do primeiro single do seu último álbum, vamos relembrar algumas das músicas com a temática científica de Nightwish. A estreia do single “Perfume Of The Timeless” será dia 21 de maio de 2024, às 6h da manhã no Brasil. O lançamento do álbum Yesterwynde está marcado para o dia 20 de setembro de 2024 e encerra a trilogia sobre natureza e humanidade da banda finlandesa de metal sinfônico.

    nightwish yesterwynde
    Imagem Divulgação

    Os dois últimos álbuns trazem várias músicas com a temática científica. Primeiro, “Endless Form Most Beautiful” cujo nome faz referência a uma citação de Charles Darwin, em “A Origem das Espécies”:

    Endless forms most beautiful and most wonderful have been, and are being, evolved“. Ou seja, “formas infinitas, mais belas e mais maravilhosas, foram e estão sendo evoluídas”.

    O segundo, “Human Nature” no qual o nome expressa a ligação entre natureza e a humanidade.

    Então, aqui listo as três músicas que julgo as mais importantes.

    1. Sagan, lado B de Élan

    Primeiro, Carl Edward Sagan, um homem de muitas faces (e profissões). Dentre elas, astrofísico, astrônomo, escritor, sendo lembrado pelo seu grande trabalho na divulgação científica, em especial, pelo programa “Cosmos” (1980).

    Assim, a música lembra este fato com os versos “Make me wonder make me understand” (Me faça imaginar, me faça entender), “Listening to Sagan dreaming Carl Sagan” (Ouvindo Sagan, o sonhador Sagan).

    Além disso, uma curiosidade é que quando a Voyager I foi lançada, ele achou interessante virá-la para mostrar a Terra. Então, assim que ela estava perto de Júpiter, gerou a foto e o consequente texto Pale Blue Dot (Pálido Ponto Azul). Este é texto presente do Human :||: Nature (2020) na música “All The Works Of Nature Which Adorn The World – Ad Astra”.

    2. Shoemaker

    Agora, uma música de Nightwish puramente com a idea de homenagear o geólogo americano Eugene Merle Shoemaker.

    Ele é considerado o pai da astrogeologia e tem um cometa com seu nome (o qual foi descoberto conjuntamente com sua mulher Carolyn Shoemaker e o astrônomo David Levy), o Cometa Shoemaker-Levy 9.

    Inclusive, Eugene foi o primeiro e único ser humano a possuir os restos mortais na lua. Dessa forma, em janeiro de 1998, suas cinzas foram transportadas pela sonda espacial Lunar Prospector. Ela colidiu com a cratera Shoemaker (intensivamente estudada por Eugene) próximo ao polo sul da Lua, levando os restos mortais do cientista.

    Os versos “And when he shall die / Take him and cut him out in little stars / And he will make the face of heaven so fine /That all the world will be in love with the night / And pay no worship to the garish sun” encontrados na música da banda estão gravados na urna funerária levada pela sonda e provém de Romeu e Julieta de William Shakespeare.

    3. The greastest show on Earth

    É, talvez, a música mais épica (e megalomaníaca?) da banda. Afinal, ela traduz e explora a grandeza do universo, as origens da vida e o lugar da humanidade dentro desta vasta rede cósmica. A música está estruturada em várias partes, cada uma explorando diferentes temas relacionados à maravilha da existência e ao nosso momento fugaz sob sol:

    1. Four point six (quatro ponto seis) – Alusão à idade da Terra, marcando tanto o início da música quando de nosso planeta.
    2. Life (Vida) – Após a narração do emblemático Richard Dawkins, anuncia o surgimento da vida. Inclusive, cita L.U.C.A (Último Ancestral Comum Universal) e a frase “Mother of all” (mãe de todos), que também tem ligação com ele. Além disso, a canção reconhece a nossa interligação com toda a vida, passada e presente.
    3. The toolmaker (O ferramenteiro) – Ligado a “Enter the God of gaps” (Entra o Deus das lacunas) aludem ao nosso desenvolvimento intelectual, à criação de religiões e tecnologias.
    4. The understanding (O entendimento) – Após um crescente energético e um refrão de ‘Estávamos aqui!’ (We were here) serve como uma afirmação desafiadora do nosso breve, porém significativo, impacto na história da Terra. O fim da canção (e do álbum) termina com um lembrete deveras humildede Dawkins de que nossa existência é um mero acidente cósmico, um acaso de sorte, e que devemos apreciar a grandeza da vida.

    Então, você já conhecia essas referências nas músicas de Nightwish?

    OUÇA NIGHTWISH NO SPOTIFY

     

    Gabby Roveratti
    Gabby Roveratti
    Naturalmente curiosa, cientista e apaixonada por metal. Adora flertar com a divulgação cientifica e sempre busca justificativas para legitimar seus hiperfocos.

    EXPERIMENTE TAMBÉM!

    últimas notícias