Com a apresentação do Bandai Namco Music Festival na quinta-feira do dia 18 de julho, o Anime Friends deu a largada na sua programação. Com um elenco de peso, cheio de talento e carisma e uma setlist com várias músicas queridas pelo público otaku, a diversão e as emoções foram certas. Infelizmente nem Sayaka Sasaki, nem Shuhei Kita puderam comparecer à coletiva do imprensa na sexta. Mesmo assim, tivemos uma conversa bem descontraída com Kimiko e Coda do nano.RIPE, ZAQ e MindaRyn.
Os detalhes dessa conversa vocês conferem agora!
Como está sendo essa visita para o Brasil e conhecer o quanto que o público daqui é tão apaixonado pelas músicas de vocês?
Kimiko: Está sendo uma visita bem feliz para nós! Já tinhamos ouvido falar que o Brasil era um país caloroso, mas essa visita está indo além do que esperávamos.
ZAQ: Eu visitei o Chile com o nano.RIPE em fevereiro, e de lá eu já ouvi falar de como os fãs brasileiros eram incríveis e fiquei ansiosa de ver como era. Fico muito feliz das músicas que compus e escrevi terem chegado até tantas pessoas.
MindaRyn: É a minha primeira vez no Brasil e eu gostei bastante da estrutura de São Paulo, cheia de prédios e tive a primeira oportunidade, aqui no evento, de ouvir tantas pessoas cantando com a gente, tão alto, fiquei muito impressionada!
Minha pergunta vai para a Kimiko, sobre seu show de quinta-feira. O som da guitarra estava ótimo, com um timbre bem bonito e eu queria saber um pouco sobre seu equipamento, que tipo de guitarra ou pedal você gosta de usar.
Kimiko: Obrigada, fico feliz! Na verdade, o equipamento que usei foi alugado pelo pessoal daqui do Brasil mesmo e eram todos mesmo muito bons, mas seja qual guitarra for, eu gosto de tocar nas que me deixam tocar bem forte, de coração.
Eu queria saber da MindaRyn, como que foi pra ela, sendo uma artista tailandesa, fazer sucesso no Japão, como foi construir uma carreira sendo de outro país.
MindaRyn: Era algo que eu jamais imaginava. Sempre fui muito tímida e quando comecei no YouTube não tinha muitos amigos *risos*, então criei um canal no YouTube na esperança de encontrar pessoas que também gostassem de anime e assim entrei no mundo das anisongs e passei a ganhar confiança graças ao apoio das pessoas que me acompanharam.
Vocês podem falar sobre suas inspirações musicais?
Kumiko: De bandas japonesas, eu gosto muito do The Blue Hearts! Na época eles já tinham acabado, mas foi graças a essa banda que achei esse negócio de ter banda algo muito bacana e daí comecei a tocar.
ZAQ: Eu diria que a Alicia Keys me inspira. Achei o máximo o jeito como ela canta e toca o piano e acabei sendo inspirada a compor no canto e no piano.
MindaRyn: Duas pessoas me inspiraram bastante! Primeiro é a YUI e a outra é a Avril Lavigne.
Queria que vocês contassem sobre os desafios na hora de compor músicas para animes bem diferentes, como o nano.RIPE que escreveu músicas para Non Non Biyori e Shokugeki no Souma e a ZAQ que compôs tanto pra animes de ação como pra comédias romanticas como Chuunibyou Demo Koi ga Shitai.
Coda: Nós criamos as músicas sem pensar tanto assim sobre o gênero do anime, mas quando criamos algo específico pra algum anime, eu e a Kimiko conversamos juntos como nano.RIPE, pra ver como chegar a alguma coisa mais próxima do estilo daquela obra.
ZAQ: Eu me comporto como que um camaleão, junto várias cores para vários tipos de anime, daí eu acabo vendo para qual cor aquele anime em específico irá combinar mais e dessa escolho eu toco uma música apropriada. O mais difícil nessa história, quando estou compondo as letras, é achar as palavras certas que passem o sentimento que quero passar com a música para quem estiver assistindo o anime. Essa é a parte mais difícil para mim.
MindaRyn: Quando eu componho para um anime, eu não escrevo as letras de imediato. Eu converso primeiro com o escritor, procuro conhecer mais sobre o universo da obra e daí eu tento unir as emoções que senti no final desse processo com aquilo que a obra original passa.
MindaRyn, minha pergunta é sobre sua participação em Tensura, que já cantou duas músicas para o anime, como é essa conexão com o anime ao saber que nós fãs, quando pensamos em Tensura, nós já pensamos na MindaRyn?
MindaRyn: Que isso, não é isso tudo também! *risos* É uma pergunta difícil. Em primeiro lugar, Tensura é uma série super bacana e muitos artistas já compuseram temas para o anime. Ele me passa uma vibe bem rock, bem caloroso e acabo cantando músicas voltadas pra esse estilo e para mim é uma honra poder fazer parte dessa família de Tensura! Tem vezes que eu acho que não merece tanto, mas eu abraço essas expectativas dos fãs e faço meu melhor.
Minha pergunta é para a ZAQ, sobre uma situação do show de ontem que acho que todo mundo achou engraçado, quando na hora em que o público começou a gritar o nome dela, todo mundo começou a gritar na pronúncia brasileira, “Zaki! Zaki!”, o que a própria ZAQ achou graça porque no Japão o nome dela se pronuncia “Zakku”! Como foi viver esse choque linguístico entre pronúncia brasileira e pronúncia japonesa?
ZAQ: Foi uma surpresa enorme ser chamada de Zaki logo de cara aqui no Brasil, porque muita gente no Japão me apelida de Zaki! Então foi um choque ver que um jeito mais íntimo de me chamar já era algo super natural e espontâneo de se chamar no Brasil, fiquei bem feliz com esse acontecimento!