Os heróis viajaram pelo mundo para combater a Humanrise, organização que busca acabar com todos aqueles que possuem individualidades. Esse é o plot central do terceiro filme de My Hero Academia, chamado de My Hero Academia: Missão Mundial de Heróis. O longa estreou no Japão no dia 6 de agosto de 2021 e será lançado nos cinemas brasileiros no dia 6 de janeiro.
O Suco teve acesso antecipado ao filme que foi um sucesso ao redor do mundo, tendo arrecadado mais de 40 milhões de dólares e ultrapassando o último filme da franquia ‘My Hero Academia: Heroes Rising’. Então vamos às nossas impressões do anime.
Enredo
Missão Mundial de Heróis começa nos apresentando a Humanrise e suas motivações, assim como a Teoria do Juízo Final das Individualidades. Assim, em um ataque a uma cidade, a organização ativa a bomba de Ativação das Individualidades, fazendo com que elas saiam de controle e instaurem o caos. Em relação a isso, gostei da forma que o filme começou, já trazendo muita ação e mostrando a linha que o enredo irá seguir.
Então, os nossos queridos heróis entram em cena, espalhados por 25 países ao redor do mundo para encontrar todas as filiais da Humanrise e destruir as bombas utilizadas. É claro que como estamos nos primeiros 5 minutos de filme a missão não é bem-sucedida, fazendo com que os heróis permaneçam nos países onde estão.
Assim, o foco vai para o trio maravilha de My Hero Academia, acompanhando Midoriya, Bakugou e Todoroki em Otheon, um país fictício da trama. É aí que os três presenciam um assalto a uma joalheria e não pensam duas vezes antes de ajudarem a pegar os vilões e proteger os cidadãos. Dessa forma, perseguindo a maleta de joias, Midoriya vai atrás de Rody, o garoto responsável por fazer a entrega do assalto. No entanto, as coisas dão errado para o Deku: a polícia o acusa de cometer um assassinato em massa e agora ele precisa fugir enquanto tenta encontrar o líder da Humanrise.
Novos Personagens
Particularmente, uma das coisas que eu mais gostei em Missão Mundial de Heróis foram os novos personagens apresentados, principalmente o Rody. Ele é um garoto que perdeu os pais ainda muito jovem e atualmente precisa se virar como consegue para sustentar os dois irmãos mais novos.
Creio que Rody traga uma profundidade necessária para o enredo. A forma que ele encara a vida, as coisas que está disposto a fazer para manter sua família, a relação que possui com os heróis, tudo é algo que nos faz refletir sobre essa dura realidade. Além disso, é gratificante ver a evolução do garoto ao longo da história, principalmente com o paralelo traçado entre o começo e o final do filme.
Além de Rody, outra personagem que me chamou a atenção foi Beros, uma arqueira misteriosa com um visual incrível. Extremamente habilidosa e inteligente, Beros está atrás de uma maleta a serviço da Humanrise, acabando por enfrentar Midoriya algumas vezes. Apesar de ter me apaixonado pela personagem, creio que ela foi pouco explorada e isso me incomodou um pouco.
Mesmo possuindo individualidade, Beros trabalha para a organização como uma forma de salvação, e acredito que tal fato poderia ter sido mais explorado no enredo. Não é nada que afete a trama ou a qualidade da obra, mas apenas um detalhe que creio poderia ter sido melhor aproveitado.
Os três mosqueteiros
Bom, não poderia deixar de falar do protagonismo de Midoriya, Bakugou e Todoroki, como já citei anteriormente. Em Missão Mundial de Heróis os três ganharam muito palco pra mostrarem como evoluíram individualmente e como uma equipe. Mesmo com seu jeito esquentado, até mesmo Bakugou trabalhou em perfeita harmonia com os outros dois, proporcionando um trabalho em conjunto de encher os olhos e o coração.
Ainda, as lutas que eles encenaram foram de tirar o fôlego, nos fazendo roer as unhas e quebrar a cabeça pensando como iriam sair dessa. Ainda em relação as lutas, algumas delas são simplesmente obras de arte, muito bem produzidas e renderizadas. São cenas que dão gosto de assistir, então mais uma vez, meus parabéns para a Funimation e o Estúdio Bones, pelo capricho no trabalho.
Considerações Finais
De modo geral o filme me agradou bastante, entregou aquilo que prometia entregar, sabendo mesclar bem os momentos cômicos com momentos tensos e reflexivos ou sentimentais. Como disse acima, a trama traz algumas reflexões para os telespectadores com a história de Rody, mas também com essa dualidade entre ser o que é, mas rejeitar e negar a sua essência. Além de mostrar também a ruína e a corrupção das pessoas, em especial dos policiais.
Outra coisa que me surpreendeu de uma forma positiva foi a quantidade de sangue presente no filme. Obviamente não é um anime gore, nem explícito, mas achei que eles deixaram mais claro a violência e o sangue do que normalmente.
Esse não é um filme perfeito, achei que algumas coisas deveriam ser melhor explicadas, outras melhores aproveitadas e algo que particularmente me incomoda em shonens é a resolução milagrosa de lutas quase perdidas.
De qualquer forma, Missão Mundial de Heróis é um prato cheio para os fãs de My Hero Academia, seguindo muito bem a linha e a atmosfera do anime. Então prepare seu traje e sua pipoca pois dia 6 de janeiro os heróis vão chegar no Brasil!
Plus Ultra!