Se você é fã de longas animados, talvez já tenha escutado o nome do incrível Isao Takahata, cofundador do famoso Studio Ghibli e diretor de filmes premiados como Túmulo dos Vagalumes e O conto da Princesa Kaguya (que foi indicado ao Oscar).

Entretanto, talvez você não tenha conhecimento de outro longa – nem tão famoso – do diretor, a comédia Meus vizinhos, Os Yamadas, filme de 1999 que reúne as trapalhadas, aventuras, e mal entendidos de uma família japonesa.

A trama, diferente de outros filmes do estúdio, é um conjunto de esquetes que contam o dia-a-dia de um casal, seus dois filhos e seu cachorro. Os Yamadas (o nome da família) talvez sejam um pouco dramáticos e meio atrapalhados, mas em suma eles reúnem os problemas diários de qualquer outra família, seja quando você luta pelo controle remoto, ou quando você esquece seu filho em uma loja de conveniência.

Baseado no mangá Nono-chan, por Hisachi Ishii, esse foi o primeiro filme inteiramente digital do Ghibli, já que o diretor não gostou do efeito da pintura tradicional do papel digitalizada, optando assim por fazer o primeiro filme do estúdio com todas as ilustrações pintadas digitalmente.

Apesar de divertido, Meus vizinhos, Os Yamadas não consegue ter o mesmo impacto que os outros longas do diretor, e acaba ficando em segundo plano comparado a outros filmes muito mais emocionantes e divertidos do estúdio. Sua duração, um pouco acima da média, também não é um atrativo. E mesmo no Japão o filme não fez tanto sucesso quanto o esperado.

A trilha sonora é o ponto alto do longa, com vários temas curtos no piano, que acabaram saindo em trilhas sonoras comercializadas no mesmo mês do lançamento do filme, com mais de 40 faixas somando os dois CDs!

Divertido, porém não memorável, o filme é uma experiência que vale a pena ser conferida, mas não repetida, e acaba ficando a margem em comparação a longas animados muito superiores (vindos até mesmo do mesmo diretor).

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