Darwin’s Game… Plunderer… E agora Kyokou Suiri, ou como chamam no U.S.A: In/Spectre.
Depois de dois animês com episódios extensos além da conta, eu tinha que ficar com um padrão nesta Temporada de Inverno 2020, pois eu ando ocupado ultimamente e ter que ficar revendo duas, três, quatro vezes um episódio de 40 e tantos minutos é danoso.
Sim. Eu vejo duas ou mais vezes um primeiro episódio de animê no qual vou falar e faço anotações bizarras sobre as primeiras impressões. Sem mais delongas, solta o verbo redator.
Você pensou que era um romance bobinho? Desculpa. Eu também.
Adaptado do mangá homônimo de Chasiba Katase pelo estúdio Brain’s Base – Amnesia, Anonymous Noise, Aoharu x Machinegun, Blood Lad – In/Spectre, ou Kyokou Suiri para os mais íntimos, está a cargo do diretor Gotoh Keiji, o mesmo de Choujikuu Robo Meguru, Endride, Kiddy Grade e entre outros.
A premissa básica de In/Spectre circula entre a relação de Kotoko Iwanaga e Kuro Sakuragawa. Mas e aí? É só isso? Epa! Acalmem-se, pois eu também logo de início pensava se tratar apenas de mais um romance água com açúcar, mas a cada minuto de episódio fui arqueando as sobrancelhas.
In/Spectre se desenvolve de forma bem: pegadinha do malandro. Kotoko nos envolve em sua história onde ela é sequestrada por seres que habitam o mesmo mundo que nós. Esses mesmos seres pedem a garota que se torne o Deus deles. Ela aceita e aqui já começa os desfechos que deixa a gente de boca aberta. A troca para se tornar o Deus desses seres nada mais é do que um olho e uma perna. Rapaz! Bela troca.
Feito o acordo, ela se torna o Deus deles e logo de cara, assume uma responsabilidade: mediar e resolver os problemas desses seres. Aliás, os seres em questão são: youkais, ayakashis, demônios (duvido muito), e espectros.
A beleza da história não está só no modo como ela nos conta, até porque somos colocados em segundo plano – pois o principal receptor dela é Kuro -, mas na mudança do tom de fala, gestos e até mesmo a dúvida do que se é real ou não sobre o acontecido.
A riqueza de diálogos entre Kuro e Kotoko é fascinante, chegando a beirar uma espécie de interrogatório.
A dose certa de um bom mistério para um primeiro contato.
Eu ando tão sem tempo que eu nem sequer tinha lido a respeito de In/Spectre, só fui na Crunchyroll e soltei o play nos lançamentos da temporada, porém, eu tive a percepção de que se tratava de um mistério pelas mudanças não tão sutis da trilha sonora e dos diálogos.
Depois de toda uma apresentação da heroína, a coisa muda de forma tão drástica que o que lembrava um romance água com açúcar no início passa a demonstrar um ar em volto a névoa, seguido de pistas e mais pistas sobre o do porque os outros seres que aparecem no episódio demonstrarem tanto pavor em relação a presença de Kuro.
Se um dos elementos do gênero mistério é nos trazer dúvida e ansiedade em relação ao que pode acontecer ou se revelará, In/Spectre para um primeiro contato conseguiu lidar muito bem com isso.
Arrisco a dizer que a animação conseguiu trabalhar tão bem o gênero mistério que se assemelhe a Natsume Yuujinchou, outra animação que trabalha o gênero mistério e folclore japonês.
O possível encerramento é bacana, pode-se dizer que fará parte das minhas playlists da vida, em suma, no quesito animação está no padrão para o estúdio, trilha sonora muito bem encaixada com as cenas e é claro, o enredo que deixa a gente com o gosto de: Quando sai o próximo episódio?