Bem-vindos ao Vintage et Underrated, a coluna que une o antigo que não sai de moda e o underground que todo mundo adora, ou deveria. Pra hoje, temos esse mangá/anime/série vintage que mata a gente de raiva e de rir ao mesmo tempo: Hana Yori Dango.
Este é um mangá/anime da premiada mangaká Yoko Kamio (Cat Street, Suki Suki Daisuki), publicado em 1992. A primeira circulação da obra doi na Margaret Comics, uma revista semanal da editora Shueisha exclusivo para mangás do estilo shoujo.
Começamos falando que Hana Yori Dango é até hoje um dos mangás shoujo mais vendidos no Japão Também, é uma das histórias com mais adaptações para televisão, com versões feitas em grande parte do leste asiático!
É muito sucesso pra uma história só, mas o que ela tem demais?
Bom, existem várias especulações acerca do sucesso de Hana Yori Dango. Alguns falam da protagonista (que é uma das primeiras com personalidade tão forte e “empoderada”, se é que dá pra usar esse termo). Já outros falam da própria história que apresenta diversos elementos do dia a dia de estudantes japoneses. Por exemplo, aceitação, bullying, violência na escola, amor com diferenças de idade e perspectiva e outros ainda falam do carisma de maneira geral dos personagens.
Na verdade, a Makino é quase uma Cinderella japonesa, a menina pobre que vai pro colégio de elite e…. Chama atenção do cara mais rico do lugar que, apesar de estar longe de ser um príncipe, é disputado a tapas por metade da escola por causa da fortuna.
Apesar dos momentos cômicos, tanto o mangá quanto o anime possuem cenas relativamente pesadas em alguns aspectos. Principalmente, no que tange abuso físico, o que enriquece a trama, quando você vê o contrataste com a “personalidade real” dos rapazes — especialmente o par romântico da protagonista — e seus próprios problemas pessoais.
Um outro ponto maravilhoso do mangá e do anime são as cenas com a família da protagonista… A mãe interesseira, o pai quase um coadjuvante da própria vida e o irmãozinho. É interessantíssimo notar que as mães dos Makino e dos Tsukasa agem exatamente igual em relação à ideia de relacionamento dos filhos. Afinal, é tudo casamento pra aumentar o patrimônio do clã.
Dois destaques bônus HIPER FOFINHOS
- O romance entre uma das professoras e a filha mais velha da família Tsukasa, que apesar de amarem, se separaram, pois a moça precisou se casar com um sujeito rico.
- O final de uma das meninas que sempre foi apaixonada pelo ricaço Doumyouji, que acaba ficando com o amigo “noveau rich” de Makino (a personagem principal) que passa a série toda sendo relegado por causa de seus status.
Portanto, com uma história bem amarradinha e diversos formatos para todos os gostos, definitivamente esse é um clássico que mesmo quem não é tão fã de shoujo deveria assistir.
Pontos positivos
- Historinha leve e sem muita enrolação
- Os casais formados no anime são muito fofos
- Explora bem alguns dramas adolescentes sem cair no esteriótipo
Pontos negativos
- O primeiro crush da Makino, Rui Hanazawa, é um picolé de chuchu
- Os personagens as vezes tem umas atitudes que não fazem muito sentido
- Os outros rapazes do F4 são quase irrelevantes para a história
Sinopse: Makino Tsukushi é uma colegial de família pobre que sonha em vê-la casada com um rapaz de família rica. Para ver seu sonho realizado, sua mãe a matricula numa escola exclusiva para filhos de famílias ricas, onde Makino cria uma estranha relação de amor e ódio com um dos rapazes mais ricos do colégio, Tsukasa Doumyouji.
Onde assistir
Você tem incontáveis doramas, um anime bem legal e o mangá. Então, o mangá e o anime são fáceis de achar na Internet. As versões live-action você pode assistir na Netflix, no Prime Video e no Viki, dependendo da versão que você quiser (existem algumas, as mais famosas são a versão coreana que você encontra na Netflix e no Viki e a japonesa que até pouco tempo estava no Prime Video). De qualquer forma, minha recomendação é a versão japonesa de 2007.