Em pleno mês de dia das bruxas, o desejo de um filme te apavorar a ponto de não conseguir dormir a noite é gigantesco, porém em 2018 existe uma certa escassez de bons filmes aterrorizantes, Halloween não só confirma a falta de bons filmes de terror, como consegue ser o pior dos filmes lançados no ano.
Com certeza essa é a melhor aparição de Michael Myers desde o primeiro filme, mas o conjunto da obra não convence, além de incomodar com a falta de incremento na trama e em todo o resto que pode ser considerado descartável, um desastre de filme e mais um reboot forçado.
Continuação Direta
Para dizer que alguns elementos até que passam, a história desenvolve em base no antigo filme, como se fosse uma sequência não assumida, amarrando as tramas em tela faz com que seja coerente com os personagens, como por exemplo a personagem de Jamie Lee Curtis, que rouba a cena como a maluca doente pelo terror que Myers causou no passado a ela.
Impressiona a falta de medo e agonia substituída pela sede de vingança e loucura total de uma avó perturbada, realmente ela carrega o filme nas costas sem problemas, é uma pena que não salva o que é Halloween.
Esperando um filme de terror que trabalhe com pavor psicológico e cenas de susto, mesmo que seja apelativo em cenas assustadoras momentâneas, acaba se deparando com a falta de essência desse filme que incomoda em nível agressivo, mesmo vendo Michael Myers e trazendo a trilha sonora original, não conseguiu somar com nada, porque o conjunto da obra é vazio e vago, não te passa agonia, não te dá grandes sustos, não alivia com o final do filme, além de o desinteresse escalar com o desenvolvimento do roteiro.
Mesmo que a história caminhe e faça o filme funcionar, o que foi assistido foi uma tentativa de reboot em pleno dia das bruxas para brincar com referências e matar a saudade de um dos maiores vilões de filme de terror, que no caso funciona, a única coisa que trouxe um certo saudosismo foi Michael Myers agindo ao som de sua trilha sonora original, mas uma cena curta de assassinatos não salvam um desastre de filme.
Foi uma boa ideia esse reboot?
Halloween foi uma péssima ideia de reboot, poderiam ter feito algo mais aterrorizante, esse filme é um conjunto de referências com uma boa atuação jogada em tela, forçando uma tentativa de roteiro que não funciona da maneira que deveria ser, apesar de ser bem desenvolvido.
Para aqueles que gostam de um filme de terror light e de reboot que só faz referências, Halloween será um sucesso, com belas cenas de assassinato e referências para fãs, infelizmente esse que vos fala é fã de Halloween e se sentiu ofendido, pois tudo isso não passa de maquiagem para o desastre que é esse filme, longe de ser cansativo, ele é descartável, ele é abaixo de simples, incomodando com fotografias que doem a visão, claramente o filme precisa ser escuro, e isso é ótimo, porém a cada feixe de luz em cena, é uma iluminação estourada que te faz fechar os olhos de tanta irritação na vista, parece coisa de velho, mas é gritante em tela.
Símbolo do Cinema Contemporâneo
O novo reboot de Halloween é o símbolo do cinema contemporâneo, falta de ideias para novas produções, regravações que estragam o que é o primeiro filme, falta de roteiros adaptados para o mundo moderno e de certa forma iludir a massa populacional com um filme artificial e boboca.
De tantos fracassos já lançados em 2018, Halloween é de longe o maior desastre desse ano até agora. O dia das bruxas no cinema de 2018 é algo para ser esquecido com tantos filmes fracos e Halloween só confirma esse argumento, e espera-se que seja o único grande fracasso assistido em tela desse ano.