Agora sim estamos na minha área! Um dos novos jogos de luta mais promissores que joguei nos últimos tempos foi Granblue Fantasy Versus, um spin-off vindo dos RPGs de turno produzidos para Android, iOS e browsers pela Cygames. Eu não sou super familiar com o RPG, mas o joguinho de luta tem um pedigree muito interessante: ele é desenvolvido pela Arc System Works, famosa desenvolvedora responsável por Blazblue, Dragon Ball FighterZ, e mais importante, Guilty Gear. Então já não é qualquer joguinho de luta!
Na BGS 2023, um dos jogos que eu mais queria testar era o Granblue Fantasy Versus: Rising. Pense nele como uma nova versão de Versus, como a Capcom fazia quando precisava lançar uma atualização de Street Fighter… um Super Granblue Fantasy Versus, digamos assim. É uma nova versão do mesmo jogo, porém, com gráficos melhorados e novas mecânicas.
Para falarmos um pouco dele, preciso comentar sobre o jogo antigo, né? Granblue Fantasy Versus foi o primeiro jogo, do qual tenho memória, que brincou um pouco com a ideia de “controles modernos”, atualmente muito popularizada pelo estrondoso sucesso de Street Fighter 6. Esses controles modernos consistem em não precisar mais fazer todo um movimento para fazer seus ataques especiais: uma direção mais um botão e você pode fazer o que quiser.
E como funciona Granblue Fantasy Versus: Rising?
O jogo é interessante por manter as duas opções disponíveis para você a todo o tempo, ao contrário do Street Fighter 6 que faz você escolher entre as opções clássica e moderna. Em Versus, por exemplo, a minha boneca principal, Katalina, funciona basicamente como o Ryu. Ela tem uma bola de fogo, feita com meia lua pra frente; ela tem um ataque de espada que vai longe e derruba o oponente como um tatsu, feita com meia lua pra trás; e ela também tem um antiaéreo feito com o movimento de Dragon Punch (frente, baixo, baixo-frente). Eu posso usar todos esses ataques em suas versões simples, usando um “botão de especial”. Especial sem direções: bola de fogo; Especial pra frente: antiaéreo; Especial pra trás: tatsu. O que balanceia isso é que todos os seus ataques têm um período de cooldown, como habilidades em League of Legends. Se você usar os ataques com o comando clássico, o dano deles é mais alto e seu cooldown bem mais rápido. Usando o comando simples, você fica sem aquele ataque por mais tempo.
Essas mecânicas tornavam o jogo interessante, pois o nível de jogo mais alto encontrava-se em balancear o uso destes ataques em suas formas clássicas e simples dependendo do ritmo da partida. É muito bom ter um antiaéreo instantâneo com o comando simples, mas deve-se sempre manter em mente que o cooldown será muito maior. Uma camada a mais de estratégia se criava com essa dicotomia.
Infelizmente, dentre todos os jogos que testei na BGS 2023, o Granblue Fantasy Versus: Rising foi o que mais provou que não é suficiente os poucos 15 a 20 minutos que tínhamos para jogar. Como eu já sou familiar com o game original, pude imediatamente notar que houve um bom upgrade nos gráficos do jogo: nunca minha Katalina esteve tão bonita e bem iluminada nesse estilo anime que a Arc System Works cria tão bem. No entanto, estavam disponíveis apenas o modo versus e o modo contra a máquina – brigado Donis por ter aceitado apanhar de mim pra testar! –, e desta forma as coisas que eu mais queria testar, não consegui.
Novas mecânicas vindo aí?
Sabemos através do site do jogo que Rising adicionará várias mecânicas novas ao jogo: um ataque saído de dash, a possibilidade de usar um overhead ou low vindo de uma sequência, um ataque especial que quebra guarda. No entanto, sem modo treino e sem poder ver minha lista de ataques, foi difícil entender quais eram os comandos para executar essas novas mecânicas, então lutei do modo que já conhecia vinda do jogo original, que ainda funciona bem.
A coisa mais importante, no entanto, é que Granblue Fantasy Versus: Rising trocará seu netcode para rollback. O modo online de Granblue Fantasy Versus era, de longe, o maior problema do jogo, pois seu netcode ainda é o antigo delay-based, ou seja, ele compensa qualquer latência através de atrasos na taxa de frames e comandos do jogo. Todos os jogos modernos, como Street Fighter 6 por exemplo, utilizam o sistema rollback, que tenta “prever” ataques baseando-se na última movimentação dos jogadores (é meio difícil de explicar, mas é um sistema mil vezes melhor, confiem). Como modos online não estavam presentes no jogo, é mais uma coisa que vai ficar pra testar no lançamento.
Granblue Fantasy Versus: Rising será lançado em 30 de novembro de 2023, então, não precisaremos esperar muito para fazer esses testes. Recomendo muito!
GRANBLUE FANTASY VERSUS: RISING NA NUUVEM