Juntamente com Granblue Fantasy Versus: Rising, a gente também pôde conferir no estande da Nuuvem, na BGS 2023, o outro grande lançamento aguardado da Cygames, o Granblue Fantasy Relink. Para quem não conhece, a série Granblue começou como um MMORPG para celulares, mas que tinha um pequenino e singelo diferencial: a sua trilha sonora composta por ninguém menos que Nobuo Uematsu, sim, aquele do Final Fantasy, em parceria com Tsutomu Narita. Eu não sou muito familiar com este jogo original, mas a franquia se expandiu rapidamente com um anime em 2017 e com o meu contato particular, o jogo de luta produzido pela famosíssima Arc System Works, o Granblue Fantasy Versus.

O próximo capítulo da franquia está previsto para o dia 1º de fevereiro de 2024, com Granblue Fantasy Relink, o primeiro RPG de consoles/PC da série, que começou seu desenvolvimento em conjunto com a Platinum Games, empresa conhecida pelos jogos da série Bayonetta e Nier Automata. Em desenvolvimento há muito tempo, infelizmente a Platinum deixou de fazer parte da equipe em 2019. Pude jogar a demo do jogo que estava na Brasil Game Show, e eu não esperava muito, dadas as origens móveis da série, mas fiquei animado com o que vi.

Demo de Granblue Fantasy Relink

A demo começou nos dando a opção de escolher entre um de sete personagens disponíveis. A Katalina, minha personagem principal no Versus, estava disponível, então nem precisei pensar muito para fazer essa escolha. Iniciando o game, vemos um estilo de engine e gráficos não muito dissimilar aos recentes Zelda ou mesmo Genshin Impact: longas distâncias, com texturas estilizadas como pinturas em aquarela, mas cuja complexidade de modelos é leve para rodar em muitos tipos de máquinas diferentes, o que é uma grande vantagem em tempos de altíssimos requerimentos de sistema.

Após escolher um boneco, é possível ver que três outros bonecos nos acompanham o tempo todo, controlados por IA se não houver nenhum outro jogador humano, mas os amigos também podem, pelo que entendo, encarnar os outros bonecos em cooperação online. A fase disponível na demo é bem linear, passando por uma ponte com múltiplos inimigos onde o jogo nos mostra seus tutoriais: um botão para ataque leve, um botão para ataque pesado, um desvio, um bloqueio e um “link attack”, o qual descreverei em breve.

Após avançarmos por esta ponte, chegamos em um canyon onde uma grande quantidade de esqueletos ataca, e aqui o jogo se torna Dynasty Warriors por um momento, com todos os bonecos soltando poderes e ataques vindos de todos os lados.

Depois disso, começamos a enfrentar um chefão esqueleto gigante, e aí que eu percebi que eu tinha um timer de 15 minutos para completar a demo. Então resolvi tentar aprender algumas mecânicas a mais para ver se acelerava o processo. Primeiro, o tal do “link attack”, que nada mais é do que uma oportunidade de juntar múltiplos bonecos para combar o inimigo em conjunto, dando muito mais dano, mas que só pode ser feito quando o inimigo está em stun. Segurar o gatilho direito também abre toda uma nova gama de habilidades dos bonecos, que você pode usar rotativamente em cooldowns, e que são similares aos ataques que Katalina tinha em Fantasy Versus, o que já me trouxe um sorriso ao rosto.

Conforme você ataca, uma barra de especial vai se enchendo, e quando termina de encher, você ganha acesso aos Skybound Arts, os grandes especiais que também lembro de ter no Versus. Mais importante, se você conseguir efetuar um link attack com um Skybound Art, os seus bonecos entram em um combo sequencial de um Skybound atrás do outro, terminando com um “Full Burst”, que é dependente de quais bonecos estão presentes na party. É um sistema complexo e que parece ter estratégias interessantes, mas que veremos com mais detalhes no jogo completo.

Algumas considerações

Eu tenho algumas coisinhas para reclamar um pouquinho, apesar de ter gostado mais do que imaginei da premissa do jogo. Sim, a trilha sonora é intensamente épica e tem aquele quê que só o Nobuo Uematsu poderia trazer para uma trilha, porém, o design sonoro do jogo é bastante poluído, com muitos efeitos sonoros e personagens gritando os nomes de seus ataques o tempo inteiro, o que acaba encobrindo e diminuindo o impacto da trilha.

Após derrotar o esqueleto, eu consegui também destrancar mais um chefão, um golem de pedra, que também consegui derrotar faltando menos de 10 segundos para encerrar a demo, mas este chefe tinha uma barra de vida colossal, e mesmo os ataques mais poderosos que eu tinha não tiravam nem um pixel da barra. Pode ser que este fosse apenas um artifício para estender o tempo de jogo da demo, mas este chefe me lembrou Monster Hunter quando estamos em level baixo demais pra enfrentar o monstro e fiquei um pouco confuso com o que a demo estava esperando que eu fizesse.

No entanto, estas são pequenas reclamações e fiquei muito surpreso de maneira positiva. Agora, além de estar ansioso para Granblue Fantasy Versus: Rising, também pretendo dar uma olhada mais a fundo em Relink, e sugiro que todos os fãs de RPGs de ação façam o mesmo!

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