Anunciado em meados de 2019, Genshin Impact trazia um hype grande dentro da redação do SUCO, até finalmente, no fim de setembro ter seu lançamento oficializado para PC, Android, iOS e PlayStation 4.

Produzido pela miHoYo, empresa chinesa e conhecida por Honkai Impact, o jogo é gratuito e cross-plataform entre iOS, Android e PC, onde o jogador pode acessar sua conta onde estiver com o dispositivo que tiver em mãos. Ainda não entendemos do porquê usuários do PS4 não ter esta opção.

Uma versão para Nintendo Switch deve chegar ainda este ano.

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*Neste REVIEW, falaremos especificamente do Prólogo, arco que se passa na primeira região do jogo, Mondstadt. Quanto a História do jogo, outro artigo – sobre os mangás – deve sair no futuro. 

Logo nos primeiros minutos, temos o vislumbre do mundo colorido e muito criativo de Teyvat. O RPG de Ação feat. Gacha , nos moldes de The Legend of Zelda: Breath of the Wild, traz um cenário inspirador e cheio de segredos para você descobrir e missões para cumprir.

Escolhendo um dos protagonistas (ou um gênero), controlamos o Viajante de origem desconhecida e em busca de seu irmão perdido, junto a diversos outros personagens, conseguidos através de invocações (ou pela história), cada um com sua própria jogabilidade.

É um clone de Zelda?

Sim! Mas também vai além disso, começando por uma história original e um sistema de missões criativo. Desenvolvendo-se em um mundo aberto, Teyvat, o jogador têm a opção de explorá-lo como “Link”, a pé, escalando, nadando e até planando; neste último, você troca o paraglider de Zelda:BOTW por asas em Genshin Impact. 

O personagem também não fala! Próximo ao sistema Link x Navi de Ocarina of Time, em Genshin Impact temos a Paimon, uma “fada” que serve de ferramenta de trama e dá a luz do túnel para avançarmos no jogo. Próximo do jogo da Nintendo, temos um mapa que pode ser explorado por completo, com criaturas, segredos e enigmas a serem resolvidos, entretanto, um plus é de que você pode controlar até 4 personagens “simultaneamente”, fazendo trocas ágeis durante o combate ou na resolução de problemas no mapa.

Trazendo elementos do RPG, temos habilidades, magias, combos, sistema de aprimoramento de personagens, armas, talentos e artefatos, cooldown entre trocas e gerenciamento de energia. Tudo isso é somado ao sistema de gacha que o jogo traz, próximo ao que vemos em Fire Emblem Heroes ou num Fate/Grand Order, onde até o momento temos em torno de 25 personagens jogáveis – muitos vindo apenas pelo sistema de invocações.

Gratuito? Pay to Win? 

Já sabemos que o gênero gacha é considerado nocivo por parte da comunidade gamer, mas em Genshin Impact temos o contraponto de ter um “Modo História” single-player interessante, além de uma jogabilidade que não deve em nada em muitos jogos triple A.

Mesmo sendo gratuito, o trabalho que a miHoYo teve em balancear combates (deixar algo que funcione no mobile e nos consoles/pc, por exemplo), roteirizar missões e polir a jogabilidade é louvável. Vale ressaltar também o exímio trabalho dos efeitos de luzes, sonoros e claro, da linda trilha sonora de Yu-Peng Chen (já disponível no Spotify).

Quanto ao fator “pay-to-win”, ainda não temos um “mid” e “late” game concreto, então analisar o aspecto atualmente de seu sistema não é interessante. Ainda sem grandes atualizações, e uma loja com poucos itens – e sem cosméticos – não é possível analisar as reais intenções da miHoYo. Por ora, o jogador gasta dinheiro se quiser buscar mais personagens… e só. 

Multiplayer e Localização

Posso pontuar dois aspectos negativos e que podem ser consertados com o decorrer das atualizações. O primeiro, é referente a sua localização. É muito bacana a empresa lançar um jogo com legendas em português, e nos sentimos lisonjeados com isso. Entretanto, a falta de revisão é gritante. São diversos erros de concordância gramatical e de codificação.

Em diversos diálogos é possível ver que o trabalho de tradução foi feito de forma automatizada e não com profissionais especializados em letreiramento ou algo do tipo. Esperamos que estes erros (pequenos, mas que incomodam), possam ser solucionados.

Na parte mais técnica e da codificação, é possível ver algumas sintaxes da Unity que não foram codadas corretamente, seja por falta de atenção ou pela não depuração. São vários momentos em que é possível vislumbrar uma falta de parênteses no jogo – como quando o programador quer mostrar uma cor diferente na caixa de diálogo.

Agora, o maior problema e que pode ser decisivo para sua longevidade é o modo multiplayer. Entendemos que a miHoYo queira manter sua jogabilidade single-player coop, algo próximo do que vemos na franquia Diablo, por exemplo, mas a limitação imposta a jogadores visitantes é incompreensível.

Entendemos da limitação de baús (explico mais abaixo), onde é possível farmar apenas em seu próprio mundo, mas não ter recompensas palatáveis no mundo de seu amiguinho não é algo que motive a cooperatividade. Esperamos que nas próximas atualizações o sistema de coop melhore e que tenhamos mais interatividade e recompensas!

Sobre a limitação de baús: caso seja possível abrir baú no mundo de outros jogadores, será possível ficar farmando e saltando de mundo em mundo numa mesma localização, o que pode gerar desbalanceamento de um jogo saudável. 

 

Além de Mondstadt

Genshin Impact se mostrou um jogo grandioso e em suas duas regiões é possível tirar proveito de horas e horas facilmente. De forma informal, calculo algo em torno de 20 horas o Modo História de Mondstadt, tido como Arco do Arconte: Prólogo. Já passando para a região de Liyue, que é muito mais extensa que a primeira, o jogo pode beirar as 50 horas de muito conteúdo.

A partir daí, o modo gacha entre em jogo, e no momento em que estou, a jogatina se resume a gastar resinas, fazer missões diárias e upar um ou outro item. Com sete áreas planejadas (já temos duas), Genshin Impact têm de tudo para ser uma franquia duradoura e esperamos atualizações mais frequentes de seu Modo História; queremos desbravar Teyvat! 

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