Maria Luiza Nery
    Maria Luiza Nery
    "Tradutora formada, orgulhosa integrante da Corvinal, estudante apaixonada de idiomas, viciada em café e metida a escritora, com uma pilha crescente de livros não lidos e doramas não assistidos. A playlist atual vai de jazz dos anos 40 a pop rock tailandês, e seus sonhos incluem viajar pelo mundo, abrir um sebo-café e ser conhecida como "aquela bruxa" quando chegar à velhice."

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    Família Analógica: de volta à virada do milênio

    Dezembro de 1999.

    O mundo aguarda a virada do milênio, com medo do bug Y2K, um suposto colapso em todos os computadores do planeta à meia-noite do dia 1 de janeiro, causando o maior caos jamais visto.

    Mas antes do suposto apocalipse tecnológico, todos ainda tentam se recuperar da primeira crise financeira do mundo globalizado.

    É nesse cenário quase apocalíptico que conhecemos os personagens que se tornam uma família improvável.

    “Todas as famílias felizes são parecidas…”

    Em poucos episódios e em uma atmosfera deliciosamente nostálgica, Família Analógica explora como relações familiares podem ser complexas. Entre a agitada Bangkok e a calmaria do litoral, histórias diferentes se desenrolam e se entrelaçam em uma contagem regressiva para o novo milênio.

    Keg (JJ Krissanapoom Pibulsonggram) trabalha em um call center e mora em uma pousada badalada no centro de Bangkok com sua mãe, uma modelo muito popular nos anos 80. Ele precisa juntar dinheiro para se mudar para os EUA, mas ainda tem medo de contar à mãe e magoá-la.

    Lilly (Namfon Kullanat Preeyawat), orfã já há vários anos, descobre que tem câncer de mama e está em dúvida entre fazer a cirurgia ou apenas aproveitar o pouco tempo de vida que lhe resta.

    Bung (Primmy Wipawee Patnasiri) trabalha com a mãe na locadora de vídeos da família e adoraria comprar um carro novo para o pai que trabalha como vendedor no litoral.

    Pond (Peter Nopachai Chaiyanam) precisa voltar voltar para sua cidade natal depois de 20 anos ao saber que seu pai está muito doente. Antes da viagem, ele contrata Lilly (sua ex-namorada), Keg e Bung para se passarem por sua esposa e filhos.

    Um trabalho que deveria durar apenas 3 dias acaba se prolongando quando um certo milagre acontece. Depois disso, a mentira cresce cada vez mais, e outros segredos guardados há décadas estão prontos para ser revelados.

    No desenrolar da história, os personagens precisam refletir sobre qual o limite de uma mentira e até onde podemos ir para proteger os sentimentos daqueles que amamos – ou os nossos.

    Referências ao cenário mundial

    Duas das maiores referências ao cenário mundial na série são o famoso bug Y2K – ou bug do milênio, e a crise asiática de 1997.

    O problema do bug Y2K consistia na possibilidade de computadores do mundo inteiro não reconhecerem o novo milênio no calendário, o que geraria grandes problemas no setor financeiro, por exemplo. Programadores se desdobraram para renovar, testar e atualizar os softwares mais antigos. O pânico coletivo acabou injustificado, pois a maioria da população tinha computadores com softwares atualizados de fábrica, ou atualizaram seus computadores antes da virada.

    A crise asiática foi um período de recessão que teve início na Tailândia, depois que o governo adotou o câmbio flutuante, sem opções para cobrir a dívida externa. A crise se estendeu pelo continente, afetando principalmente a Coreia do Sul, Indonésia e Taiwan. No ano seguinte, vários outros países ao redor mundo, inclusive o Brasil, tiveram que recorrer ao FMI. Além das consequências no mercado financeiro, a crise de 97 teve consequências diretas e indiretas na balança do poder político ao redor do mundo.

    Mas Malu, eu tenho que saber tudo isso pra assistir aos episódios??” Tudo pela imersão, gafanhoto. Mas nem só de pânico

    Família Analógica está disponível na Netflix e é uma boa pedida para esperar a chegada de 2024.

    Confira o trailer (legendas em inglês):

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    Maria Luiza Nery
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    "Tradutora formada, orgulhosa integrante da Corvinal, estudante apaixonada de idiomas, viciada em café e metida a escritora, com uma pilha crescente de livros não lidos e doramas não assistidos. A playlist atual vai de jazz dos anos 40 a pop rock tailandês, e seus sonhos incluem viajar pelo mundo, abrir um sebo-café e ser conhecida como "aquela bruxa" quando chegar à velhice."

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