Dentro do grande mundo do cinema, mais uma produção nacional é apresentada, mais uma vez estrelando a YouTuber Kéfera, Eu Sou Mais Eu, apresenta uma história divertida que ensina uma lição de vida importante para todas as gerações.

Inclusive, para a própria Kéfera segundo o que ela disse em coletiva, poderia ser um ótimo filme para essa época de férias, mas alguns problemas te desconecta dele, infelizmente são erros repetidos de filmes de comédias nacionais.

eu sou mais eu
Eu Sou Mais EU (Imagem Divulgação)

Voltando no tempo

Vivendo uma cantora pop ignorante e orgulhosa, Kéfera vive Camilla que volta no tempo, mas precisamente em 2004, nos tempos de colégio, e para voltar precisa ser ela mesma, uma trama simples que traz muitas reflexões profundas, mas seu desenvolvimento se perde em muitos pontos.

Começando que Camilla precisa ser ela mesma, e antes dela ser isso, a mesma se transforma no seu antigo eu, porém ela modifica por completo a personalidade de sua personagem no passado.

A garota alvo de bullying e esquisita, na piriguete gostosona e emponderada que se torna a mais popular da escola, traz o ar de arrogância que seu Eu adulto é no futuro e mesmo sustentando a trama e causando as cenas de alívio cômico certeiro, muitos furos atrapalham e ofuscam a mensagem passada pelo filme.

O que adianta ela ser ela mesma se modificou quase que por completo sua personalidade no passado? Algumas questões como conflitos familiares e rivalidades adolescentes colocam Camilla não como uma arrependida por sua ignorância, e sim um acerto dentre tantos erros de personalidade.

Furos que podem ser causados por causa do efeito “lacrador” do filme, o que não era necessário, a personagem estava sendo muito mais respeitada e cativada por seu arrependimento final e humor escrachado.

Esse erro de roteiro não tem a ver com Kéfera, por mais que muitos já olham de forma negativa ao ver que é um filme com ela, a mesma se mostra bem mais experiente em tela, mesmo que seu papel ainda seja muito ela mesma, e em coletiva, a própria Kéfera diz que isso facilita na atuação, porém o laboratório para fazer a Camilla foi algo mais complexo.

Isso traz uma questão: será que Kéfera está preparada para viver um personagem mais complexo? Tomara que sim, pois todos os filmes dela tem sido ela mesma, a ponto de esquecer o nome de seus personagens.

eu sou mais eu
Eu Sou Mais EU (Imagem Divulgação)

Desenvolvimento

Por seu um filme de humor, esperava ser algo escrachado pelo material de marketing apresentado, isso atrapalhou demais no desenvolvimento da história, mas acertou na diversão, piadas envolvendo locadora de filmes, hits que explodiram em 2004 e tiradas com uma pegada “lacradora” te faz rir como ninguém, para um público mais jovem, é de gargalhar aos berros, isso consegue abafar as falhas em si, pois o objetivo era esse.

Eu Sou Mais Eu é um filme divertido, razoável em sua profundidade quanto a lição de moral passada, mas ainda permanece sendo mais um filme da Kéfera.

Em tela se vê uma evolução, um amadurecimento e vontade de sempre crescer em seu sonho de ser atriz, porém seus personagens continuam sendo arquétipos da Kéfera, isso limita demais uma atriz que pode ir longe, e prova que não é necessário permanecer nesses tipos de filme, pois já provou que os faz muito bem e ainda consegue divertir o público, mesmo na falta de roteiro e desenvolvimento da trama, ou na simplicidade da mesma.

REVIEW
Eu Sou Mais Eu
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Baraldi
Editor, escritor, gamer e cinéfilo, aquele que troca sombra e água fresca por Netflix e x-burger. De boísta total sobre filmes e quadrinhos, pois nerd que é nerd, não recusa filme ruim. Vida longa e próspera e que a força esteja com vocês.
eu-sou-mais-eu-reviewJá imaginou acordar em 2004? É o que aconteceu com Camilla (Kéfera Buchmann), uma estrela da música pop que vê todo o sucesso que conquistou desaparecer misteriosamente ao voltar no tempo. Agora ela vai precisar lidar com os dramas da adolescência, o bullying da inimiga Drica (Giovanna Lancellotti), as provas e trabalhos da escola… tudo de novo! Difícil mesmo vai ser convencer o seu melhor amigo, Cabeça (João Côrtes), que ela veio do futuro e precisa da sua ajuda para descobrir como voltar.