A convite da Sato Company e Agência Febre, participamos da cabine de imprensa do live-action Death Note – Iluminando um Novo Mundo, que contará com uma sessão única e exclusiva da Cinemark, no dia 2 de agosto (veja no link abaixo).
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Nesse último filme de Death Note, adaptação em live-action da obra de Takeshi Obata e Tsugumi Ohba, o terceiro da franquia japonesa ou em uma possível continuação para a sequência da série (animação e/ou mangá); temos uma nova configuração de enredo.
Continuação de Death Note?
Passados 10 anos desde o encerramento do caso Kira, ou seja, desde a morte de Light Yagami, um novo Kira aparece – denominado Neo Kira/Yuki Shien, interpretado por Masaki Suda. Logo, cria-se uma força tarefa para combatê-lo, junto a Ryuzaki, o sucessor de L e interpretado por Sosuke Ikematsu, e Tsukuru Mishima (Masahiro Higashide), sucessor de Shoichi Yagami e novo comandante da polícia japonesa.
Os fãs da série de cara irão estranhar a presença desse Ryuzaki, pois parece de conhecimento geral que L morreu e o meliante é seu sucessor. (Fato que na obra original foi mantido em sigilo da maioria e apenas poucos têm ciência). Além disso, diferente do esperado, o mesmo não parece ser nem Near, nem Mello, mas um mix peculiar dos dois. Assim, temos um Ryuzaki com alguns trejeitos de L, um quê infantil e brincalhão de N e um tanto impulsivo e revoltado como M. Curioso, não? Serei sincera, se não conhecesse tão bem a série e não soubesse quem é o verdadeiro sucessor de L, talvez eu simpatizasse com o meliante. Ele tem um quê de Jack Sparrow do lado do bem. Meio perdido, meio inteligente estilo oriental.
Ritmo e Contextualização
MAS, voltemos ao live action japonês. Desde o princípio levei em conta os dois filmes anteriores e fiquei feliz de ver que não simplesmente reciclaram os elementos, que também há coisas novas na trama. Já vou deixar a crítica que poderiam ter sido melhor explorados alguns (muitos) deles, não só tendo passado batido. Ainda que as OVAS do Death Note: New Generation sejam complementares, há várias pontas que ficam em aberto.
Ademais, reconheço o esforço com o setting e o novo plot, que se mostrou deveras interessante. Entretanto, o ritmo lento do início e de alguns diálogos parece ter sido tentado compensar em um desenrolar frenético dos fatos. Para o espectador leigo nesse mundo de Kira, cadernos assassinos, Shinigamis e gênios, talvez as informações fiquem um pouco soltas e forçadas.
Ainda assim, devo elogiar o esforço no design dos shinigamis (que amei!) e a tentativa de inovar com personagens de características distintas dos originais – e também não esquecendo dos mesmos. A nova proposta de que o rei shinigami supostamente teria instituído uma disputa entre os deuses da morte, além da presença de 6 cadernos no mundo humano traz um novo horizonte a ser explorado. Sem contar que deixa espaço de sobra para a imaginação.
Grandes Surpresas
Por mim, não quero dar spoilers, mas julgo que se subestimado o filme trará grandes surpresas. Uma ressalva para o timing do enredo, o suspense e as cenas de ação – que poderiam ter sido incrementadas. Uma estrelinha para as referências aos detalhes e aos novels – quem é fã da série verá que não tem somente os shinigamis e o caderno de semelhança. E palminhas para a trama psicológica por trás da história.
Um conselho final: vá de mente aberta e atenta. Algumas coisas foram mudadas, sim. Fiquei triste, não nego. Teve um resultado bom? Melhor do que esperava, admito. E o final ainda tem aquele espírito trickster à lá Ryuk, então prestem atenção, crianças ;]