Salve Sucogamer e seja bem-vindo a era moderna dos jogos de survival horrors que busca mostrar ao novos jogadores a sensação do passado: Daymare. Daymare: 1994 Sandcastle é o 2º jogo da série e é marca o inicio da história dos oficiais da H.A.D.E.S que estão presentes no primeiro titulo Daymare: 1998. Pegue a pipoca ou o chá de camomila porque você vai precisar!

Claro que de antemão o Suco agradece a Leonardo Interactive e a Invader Studios pela oportunidade desse review. Daymare, desde sua origem e projetos iniciais, vem chamando a atenção dos amantes de survival horror e o novo titulo também não deixa brechas para aquela jogatina calma e segura e com muitas referências.

Os primeiros passos em Daymare: 1994 Sandcastle

Deixando claro que não irei me aprofundar muito do roteiro de Daymare: 1994 Sandcastle pois ele é fundamental e não matar o fator surpresa. Você vai viver a pele da Agente Reyes, Dalila Rayes, que faz parte da equipe H.A.D.E.S com enfoque tecnológico, ela além de ser uma especialista e uma hacker de respeito, ela não fica atrás nas habilidades de campo, já que é uma veterana de uma missão do Iraque.

Ela é chamada para a missão na base militar de Groom Lake, localizada na Área 51. Uma fácil extração vai se mostrar que não é tão simples quanto se parece, outra força militar diretamente do presidente dos Estados Unidos está envolvida e quando você chega lá está literalmente igual a localização da base em Nevada, um deserto!

No inicio do jogo você vai aprendendo as mecânicas conforme o dialogo e o roteiro vai se desenrolando, claro que a homenagem a um dos ícones do gênero survivor horror Resident Evil, marca presença com seu menu de itens e recursos semelhante aos novos remakes da franquia.

A primeiro momento nada de dificuldade, é exploração e interação com o cenário que traz aquele mix de suspense e a sensação de tem algo ali né? Vai tentar me pegar no pulo com um susto não é? Dessa forma essa sensação vai do começo ao fim e é um dos pontos altos do jogo principalmente pela arquitetura e os gráficos que Daymare: 1994 Sandcastle apresenta.

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Imagem Divulgação

Recursos, puzzles e gritaria

Daymare: 1994 Sandcastle traz uma experiência de descoberta e um clássico da mitologia popular sobre a Área 51. O que tem no subterrâneo e nas cavernas daquela região? Em Daymare você vai descobrir camadas de laboratórios de pesquisa e recursos para manter uma cidade subterrânea inteira viva. Claro que o cenário impressiona e o desastre e sua missão?

A agente Reyes vai passar por uma jornada de descobertas e dúvidas. Para auxiliar ela, Reyes criou um dispositivo de localização que auxilia em checar sua condição vital, dados como munição de cada arma e recursos como kit médico, chamado D.I.D (Dispositivo de Intercâmbio de Dados) que é a interface do jogo para você.

Como perita em tecnologia, ela também usa suas habilidades para hackear o sistema da base em alguns momentos para avançar ou obter recursos. E de antemão é um dos puzzles mais divertidos de se resolver, acertar uma sequência como se fosse aqueles cadeados numéricos, mas envolve dois eixos de deslocamento e contra o tempo, magnífico. Já em contrapartida os puzzles que são de progressão não tem uma grande curva de dificuldade sendo mais intuitivos, ou com resoluções muito na cara.

Você pode se atentar aos arredores em busca de colecionáveis, pequenas estátuas barulhentas de E.T que vão dar um charme quando você abrir a galeria de extras. Porém temos quer dar o destaque a arma que movimenta o destino de Reyes: A Frost Grip.

Ela é fundamental para você explorar o complexo militar. Um lançador de nitrogênio liquido portátil que se reabastece ao longo do tempo. Apague regiões em chamas, resfrie pistões ou congele os Chamarizes, humanos reanimados por eletromagnetismo e seus inimigos diretos que vão tentar a qualquer custo impedir seu progresso.

E são esses inimigos que fazem parte dos principais momentos de aflição e tensão do jogo. São seres inconsequentes que podem aparecer a qualquer momento e correr atrás de você. Quando derrotados usando suas armas de fogo, sua escopeta e sua submetralhadora, há a chance da orbe elétrica ir para um cadáver próximo e reanima-lo para causar mais dor de cabeça ou fortalecer outro a ponto que ele só será derrotado se for inteiramente congelado.

Então você deve medir bem seus recursos pois a Frost Grip, não é infinita e vai gastando ao longo do uso com uma recarga lenta, você pode usar de recargas rápidas encontradas espalhadas no cenário que são consumidas no processo. Da mesma forma que a munição não é exuberante e a vida menos ainda, por mais que cada corredor tenha um painel de Kit Médico, porém todos foram usados durante o surto inicial e cada abraço desses inimigos dói ao longo do tempo.

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Imagem Divulgação

É eletrizante, é chocante!

Trazendo a experiência de jogo eu quis partir para o conforto do controle, porém ao começar as hordas de inimigos e reações rápidas eu acabei migrando para o bom e velho teclado e mouse. Principalmente por não ter entendido o pulo do gato em relação a mirar e usar arma ou Frost Grip no controle enquanto que o tempo de resposta no teclado foi mais rápido e no geral em algumas situações com mais informação na tela como efeitos e inimigos o tempo de reação de troca as vezes é o mesmo.

Uma coisa que Daymare: 1994 Sandcastle tem de forte é a experiência da primeira jornada. Cada sala, corredor e área vai criando uma tensão de onde vai vir o próximo Chamariz e isso vai culminando em mortes. Assim como Resident Evil 7 onde os Mofados são bem letais, você tem que evitar o máximo essas criaturas principalmente os Faiscantes, criaturas que lembram zangões que reanimam corpos e se chegar perto, você já era.

Porém eu tive muitas frustações como o andamento do jogo, claro não é para ser fácil. Mas tem algo que mecanicamente eu sinto que não bate. A dinâmica de fechar uma arena impedindo uma fuga de uma situação de emboscada é valida mas irrita tendo inimigos tão punitivos. Pessoalmente não gostei da ideia de quando um Chamariz agarra você, você tem que pressionar varias vezes um botão para se soltar e a perda de vida é decorrente ao tempo do abraço e sua reação.

Agora algo que me pegou é a resposta ao dano das armas de fogo. A escopeta é claramente a melhor arma do jogo pois ela tem um efeito imediato, mas a metralhadora não trava direito os inimigos numa cadencia de tiro para dar tempo de congelar eles. Meio que eles são blindados já que você atirando fica travado mas seu entorno a eletricidade que anima vai te pegar, e faz com que, principalmente as situações de arena se tornem cansativas. Tão cansado que só usava a escopeta realmente num momento critico e nem sempre ela funcionava bem e assim apenas esperava a morte para seguir a diante, sabendo o padrão dos inimigos e congelando ele com as mecânicas da Frost Grip.

Vejo a Frost Grip como uma homenagem ao Dead Space e o Stasis, e o melhor conceito mecânico trabalhado no jogo e ao longo da jornada você vai dar upgrades sendo fundamental e acho que esse foco nela é algo que tirou o polimento do sistema de combate com as armas. Seria tão mais fácil habilitar as mecânicas de mina e bomba durante a gameplay e deixar de fora da lista de melhorias como velocidade de recarga e congelamento.

A atmosfera que Daymare: 1994 Sandcastle realça é incrível e sua parte sonora é ótima, deixa apreensivo, explode momentos certos. E claro que limitações a parte, senti falta do jogo deixar você mais perdido no local como rotas e eventos para pressionar você a se adaptar a área e não só ficar perdido em momentos de escuridão total que nem a lanterna consegue ajudar quando você é agarrado e perde o senso de direção. Poucas partes permitem você entrar naquele estado de posso fazer caminho A ou B, trazendo uma linearidade, alguns salões gigantes para explorar só por cenário mesmo e escadas gigantes que não tem como acelerar Reyes.

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Imagem Divulgação

A tempestade no castelo

Bem pessoalmente o roteiro é interessante mas vai muito a fundo do que apenas uma, só acho que a forma que personagens são introduzidos e tendem a manipular a forma de você interpretar cai numa falta de cuidado maior. Existem momentos memoráveis que vão fazendo você se questionar sobre o que realmente tá acontecendo lá.

Porém acho que faltou um pouco da Reyes falar mais sobre o que tá acontecendo quando você encontra os documentos essenciais ou como Resident Evil Revelations quando você vai ler as informações com seu dispositivo, porque tem hora que ela em si não passa um poder de protagonismo. Sabe pequenas ideias que deixariam alguns momentos do jogos que é só você andando e indo para outra parte do complexo militar.

Imagino que a primeira experiência no momento atual do jogo é a que marca, os colecionáveis e o aumento de dificuldade não me atrai para um fator replay imediato, principalmente me frustrando no combate. Foi quase 9 horas de gameplay contando facilmente umas 2 horas de loop em momentos específicos.

Daymare: 1994 Sandcastle acerta bem em dois aspectos ambientação e sua trilha sonora. Não é atoa que o tema do jogo traz a vocalista do Lacuna Coil, Cristina Scabbia, em sua essência e é muito marcante. Além disso Daymare: 1994 Sandcastle tem localização de legendas e interface para português para não deixar você perdido.

Daymare: 1994 Sandcastle está disponível para aterrorizar suas noites no PCPlayStation 5PlayStation 4Xbox Series X|S e Xbox One.

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