Enfim trago-lhes minhas primeiras impressões ou primeiras 30 horas de minha experiência com Cyberpunk 2077, lançado pela CD Projekt RED em 10 de dezembro de 2020. Passado o alvoroço e polêmicas do primeiro mês de lançamento, resolvo fazer este primeiro texto do jogo com uma visão mais concreta e menos emotiva – e cá entre nós, será que muda tanto assim?
Também enfatizo minha paixão pelo gênero/tema cyberpunk, tão consumido quanto o clássico fantasia medieval nosso de cada dia; de RPG ao audiovisual, o cyberpunk sempre esteve presente em minha vida e claro, hypei MUITO o seu lançamento. Então, vamos lá!
Aos trancos e barrancos
Minhas 10 horas iniciais foram basicamente para o ENTENDIMENTO do jogo como um todo. São muitas informações, HUB confuso, tudo muito PUNK, literalmente. É claro que tudo combina com a temática, mas acredito que o visual não tão amigável deva ter causado um pouco de repulsa a primeira vista.
Passado esta confusão visual, o detalhamento de Night City começa vir à tona. É incrível o trabalho minucioso de querer dar vida a cada metro quadrado da cidade – e isso falo com relação do design da cidade, propriamente dito.
Dentro disso, somos apresentados a uma história única e que mescla muito dos conceitos do RPG de mesa Cyberpunk 2020 – agora com sua nova edição denominada RED – criado por Mike Pondsmith, que serviu como uma espécie de consultor para a CDPR. Funcionou muito bem e grande parte da imersão da história – e de bater aquela nostalgia dos livros de RPG – veio daí.
Na trama seguimos como V, independente das três trilhas disponíveis no jogo: Nômade, Corporativo ou Marginal. O prólogo, tirando a cena de origem, funciona mais ou menos da mesma forma e caminha para um interlúdio que você pensa: agora eu TENHO que terminar esse jogo.
Bugs e Incertezas
Caso sua experiência tenha sido no PlayStation 4 ou Xbox One, ela com certeza foi BEM DIFERENTE da minha no PC. Apesar de ser um jogo extremamente pesado, onde uma RTX 2060 dificilmente segura um raytracing a 60 quadros por segundo (como no meu caso), como dito anteriormente, se os bugs não te levaram a abandonar o jogo, é bem possível que você “compre a ideia” logo após do prólogo.
Com minha primeira trilha escolhida, a de Nômade, fechei um dos finais possíveis com menos de 30 horas jogadas, e posso dizer que é uma das melhores coisas que joguei do ano passado. Diferente de um The Witcher, o fator replay é feito para você experimentar diversas vezes com outros personagens – e níveis de dificuldade – sendo que em minha segunda jogatina, fiz a escolha do Marginal.
O futuro de Cyberpunk ainda é incerto, apesar de recentemente apresentarem uma janela de correções de DLCS para este ano de 2021. Acredito que para os jogadores de PC, o maior fator de desapontamento é quanto a estabilidade de quadros e seu desempenho, já que os requisitos divulgados pela própria desenvolvedora do jogo foram extremamente baixos – o que havia aumentado ainda mais o hype dos gamers.
Minha Experiência
Sem querer me alongar e tratar das especificidades do jogo em REVIEW – quem sabe um artigo para cada uma das trilhas – deixo claro que a experiência é individual e todos os bugs demonstrados são corrigíveis. Mesmo assim, em especial para os consolistas, recomendo a jogar a partir do momento que Cyberpunk 2077 demonstrar pomposidade e bom desempenho – The Witcher 3 ficou estável seis meses após seu lançamento.
Além disso, acho prematuro a devolução do game – principalmente se você é um fã do gênero. Não tivemos, nem com a franquia DeusEx – que amo tanto – uma profundidade e imersão tão grande quanto ao que vimos com Cyberpunk 2077. Você deve, sim, dar uma chance – pelo menos depois do segundo trimestre de 2021.