Ele é vermelho, bagunça toda a Nova Iorque, cheio de carisma e alegria, cativando a todos que o encontram com ele. Adivinhou quem é? Clifford, O Gigante Cão Vermelho trabalha tudo o que pode dentro dos limites de um filme infantil, mas sabe passar a linha sem ser pesado e ensina sobre o bullying, mesmo sofrendo com algo muito simples e comum a ponto de se tornar monótono, temos aqui um excelente filme a nível natalino para todas as famílias que pode pegar a todos de surpresa.

Existem sim, problemas na obra, a simplicidade é levada para um nível infantil claramente agradar as crianças, pois o desenho em si é infantil, então nada mais justo que o filme seguir os mesmo padrões. Claro que para um adulto é mais fácil relevar e por esse motivo que o filme consegue se engrandecer, mas também pode incomodar ao decorrer da trama, ele tem uma pegada bem bobinha e pode não ser a grande obra que você está esperando, então não xingue gratuitamente um filme do Clifford.

Aquilo que pode ser chamado de maior trunfo é o alívio cômico, dentro de piadas simples e sadismo de vez em quando fez com que filme permanecesse na corda bamba e balançasse bastante para não ser “bobo” demais, porém é no humor e nos plots que ele mantém o público e nos pega de jeito com uma excelente obra natalina, mesmo não se passando na época de natal.

A mensagem passada é algo muito importante não só para tempos atuais como é atemporal, normalmente é na infância que temos nosso primeiro contato com o bullying, seja você o causador ou a vítima não importa, nada de bom sai desse meio e um filme infantil ensinar isso é importantíssimo. Normalmente os alvos de bullying são pessoas que são “diferentes”, sendo que não há nenhum problema com elas, e sempre estamos passando por situações de julgamentos até hoje depois de velho e com redes sociais então é pior, porque as crianças hoje têm contato com tudo isso e chega mais fácil para elas sem falar daqueles que se escondem em perfis falsos.

Logo, é muito fácil alguém ser maldoso e praticar bullying por qualquer motivo que seja, no caso de Clifford o filme trabalha o velho bullying escolar por aqueles que são classe média estudando em escola de elite, sim é uma realidade muito diferente da nossa, mas é só para contextualizar o filme e trabalhar essa mensagem durante a trama, pode parecer exagerada, mas funciona bem e entrega uma obra linda e emocionante.

Clifford evita ousar demais e permanece na zona de conforto do blockbuster para ser mais divertido e emocionante para todos os públicos. Contudo em certos pontos gosta de subir o nível do alívio cômico para agradar os adultos sem ser algo pesado para crianças, podemos dizer facilmente que esse é o primeiro filme natalino do ano, pois trabalha todos os ideais do que é um blockbuster de natal, para alguns bobinho, para outros uma linda obra de amor sobre uma garota e seu pequeno cão gigante.

REVIEW
Clifford, o Gigante Cão Vermelho
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Baraldi
Editor, escritor, gamer e cinéfilo, aquele que troca sombra e água fresca por Netflix e x-burger. De boísta total sobre filmes e quadrinhos, pois nerd que é nerd, não recusa filme ruim. Vida longa e próspera e que a força esteja com vocês.
clifford-o-gigante-cao-vermelho-reviewQuando a estudante do ensino médio Emily Elizabeth (Darby Camp) conhece um criador de animais mágico (John Cleese) que lhe dá um cachorrinho vermelho, ela não imagina acordar e encontrar um cão gigante de três metros em seu pequeno apartamento em Nova York. Enquanto sua mãe (Sienna Guillory) está viajando a negócios, Emily e seu tio divertido Casey (Jack Whitehall) vão viver uma grande aventura pelas ruas de Nova York com a chegada do novo membro da família. Baseado na série de livros infantis “Clifford the Big Red Dog” de Norman Bridwell, Clifford vai ensinar o mundo a amar grande!