Depois de um período sangrento, a paz se estabeleceu entre as duas espécies. Agora, retornamos com Centauros Volume 2, a continuação do mangá da Editora Conrad.
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Sendo uma publicação de Ryo Sumiyoshi, acompanhamos a história de Matsukaze e Kohibari, os protagonistas do primeiro volume. É um mangá relativamente grande, com 392 páginas, verniz localizado na capa e ilustrações coloridas na parte interna.
No primeiro volume, os dois centauros tentam sobreviver em uma era de guerra, fugindo dos humanos que os escravizaram. Entre laços de amizade e familiares, eles encontram aliados para enfrentar essa batalha. Então, depois de muito sangue derramado, uma aparente era de paz chegou.
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Segundo volume
Nesse contexto, depois de um grande salto temporal, os novos protagonistas são Tanikaze, o filho de Kohibari, e Gonta, filho de Matsukaze.
Determinado a conhecer os humanos com seus próprios olhos, Tanikaze deixa sua família para explorar o mundo. Assim, Gonta e Mikuni, um antigo aliado, acompanham o jovem centauro nessa jornada.
Eles conhecem uma cidade onde as duas espécies vivem em harmonia, trabalhando juntas com as qualidades de cada uma. Neste lugar, conhecem Shago e Konoha, duas centauros que os ajudam a se adaptar ao novo lugar.
Assim, enquanto Tanikaze se encanta com a vivência com os humanos, Gonta se revolta, lembrando da guerra e ficando preso à memória de seu pai. Agora, eles precisam entender qual caminho querem seguir e enfrentar as consequências dessas escolhas.
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Tal pai, tal filho
Primeiro, digo que achei ótimo eles mostrarem esse conflito tão intenso de Gonta diante dessa nova sociedade. Afinal, depois de tantos anos de escravização e mortes, é impossível simplesmente esquecer o que aconteceu e seguir em frente. Então, a reação de Gonta dá uma profundidade necessária à história, mas acredito que se alonga um pouco mais do que o necessário.
Além disso, mesmo gostando desse volume, acredito que ele não precisava ser tão grande, pois o desenvolvimento não parece ter progredido muito. Claro, mostrou o que aconteceu depois que os conflitos acabaram, mas não teve muito mais do que isso.
Também, senti que o autor se prendeu aos mesmos padrões. Os protagonistas são muito parecidos com seus pais e o final foi quase igual ao primeiro. Ou seja, provavelmente no terceiro e último volume de Centauros vamos ver outro salto temporal. Mas agora, o que ele vai mostrar além do que já vimos?
Enfim, Centauros tem uma proposta muito interessante e uma história envolvente. Porém, acredito que o autor poderia se aprofundar e explorar muito mais esses conflitos éticos e a revolta dos centauros. Estou curiosa para ler o terceiro volume, pois aparentemente ele trará algo completamente novo do que vimos até aqui.
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