Até então desconhecida, por mim pelo menos, os suecos da Experiment 101 vieram com BIOMUTANTT neste último dia 25 – e MUITO BEM! O jogo foi distribuído pela THQ Nordic e traz um RPG de mundo aberto com muita arte-marcial, tiros e magia!
Já no início, montamos nosso personagem e notamos a ambientação em que o jogo se passa. Misturando elementos de kung-fu (wung-fu) num futuro decrépito e abraçado pela vegetação, podemos escolher entre algumas classes, estilos de luta e no tipo de dano elemental que queremos focar.
Até aí, nada de novidade ou impactante dentro do gênero que os desenvolvedores buscaram e neste PRIMEIRO GOLE vou enfatizar os diferencias que me chamaram a atenção logo no início do game. Detalhe que minha versão foi a de PC e quem disponibilizou gentilmente pra gente foi a NUUVEM. Vamos lá!
Decidindo o Destino do Mundo
A trama de BIOMUTANT é simples: a Árvore da Vida está sangrando pela morte de suas raízes e devemos escolher entre ser o Salvador ou continuar com a decadência do mundo para um futuro mais sombrio.
Apesar desta dicotomia, também temos a história de vida do nosso personagem, com flashbacks e memórias que poderão dar um peso maior em nossas escolhas, com ajuda, claro, do narrador que está sempre nos acompanhando. Um adendo: vi que o jogo recebeu dublagem em diversos países e foi uma pena não ter Português-Brasileiro entre as contempladas.
Meu primeiro personagem criado foi um “samurai”, uma espécie de ronin-guaxinim que só quer saber de picar e fatiar os inimigos. Ainda não tenho uma ideia de quais serão de fato sua trilha moral, mas salvar os mais próximos está entre seus objetivos.
Jogabilidade e Exploração
Ainda não tive muito tempo para explorar outras classes e os diversos tipos de combate que BIOMUTANT propicia. Estou no básico, entre cortar inimigos com minha espada e dar tiros de pistola no curto-médio alcance.
É interessante a liberdade que temos para mesclar estilos e montar nosso personagem e por meio de combos (alguns podemos comprar), conseguimos desferir uma grande quantidade de golpes em sequência, me remetendo um pouco da jogabilidade da série Batman Asylum (e demais).
No geral, tive também a impressão nostálgica de um jogo da RARE nos tempos de Nintendo 64, muito por conta do conceito artístico, estético, mas também nessa aura Adventure RPG/exploração, com cenários mais simples e que não dependem de tanto farm para darmos sequência no jogo ou dar cabo de um chefe mais poderoso.
Por conta de ser um RPG mais direto, e arrisco a dizer que até mais focado na exploração do que em combate, os cenários são incríveis e bem coloridos, e mesmo não sendo um “next-gen” nato, temos um ótimo trabalho de level design, com o cuidado de não sair do escopo do ambiente proposto: um mundo pós-apocalíptico vegetacional.
Qual o seu papel no mundo?
BIOMUTANT traz uma forte mensagem de sustentabilidade e consciência global – e até ambiental – em sua narrativa, como o poder destrutivo das indústrias, por exemplo. Ainda não sei o quanto disso vai reverberá durante a costura da trama, mas como um fator de curiosidade, a Suécia é um dos países mais preocupados com a consciência ambiental e pioneira nas boas práticas na gestão de químicos e resíduos, interessante ter este tipo de abordagem também dentro do mundo dos games.
Com pilares narrativos bem fechados, espero ter em minha jogatina bons momentos de desafio em batalha junto a um nível de exploração que não agrida o senso de monotonia. Sei que o jogo não é dos mais longos, girando em torno das 15h, mas enquanto temos um argumento de história interessante e que sabemos mais ou menos onde deve ir – a não ser que tenha algum tipo de plot twist, mas acho improvável – BIOMUTANT deve se mostrar divertido em sua extensão, o que por ora, está se provando!