Na entrevista desta semana, vamos conhecer a ilustradora Bárbara Planche. O #BELLAN já adianta que é fanzão deste segmento da Fantasy Art e também recomendamos você dar uma conferida na entrevista com a Nathalia Gomes. Então vamos lá!
“Gosto da temática da fantasia e do sonho, que muitos desses artistas (Mark Ryden e Nicoletta Ceccoli) exploram, e que coincidentemente aparecem em muitas obras infantis”
Apresentando Bárbara e de como se interessou pela Ilustração
Olá. Meu nome é Bárbara Planche, atualmente resido em Bauru – SP e estou me formando em Design Gráfico pela UNESP.
Apesar de estar cursando Design, o meu foco mesmo é ilustração. Comecei a me interessar por desenho desde criança, assim como muitos ilustradores. Antes de aprender a escrever eu já desenhava, e é engraçado quando eu penso nisso, pois dá a impressão que eu desenhava muito mais quando criança do que quando adulta.
Quero muito seguir na área de Fantasy Art e Concept, mas tenho consciência de que ainda me falta muito estudo e dedicação pra chegar lá. Atualmente estou produzindo Concept Arts para o meu TCC, que é sobre um RPG baseado nos romances góticos antigos. Além da ilustração, gosto muito de cinema, fotografia, livros e games.
Atualmente se não estou dormindo, comendo ou trabalhando, estou vendo filmes/ séries, lendo ou jogando.
Lembra de seu primeiro desenho? Ainda o guarda?
Do primeiro eu não sei, mas tenho muuuuuuuita coisa antiga guardada, como por exemplo o meu caderno de Educação Artística da 3ª série.
Eu também adorava montar histórias com desenhos, depois de prontas, eu as grampeava como se fossem edições publicadas. Haha.
Como é seu processo de produção? Há um cantinho especial da casa e/ou gosta de estar sempre com um som ligado?
Não consigo trabalhar sem música, isso é fato. Gosto de ouvir desde metal pesado até música clássica, qual eu escolho na hora depende muito do meu humor e o tipo de trabalho que estou fazendo.
Geralmente são músicas mais sombrias e melancólicas, pois é este também o estilo das minhas ilustrações.
Quais suas maiores inspirações?
Adoro o trabalho dos grandes mestres (como não gostar?). Os que mais gosto são Rambrandt, Velasquez, Caravaggio, Vermeer, Sargent, Dali e Bosch.
Da atualidade, os artistas que mais me inspiram são Tom Bagshaw, Mark Ryden, Nicoletta Ceccoli, Natalie Shau, Vania Zouravliov, Charlie Bowater, enfim, tem muita gente talentosa por aí.
Quando criança, qual era seu desenho animado favorito?
Como quase não havia computador na época, e eu não saía de casa, meu único hobbie era ver TV. Então tudo quanto é desenho animado eu assistia.
Meu preferido era Dragon Ball Z, como passava de manhã e eu tinha escola, pedia pra minha mãe gravar em VHS. Vi muito os clássicos da Looney Tunes, Caverna do Dragão, Scooby Doo, Thunder Cats, Sakura, Tenchi Muyo e Cavaleiros do Zodíaco.
Assistia muita coisa da Cultura também, como Peter Rabbit, O PequenoUrso, Rupert, As Aventutas de Tintim (está no meu coração), As Histórias do Velho Urso, Babar, etc.
Conte-nos um pouco de seu trabalho com o universo infantil e de sua paixão por Nicoletta Ceccoli
Na verdade não é que tenho paixão pelo universo infantil, se você parar um minuto para estudar artistas como Mark Ryden e Nicoletta Ceccoli, verá que a temática de suas pinturas não tem nada de infantil, apenas a estética.
Já a temática, vai muito além… há muitas referências surreais, místicas e sombrias. A temática de Ryden é obviamente muito mais adulta que a de Nicoletta, claro.
Gosto da temática da fantasia e do sonho, que muitos desses artistas exploram, e que coincidentemente aparecem em muitas obras infantis. Fiz minha Iniciação Científica e alguns artigos baseados em alguns livros com esse conteúdo.
Se pudesse escolher um local da Terra-Média, onde viveria?
É difícil escolher entre o conforto do Condado, a beleza de Lothlórien e a austeridade de Minas Tirith. Mas, como gosto de paz, silêncio e conforto, eu escolheria a casinha de um hobbit.
Para finalizar, pode nos falar de seus projetos futuros e do que vem por aí em 2015?
Meu projeto pra 2015 é terminar meu TCC e me formar, e continuar estudando desenho com mais afinco.
Mais pra frente penso em juntar dinheiro e ir pro exterior fazer um curso de ilustração, quando eu estiver mais avançada. Eu e meu namorado, que também é ilustrador, estamos planejando ir.
É isso, muito obrigada pelo convite e pela oportunidade.