Está aí, um jogo que eu não “colocava fé” nenhuma e que não me chamava a atenção: Maneater. E rapaz, que bom que me surpreendi! Com um jeitão até um pouco “descompromissado”, o pessoal da Tripwire Interactive entregou um baita shaRkPG de primeira em um mundo aberto – e bem, somos o TUBARÃO!
As diferenças do padrão da indústria já começa pois temos que explorar a região aquática; uma baía, para ser mais específico. Apesar de termos algumas variedades de vegetação, terra firme é um habitat inóspito pra gente: o foco é superfície para caçar humanos e as profundezas para nos alimentarmos de outros animais e recuperar nossa vida.
Filhote de Tutubarão
Já de início, temos uma introdução totalmente hostil e bem característica da selvageria marítima. Apesar de estarmos no topo da cadeia alimentar, o ecossistema é vil e ninguém dá a mínima pra gente em baixo d’água – e muito menos fora, já que só querem nos caçar.
Depois de um começo perturbador – e que não darei maiores detalhes por conta de spoiler – começamos de fato o jogo como um filhote de tubarão-touro. Nossa jornada começa desde muito cedo e vamos evoluindo para a fase da adolescência e adulta, tudo dentro de uma progressão rpgística, com níveis e habilidades!
Unindo exploração e sobrevivência, devemos caçar bichos e coletar recursos para efetivarmos melhorias em nosso corpo tubaronesco, e poxa, que legal que dá pra sair da “realidade” e acoplar armaduras, “elmos”, e itens irados para auxiliar na nossa caça e matança de banhistas.
Comer. Explorar. Evoluir.
A trama é simples: buscamos vingança! Não só com um certo pescador predador, mas também com outros seres que devemos lidar durante toda a história. A sensação de que sempre estamos em perigo é evidente e o alerta do jogador deve ser primordial: é só você se distrair e zaz, alguém te caça. Então, não dê moleza na superfície!
Junto de nossa progressão de “personagem”, temos uma certa gama de botões e opções para manejo de golpes; é possível fazer até combos – e combos no ar! A jogabilidade é um caso a parte, e ouso dizer que é um dos pontos fortes do jogo. Parece que estamos fazendo manobras e isto torna a jogatina muito divertida.
Como num jogo de sobrevivência, além de caçar e comer, também temos diversos objetivos para cumprir no mapa, além de achar áreas secretas e itens secretos. Confesso que depois de algumas horas, dá uma certa “canseira” em fazer algumas missões, pois muitas se resumem em “caçar 10 peixes tal” ou “encontre 5 itens tal”.
Apesar de não ser um Mundo Aberto tão grande, creio que a Tripwire planejou um tamanho certo para que o jogador não canse, algo crítico neste gênero e a principal falha de jogos como Windbound, por exemplo. A questão do replay está para um “Game+” pós créditos, que permite você completar missões e áreas inexploradas.
TANANANANANANA…
Se me perguntarem sobre Maneater, vou lembrar de como o jogo têm seu diferencial, sua identidade e traz uma morbidez narrativa contagiante – parece que estamos fazendo parte de um documentário animal.
A versão que joguei foi para Nintendo Switch, e para variar, minha opção foi a móvel, fora do dock. Não senti grande perda de quadros e o visual em baixo da água está muito bonito, então até recomendo que você jogue e sua TV para um maior vislumbre aquático que o jogo proporciona.
Para concluir, Maneater é um jogo sólido mesmo em sua estranheza, traz boa maleabilidade em sua jogabilidade, onde destaco a parte da movimentação; com relação ao combate, apesar de termos uma variedade de golpes e combos, os inimigos são simplórios – e até entendemos, pois são peixes, banhistas e pescadores.
A repetição pode não dar um replay após seu término, mas pode pode ter certeza de que toda sua jornada, do pequeno tubarão ao megalodon será recompensada – e vingada. Ah, não esquecendo, a narração feita por Chris Parnell (Jerry de Rick & Morty) e sua localização em português está incrível!
Para obter mais detalhes sobre Maneater, visite o site oficial e siga os desenvolvedores da Tripwire Interactive no Twitter, Facebook, YouTube, Twitch.tv e Instagram.