Lembrando o filme Os Estranhos de 2008, essa nova produção traz o mesmo estilo de terror já visto em inúmeros filmes do gênero, um clichê que nunca falha, pois a tensão ainda aparece em meio às cenas pré susto, acompanhadas da velha trilha sonora já esperada.
Todos os velhos detalhes funcionam e fazem com que a trama traga aquele medo padrão, atingindo o objetivo esperado – contudo as falhas também são do mesmo padrão e incomoda da mesma maneira.
Vilões de Impacto
Os vilões do filme causam um impacto muito forte em tela, mesmo que a garota esteja usando uma máscara que aparenta de um bibelô ou boneca antiga, a maneira que ela executa o assassinato é para deixar marcado que eles são sangue frios, jogam o psicológico das vítimas para o limbo e transformam aquela cena de tensão em um verdadeiro choque de realidade.
Além de provar o nível de limite que está os psicopatas, o ritmo lento deles agirem só envolve mais o público e quase te faz desejar que mate logo a vítima, com certeza todo jogo de tensão e agonia feito pelos psicopatas são o maior marco da trama.
Quem rouba a cena é a atriz Bailey Madison, no papel da adolescente rebelde e deslocada dos padrões da sociedade, quase uma grunge. Todo aquele símbolo de adolescente diferentona desmorona quando os psicopatas começa a agir, ela se torna a mais frágil e a apavorada vítima de todo o filme – engraçado que se usar a imaginação, pode relacionar com o adolescente na vida real que muitas vezes é insegura. Uma semelhança interessante.
Construção e Finalização
A história foi bem construída, mas só serviu de base para o terror da trama, contudo a conclusão da história é tão estranha que chega a ser ruim, galhofa a ponto de dar risada. Isso gera uma quebra no terror que estraga o filme quase que por completo, mesmo sendo uma cena só, toda a construção das vítimas, dos psicopatas sangue frio e das cenas escuras e aterrorizantes são esquecidas e a única coisa que vêm a mente é dúvida.
O porquê daquilo estar acontecendo – e totalmente dispensável – deveria ter sido melhor trabalhado, principalmente na última cena em que a trama fica em aberto, fazendo pensar que existirá uma sequência.
Agonia e Psicopatia
Mantendo o padrão do gênero terror, todos saem ganhando em construção de cenas de agonia e psicopatas mas desaponta nos velhos furos de roteiro, porém dessa vez a péssima surpresa da galhofada que antecede o final, causa um incômodo que estraga completamente a experiência do filme.
Infelizmente não é a primeira vez que isso acontece em filmes de terror e provavelmente não será a última, chega a ser defendido a ideia de um final trágico só para não ter esse tipo de erro, e em Os Estranhos – Caçada Noturna só confirma essa opção.