Matheus José
    Matheus José
    Graduando em Letras, 23 anos. Crítico e redator, já passou por publicações nos sites Jornal 140/ VIUU, Suco de Mangá, BoysLove Hub e Aquele Tuim.

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    YOUTH – DOYOUNG | Review

    Um aspecto interessante do k-pop quando falamos de ídolos estreando em carreiras solo é a forma como o som e as peculiaridades desses artistas tendem a dialogar entre si.

    Por exemplo, os grandes vocalistas da SM Entertainment em carreiras solo. A maioria deles se aprofundou em baladas românticas que tinham como maior instrumento o poder da exploração vocal.

    Dessa forma, estabeleceu-se quase um padrão que todos os principais grupos (EXO, SNSD, SUPER JUNIOR, SHINee e Red Velvet) seguiram. Portanto, era hora do NCT também seguir esse caminho, já que “SHALALA”, de TAEYONG, diferentemente de  “YOUTH”, de DOYOUNG, não o fez.

    O ponto forte de “YOUTH”

    Então, “YOUTH” surge como um recondicionamento dos métodos de produção da SM. Notamos uma maior variedade de combinações musicais que, mesmo variando de uma abertura de k-drama estilo pop rock (“From Little Wave”) a um R&B de andamento médio (“Serenade”), ainda soam completamente presas ao padrão vocal esperado. É um tanto quanto seguro — e isso é o suficiente.

    Aliás, esse também é o ponto forte de “YOUTH”, ainda que em outros contextos. Por exemplo, meados de 2020 e 2021, todo esse aparato musical/temático certamente soaria muito básico. Nem mesmo o ritmo que segue uma direção assertiva e que raramente está presente na maioria dos álbuns de k-pop (aqui, o álbum termina do mesmo jeito que começou), seria capaz de minimizar tal noção.

    Parece bobo, mas essa é uma ideia de coesão que definitivamente é ignorada pela maioria das empresas. Principalmente considerando as inserções do pop eletrônico que parecem ir e vir nas tendências sul-coreanas.

    Conclusão

    Todo esse esforço para tecer um trabalho que dê continuidade a uma tradição — e nesse sentido, as baladas são extremamente importantes, pois derivam da sonoridade que antecede a formação do k-pop, no caso, o trot — faz parte de um conjunto de intenções que busca manter certa singularidade típica dos trabalhos solos.

    Por isso, o talento pessoal de DOYOUNG consegue se comunicar com uma abordagem calma, sofisticada e nada surpreendente que lhe é imposta (não no sentido de força, já que ele também é creditado em algumas músicas aqui).

    Assim, “YOUTH” responde muito bem a todas as perguntas sobre a primeira estreia solo do NCT com um álbum no campo das baladas. Porém, também o faz a partir de pequenas elevações, como a excelente “Time Machine”, uma parceria com seu companheiro de grupo, MARK, e a veterana máxima TAEYEON, do Girls’ Generation.

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    SINOPSE

    Youth é o primeiro álbum de estúdio de DOYOUNG e contém dez faixas. O álbum marcou DOYOUNG como o terceiro membro do NCT a fazer uma estreia solo oficial
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