O novo EP do Loossemble, “TTYL”, distancia o grupo dos fantasmas do passado. Assim, embora tome posições próprias, distanciando-se do LOONA, as coisas aqui estão longe de conter um elemento tão interessante quanto capaz de despertar no ouvinte o desejo de mergulhar na nostalgia onírica explorada por elas anteriormente.
Esse é o grande problema de “TTYL”. Afinal, enquanto ele avança para construir algo próprio, ainda fica evidente que o grupo precisa manter uma conexão com o público que um dia conheceu através do antigo projeto. As semelhanças, portanto, acabam sendo forçadas goela abaixo.
TTYL por Loo(ssemble)na
É como se a todo momento nos lembrassem, por uma voz do além, que estamos ouvindo Loossemble, mas de uma perspectiva mais loonática. Faixas como “Cotton Candy”, cujo dance-pop fofo e açucarado nada mais é do que um lembrete de que aqui, independente de tudo, ainda estamos ao lado de HyunJin, YeoJin, ViVi, Go Won e HyeJu, dão voz e forma ao disco.
Porém, é impossível acreditar 100% em qualquer sinal de referência ao universo criado por elas no LOONA. Por isso, desde “One Of A Kind” o grupo vem se adaptando a espaços mais comuns no k-pop, tentando superar os fantasmas do passado, mas sem largar o osso (os fãs).
Conclusão
É uma realidade muito difícil, pois envolve um caso inusitado no pop sul-coreano. E para quem é fã, separar as coisas não é uma tarefa fácil. A questão é que o Loossemble não corresponde à genialidade que elas poderiam ter mesmo sob uma direção diferente e oposta à encontrada aqui. Elas poderiam se aprofundar em projetos mais interessantes e diferentes. Ou seja, correr mais riscos.
O new jack swing em “Hocus Pocus”, que acena a mais um som encabeçado pelo NewJeans, é o tipo de coisa que torna “TTYL” mais rentável nesse plano entre o passado e o presente das integrantes e seus fãs. É uma faixa divertida, que energiza o tema do amor que é tão latente que parece bruxaria. É mais disso que o Loossemble precisa.