Corre Barry, corre! Após uma grande sequência de adiamentos por conta de vários problemas que o querido Erza Miller proporcionou a Warner durante todo o tempo de gravação e marketing, o filme do velocista mais rápido dos quadrinhos finalmente chegou. Assim, The Flash chega prometendo ser o grande retorno da DC Studios para os holofotes e quem sabe mesmo a sua suposta salvação. Afinal, a empresa vem de um histórico de grandes fracassos de bilheteria e também de crítica. Portanto, é claro, com a chegada desse novo longa estive lá para conferir se vale mesmo o seu ingresso.
Então, não corre muito rápido não, leia com calma e me acompanha aqui.
Um pouco polêmico
Como todos já estão carecas de saber, The Flash enfrentou muitos problemas para que finalmente conseguisse ser lançado para o público. Os problemas recentes e alguns do passado do nosso protagonista, o Erza Miller, dificultaram ainda mais a vida do longa na indústria. Com isso, sempre que parecia que estava prestes a respirar, mais um novo problema aparecia e voltava a abafar o tema principal, que era justamente o tão aguardado longa do Flash.
Isso fez com que muitas pessoas recuassem no projeto e que o longa sofresse diversos bombardeamentos. Mas, no fim, tudo deu certo e cá estamos nós prontos para ver o que interessa, que é o Flash em ação.
Enredo
Agora que já estamos até que bastante entendidos sobre esse longa, vamos ao que interessa!
The Flash chega nos cinemas com uma proposta não muito nova, mas que prometia inovar e muito. Então, se agarrando nas historias em quadrinhos (e até mesmo na animação), o longa tenta seguir o curso da tão aclamado historia do Flashpoint. Nele, vemos o Barry ultrapassando os limites da velocidade a ponto de viajar no tempo. No entanto, tudo fica caótico de verdade quando ele decide evitar a morte da sua mãe, o que leva a grandes consequências na linha temporal.

Bem, introduzidos a tudo, preciso dizer que The Flash passa bem longe de ser tudo que tinha que ser. Sinto que o roteiro se esforça para entregar uma obra mais complexa, mas no fim, acaba se contentando com o famoso feijão com o arroz. Ou seja, entrega aquilo que promete, mas sem grandes possibilidades de torna-lo uma grande obra sobre multiversos. Infelizmente, era isso que muitos esperavam vindo de uma das obras mais queridas do Flash.
Mas claro, isso não torna o roteiro ruim e nem o transforma em uma falha. Ao contrário, ele apenas não consegue alcançar um grande leque de possibilidades disponíveis e acaba ficando naquilo que é mais fácil de atribuir. Isso pode até acabar chateando aqueles fãs mais assíduos do herói.
Elenco
Em quesito atuações, eu confesso que The Flash me fez questionar várias vezes durante o filme se eu realmente gosto do Erza como Flash. Tinha momentos específicos que me subia uma grande dúvida sobre o que de fato ele queria passar. Porém, em outros, eu sentia um grande peso em seus momentos.

Vale lembrar até que o Erza interpretou dois personagem durante o longa, e mesmo que eu não tenha gostado nem um pouco da sua versão mais nova, admito que ele consegue cumprir bem o seu papel.
Agora, falando dos maiores aqui, Michael Keaton (Batman) e Sasha Calle (SuperGirl) são sem dúvidas os grandes destaques da obra. Ambos conseguem desempenhar muito bem os seus papéis e dão tudo e mais um pouco do que já esperávamos deles. Vindo do Michael, temos aquele veio gosto nostálgico que satisfaz e inova, e da Sasha, fica o desejo de quero mais (alô DC, repensa com carinho se vale a pena deixar a Sasha escapar em).
Efeitos Especiais
O próximo tópico é um tema sensível. Já pulando agora para a parte que mais interessa aos fãs, e o CGI? Foi finalizado a tempo? Está bom? E respondendo todas as perguntas de uma vez, o CGI é sem duvidas a maior decepção do longa.

Mesmo que tenham momentos em que a animação gráfica esteja razoavelmente boa e torne até alguns momentos de ação bem intensos e divertidos de acompanhar, de modo geral ele está muito mal feito e a sensação que fica é que realmente o CGI não foi finalizado, e isso com certeza vai decepcionar a muitos. Às vezes a sensação é que estamos jogando um jogo da antiga geração de consoles que ainda está em fase beta, e isso é bem triste.
Veredito
Por fim, sendo bem sincero com vocês, The Flash é um filme OK! Apesar dele se vender e tentar te convencer de que será um filme grandioso, acaba sendo um filme básico de tudo que estava sendo proposto (com uma grande exceção do CGI).
Dessa forma, The Flash se torna um longa que diverte e até convence em algumas coisas, mas com toda certeza do mundo ainda passa longe do que a DC Studios precisa para voltar a bater de frente com a sua principal concorrente do mercado. De qualquer forma, já é o suficiente para fazer os seus fãs respirarem aliviados e com a esperança de que as coisas continuem a melhorar.