Takeru cumpriu seu desejo declarado no Anime Friends de voltar para o Brasil bem mais rápido do que o esperado! De sua última visita no ano passado, o cantor vem realizando uma turnê latino-americana que começou em Fortaleza no último dia 8 e seguiu para o Rio de Janeiro no dia 9, o show coberto para esta reportagem.
Após uns dias para se familiarizar com a Cidade Maravilhosa, Takeru realizará seu último show no Brasil em São Paulo no dia 15, emendando mais alguns dias no Chile, Peru e, finalmente, no México.

O palco para o show no Rio de Janeiro foi a Casa de Luzia, localizado logo abaixo dos Arcos da Lapa e quem vem abraçando um renascimento do interesse no visual kei nos últimos três anos, com o evento Visual Kei Revival. A abertura do show do Takeru ficou por conta da Matina Café, que também abriu para bandas como Nazare e Rorschach Inc.

Apesar de ser mais conhecido como vocalista do SuG, um dos principais nomes do oshare kei, não é de hoje que Takeru vem voando com as próprias asas. Seu projeto solo, recém agraciado com o lançamento de “BIBLE” dá testemunho claro dos vôos independentes alçados pelo artista, sem favoritismos por um gênero musical em particular, preferindo ao invés disso uma abordagem mais ampla como músico.

A noite do show no Rio de Janeiro, atipicamente fria numa cidade que duas vezes por ano lembra que inverno existe, não pecou em animação. As pessoas presentes preencheram o espaço o suficiente para propor ao ambiente um clima típico de apresentação: a abertura da Matina Café pré-aqueceu o palco, que logo em seguida deu espaço para a mesa controladora, onde Takeru e seu DJ agitaram a noite com músicas do recém-lançado álbum BIBLE.

Ao final do show, tivemos a oportunidade de bater um breve papo com Takeru, para conhecer um pouco mais das suas perspectivas como artista. Agradeço aqui ao Ritsu (@ritsuppy) por mediar a conversa!
Suco Entrevista
Como foi a sua decisão de se lançar como artista solo e quais eram suas pretensões na época?
Eu estava num hiato naquela época, não queria fazer muita coisa e descansar um pouco, mas acabei fazendo aShindemoii num momento em que eu estava meio pra baixo e fiquei feliz com o resultado. Daí veio essa vontade de criar outras músicas.
Você conseguiu voltar bem rápido depois de sua última visita no Anime Friends, no passado! Lembro até que naquela ocasião você fez um apelo às produtoras para que pudessem viabilizar outros shows no futuro. Pode contar um pouco sobre essa oportunidade?
Fiquei muito feliz com isso, lógico! Logo assim que pensei no quanto eu queria voltar pra cá, eu cheguei em Tokyo e aquele cara bem ali entrou em contato comigo! *apontando para o organizador*
Ele me mandou mensagem na DM do Instagram, “Ah, eu te trago pra cá!” *risos*

Você, como artista solo, evidentemente se lançou como algo independente do visual kei. Você veio conhecido dessa cena, mas o seu estilo tenta trazer algo de novo. O quanto você pretende preservar desse estilo, do visual kei, e o quanto você busca trazer algo de novo, como artista independente?
Na verdade, as músicas que lancei no BIBLE eram o tipo de som que eu sempre quis lançar, desde o começo. Mas não era o tipo de música mais atraente na época em que eu participava de uma banda indie. Então foi um processo pra chegar cada vez mais perto do que eu consigo fazer agora. Mas mais importante que isso, é justamente pelo respeito que eu tenho pelos meus senpai que eu não quero copiá-los e sim buscar algo único.