Sword Gai: The Animation foi mais um anime que saiu na Netflix durante o mês de março feito pelo estúdio Production I.G.
Foi baseado em uma série de mangás com mesmo nome, escrito por Toshiki Inoue. A primeira obra teve 6 volumes, e foi publicada de 2012 a 2015. A sequência, Swordgai Evolve, começou a ser publicada em 2016 e ainda está em lançamento, possuindo até o momento 3 volumes.
O anime saiu completo com 12 episódios na Netflix no dia 23 de março de 2018 e é adaptação de uma obra seinen, de ação e com elementos sobrenaturais. Dois diretores tomaram conta do projeto: Takahiro Ikezoe, que foi o diretor chefe, já dirigiu alguns episódios de Fullmetal Alchemist. E Tomohito Naka, que já fez participações de animador e diretor em vários projetos como Samurai Champloo, e Tonari no Kaibutsu-kun.
Armas com Almas?
Swordgai conta a história de armas que possuem almas malignas, cada uma com um nome diferente, e quem as utiliza acaba ganhando um poder fora do comum. Essas pessoas são chamadas de Crisálide, e quanto mais utilizam suas armas, mais a aura maligna da arma as possuem, e quando toma conta totalmente, essas pessoas se tornam Busomas, perdendo toda a humanidade e a arma assume completamente o corpo e a mente do Crisálide. As armas ficam plantando a vontade de lutar e matar na cabeça do seu usuário, e quem não é forte o suficiente, logo é sucumbido pelo mal, mas quem consegue suportar, demora um tempo até se tornar um Busoma, mas é algo inevitável.
Existe uma organização chamada de Shoshidai, que recruta Crisálides que os ajudam a capturar essas armas malignas. Em troca, eles ajudam os portadores das armas a retardarem o processo de se tornar um Busoma, os colocando para dormir no Sono Frio, ou seja, os congelando por tempo indeterminado, até possuírem uma missão novamente. Enquanto isso, procuram uma cura para salvar esses humanos antes que eles percam para a arma.
Em contraponto há os Gabi, que são humanos que lutam contra Busomas sem arma, já que acreditam que isso só pioraria a situação. Os Gabi não apoiam a Shoshidai devido aos seus métodos, entrando em conflito algumas vezes.
Dois Núcleos
Há dois núcleos principais. Um deles mostra os Crisálides que trabalham para a Shoshidai. Ichijo Seiya e Miki Naoki são alguns dos principais. Seiya é um personagem com um passado triste, mas que sempre tenta aproveitar ao máximo quando é tirado do Sono Frio. E Naoki é um cara bem gente boa, que completa suas missões sempre seguindo o que lhe foi ordenado. São dois personagens incríveis que te conquistam logo de cara.
O outro núcleo mostra Gai, um garoto que foi abandonado bebê pela sua mãe que se matou, e foi adotado pela família Ogata, que forja espadas. Gai é um garoto frio, que não se aproxima muito das pessoas. Seu pai adotivo, Amon, o ensinou a forjar espadas, e assim ele achou um propósito para sua vida, focando inteiramente nesse trabalho.
Enquanto isso, sua irmã adotiva, Sayaka, tenta de todas as formas chamar sua atenção, e fazer com que ele se aproxime dela. Essa é a personagem mais irritante do anime, já que a única coisa que ela sabe fazer é gritar “Gai” o tempo todo.
Ao longo do anime, um humano é possuído completamente por uma espada chamada Zsoltgewinn, que se torna o inimigo maior dos Crisálides. E outros portadores de armas aparecem, alguns do “bem” e alguns do “mal”.
O Desenvolvimento
O anime pode começar meio confuso, com muitas informações, mas rapidamente ele entra no eixo e explicando cada coisa, e faz com que o espectador entre cada vez mais na história. Mas sinto que ele é um pouco corrido, mostrando as situações rápido demais. Como se estivesse com pressa de chegar no final.
O final é totalmente aberto, mas já era de se esperar já que na Netflix está escrito “Parte 1”. Não sei quantas partes terão, imagino que duas, mas é um ótimo artifício para manter o espectador curioso sobre o que acontecerá a seguir.
Quanto a parte técnica, a animação é bem bonita e fluida. Os Busomas têm um toque de CG, mas não chega a incomodar muito. Os personagens foram bem desenhados, e possuem caracterizações que dão bastante personalidade para cada um. Só que alguns acabaram ficando com aparências bem comuns de anime.
Repleto de Lutas e Ação!
O anime não consegue fugir de alguns clichês, e eu sei como é difícil não possuir nenhum clichê. Mas pelo menos ele tenta se inovar em boa parte da história.
A música tema foi cantada pelo ator que dá a voz ao Gai, e se chama Sadamegoto. É uma música bem legal, e combina com o estilo do anime. Possui alguns elementos de músicas típicas japonesas, o que melhora muito a música.
Para quem gosta de um anime cheio de lutas e ação, pode gostar de Swordgai. Além de espadas, há muitas outras armas interessantes que são mostradas. E a ideia de armas com almas que tomam o corpo de humanos é bem interessante. No anime conta a história de algumas armas, dando para nós um pouco mais de conhecimento do universo do anime, o que é um ponto positivo.
Sinto que faltou algo no anime, e não consigo dizer o quê, mas acredito que a segunda parte pode melhorar mais esse universo.