Após um longo tempo de incertezas, o filme mais polêmico do ano chegará ao Brasil! Som da Liberdade chega aos cinemas brasileiros carregando o peso de ser supostamente muito polêmico.
Ele carrega essa fama por conta de toda a confusão e discussão que causou, principalmente nos Estados Unidos. Afinal, o público se dividiu fervorosamente e tomou partidos muito forte sobre o que a obra queria passar. O que, claro, acabou tornando o filme uma grande polêmica e sem dúvidas um dos mais comentados do ano.
Então, com sua chegada no Brasil, finalmente pude ver essa obra. Agora, vou contar pra vocês um pouquinho da minha experiência com o longa.
Se segura e vá com calma, pois talvez o teor cause gatilhos.
Som da Liberdade – Enredo
Primeiro, a história se baseia em fatos reais. Acompanhamos um federal americano, Tim Ballard, que por muitos anos combate o tráfico humano articulado à pedofilia. Porém, tudo muda quando ele resgata um garotinho e começa uma busca pela pequena irmã do garoto.
Bem, como já podemos notar apenas com uma pequena sinopse, temos aqui um longa que explora um tema muito pesado e preocupante.
Afinal, falar sobre pedofilia e tráfico humano abertamente da forma que esse longa faz é algo que pode realmente assombrar a alguns e causar muita repulsa e raiva.
Tive uma das experiências mais estranhas ao acompanhar certos momentos da narrativa que me fizeram encarar de frente uma realidade que muitas vezes esquecemos que existe.
Roteiro um pouco decepcionante
Com isso, apesar da história ser extremamente densa, infelizmente o roteiro não consegue sustentá-la por muito tempo.
O primeiro ato do longa é extremamente impactante e te pega totalmente desprevenido com cenas extremamente forte. Porém, no restante do filme o roteiro não consegue sustentar. Consequentemente, em um certo momento parece que o longa se torna arrastado e desencorajado a continuar expondo tudo dá forma que iniciou.
Confesso que essa é uma grande decepção para mim, pois em um momento o roteiro parece abandonar o realismo e abraça a ação patriota que o cinema estadunidense adora.
Mas fica esperto! Apesar de o segundo e terceiro ato serem bem fracos comparados ao primeiro, o tema ainda segue sendo bem delicado e tratado a todo momento.
Sendo assim, a narrativa continua inserindo ainda mais o espectador dentro daquele mundo sujo e podre. Então, o filme mantém toda a tensão envolta a esse tema por muito tempo.
Elenco
Já falando de elenco, não temos nenhuma grande atuação no longa.
O protagonista (Tim Ballard), interpretado por Jim Caviezel consegue convencer na maior parte do tempo. Porém, não demonstra grandes momentos para se tornar um grande destaque do longa.
Infelizmente, o elenco não é o ponto mais forte e no fim de tudo entrega o famoso feijão com arroz e tá tudo bem.
Considerações Finais
No fim, mesmo que Som da Liberdade não consiga sustentar todo seu grande embate na maior parte do filme, ele cumpre bem o seu dever. Ou seja, alerta sobre um tema super difícil e complicado de lidar.
Existe o sentimento de que o filme serve muito mais como um alerta de que as coisas realmente acontecem e infelizmente acontecem bem debaixo de nossos narizes sem que a gente nem se quer perceba.
A sensação é de que como filme ele falha e peca em diversos momentos que poderiam ser muito conclusivos para a melhora da obra. No entanto, como um aviso e alerta da situação, ele acerta perfeitamente e te faz refletir e pensar sobre todas as questões que são abordadas.