Solo Leveling foi uma das primeiras apostas de manhwas a chegar ao Brasil. Os quadrinhos digitais (webtoons) coreanos que se tornaram tão populares lá fora, aos poucos estão ganhando espaço no mercado brasileiro, com títulos como On or Off e Tower of God.
Eu comecei a leitura da série a partir da publicação brasileira, mas em certo ponto não me aguentei mais e fui atrás do publicador em idioma inglês onde eu finalizei o título em apenas três dias. A série que é uma trama de aventura, ação e fantasia nos cativa facilmente e nos mantém constantemente entretidos com seu roteiro criativo e instigante.
A obra ficou tão popular em seu país natal que até ganhou uma música de trilha sonora pelo famoso grupo coreano The Boyz, para você entender o impacto que o título causou.
Sobre a obra
Solo Leveling conta a história de uma distopia futurista onde o mundo foi “invadido” por portais, portais esses que levam a dungeons onde há monstros misteriosos. Alguns seres humanos foram “acordados” ganhando poderes além do comum e uma classificação decorrente ao seu nível, indo de E até S. Esses humanos (aqui chamados de caçadores/hunters) então entram nas dungeons a fim de caçar e destruir os monstros, após destruir o “chefão” o portal se fecha e os caçadores ficam com os espólios adquiridos. Nosso protagonista é um caçador de Rank E que é considerado “a pior arma da humanidade”, justamente por ser bastante inútil, que após uma situação quase morte acaba se deparando com a possibilidade de “subir de nível”, sendo ele o único ser humano capaz de tal.
Baseado em uma novel de mesmo nome, Solo Leveling começa com uma premissa interessante, porém não tão criativa. A ideia de um mundo similar a jogos de RPG não é algo que já não vimos antes, e muitos webtoons estão abordando tramas similares a de games nos últimos cinco anos. Porém, o que de fato torna o título tão apaixonante, é o carisma de seus personagens, principalmente do protagonista, que é um “ferrado” que está fazendo de tudo para sobreviver em um mundo injusto e desigual.
Conforme a trama segue, e o personagem evoluí, eu fiquei com medo que ele chegasse ao ponto de ser muito OP (Over Power, quando um personagem é muito mais forte do que qualquer outro) e a história perdesse sua graça. Porém, ela acaba dando uma virada de eventos e vai além do que esperamos, nos dando explicações sobre esse universo que o autor criou, o que é uma grata surpresa.
Além disso Solo Leveling não poupa a forma como explora elementos de RPG e torna isso em uma história bastante criativa, quase lendária, com batalhas grandiosas, guerras entre dimensões, e relacionamentos complexos.
Um dos pontos que mais gostei da obra é como o autor teve o cuidado de desenvolver essas relações humanas, sejam elas de amizade, companheirismo, amor e família. É uma realidade tão longe, e tão próxima a nossa, que chega a assustar com as similaridades que encontramos nos capítulos.
Com menos de 200 capítulos, a série encerrou no seu ápice, sabendo aproveitar bem cada momento sem se deixar levar e continuar quando não havia mais aonde ir. Apesar do final não ser exatamente o que eu estava esperando, eu entendi bem as escolhas do autor, e o capítulo final deu aquele “arrepio” na espinha que eu sempre sinto quando termino uma excelente obra (o arrepio até voltou quando eu estava escrevendo essa review).
Se você quiser conferir a obra, mas não sabe inglês ou coreano, não tema! Como eu disse no começo, a obra está sendo publicada pela NewPop aqui no Brasil, em um formato bem cuidado com adaptações muito bem-feitas.
Ah! Se você gostar de ler, também recomendo que vá atrás da novel que inspirou o manhwa, e também está sendo publicada pela NewPop. Para não perder o costume, também de uma olhadinha no post onde comento mais manhwas que foram adaptados de novels.
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Solo Leveling é uma obra cativante, que instiga seus leitores e entrega bons personagens, diálogos e arte, numa construção equilibrada de aventura e drama.