Depois de mais de UM ano de espera, temos uma breve demonstração do que será este RPG clássico, prometendo ser um dos melhores indies do ano: Sea of Stars. De surpresa, o anúncio da DEMO jogável na última Nintendo Direct (8) chegou em boa hora para quem está orfão de jrpgs isométricos e no estilo 16bits.
O título da Sabotage Studios, conhecido pelo ótimo The Messenger, foi financiado com ajuda de campanha coletiva e traz um bom gosto do pixel art, personagens carismáticos e uma mecânica inteligente e renovada de combate. Além das combinações de golpes especiais parecidos com o que víamos em Chrono Trigger, certas Habilidades possuem seu próprio comando de execução, o que garante mais diversão e ação no combate por turno.
Combinado a isso, temos a trilha de Yasunori Mitsuda, de Chrono Trigger, Chrono Cross e Xenoblade Chronicles 3, e posso falar que está ótima e inspirada! A premissa se mantém a mesma, com canções regionais, de cidade, dungeons e de combate, nada muito diferente do que já estamos acostumados, mas claro, o nível por aqui é alto.
O que é Sea of Stars?
A demo de Sea of Stars foi dividida em 3 atos. No primeiro temos a Movimentação como foco central, onde começamos em uma região montanhosa. Até aí, para os jogadores da época do SNES, a novidade aqui fica por conta da isometria, dos saltos e da verticalidade inteligente que a engine propicia.
Algo próximo de quem já mexeu num RPG Maker mais novo ou remetendo a rpgs como Golden Sun, neste quesito, Sea of Stars está de parabéns por nos dar uma fluidez gostosa para caminharmos; não há aquele enrosco em quinas, sabe? Já de cara, nossos três personagens sabem Escalar, Nadar e até passar equilibrando em uma corda suspensa.
Há neste primeiro momento, um combate que serve mais de aprendizado do que de fato desafio, o que faz sentido para a galera que não está acostumada aos JRPGs clássicos. Depois desta breve sequência, chegamos a cidade portuária de Brisk, e como ela é GRANDE!
Explorando a cidade portuária de Brisk
Fiquei empolgado em já começar numa cidade tão grande e cheia de NPCs para conversar. A vila à beira-bar traz uma variedade de historietas, causos e reclamações dos aldeãos que ali vivem; tudo para criar este ambiente rico que Sea of Stars promete ser. O que me chamou atenção também foi como a engine trabalha bem com a movimentação em pixel-art, já que tudo parece estar em movimento, mesmo sendo mais “quadriculadinhos”, os matinhos se movimentando dá uma sensação de dinamismo.
O estúdio Sabotage também soube trabalhar bem na densidade. Em cada cantinho tem um baú para abrir ou um caminho tortuoso para conseguirmos algum tipo de alimento ou ingrediente para cozinhar. Temos também no começo, a mecânica da pesca, que no começo pode parecer um pouco difícil, mas depois que pegamos o jeito, fica mais interessante. Temos de fato um mundo rico a ser explorado e espero que se mantenha assim até a versão final do game.
O prisma e suas combinações
Vamos ao que interessa? Sea of Stars já nos oferece a primeira experiência em uma dungeon (ou masmorra, como preferir), e ADOREI! Montada de forma blocada, temos combinações a serem feitas para seguirmos adiante até o chefe final – que também é o final da demo.
Mais uma vez, de forma similar a exploração de Golden Sun, há habilidades ativas que também funcionam fora do combate, assim como a psinergia do jogo da Camelot. Não há salvamentos automáticos e por conta dos combates desafiadores, temos ali por perto uma fogueira para recuperarmos toda a nossa vida e tentarmos de novo caso há uma derrota. Ainda fraquejando? Você pode cozinhar e fazer alimentos para te auxiliar na cura de pontos de vida e pontos de mana.
Ainda sem detalhes sobre a história dos personagens, do mundo e narrativa, a sua longevidade dependerá disto. Por ora, temos um ótimo jogo, gostoso, dinâmico, nostálgico e refrescante ao mesmo tempo e com certeza, uma das maiores promessas deste ano. Detalhe: há opção de localização em Português!