Roki foi lançado em 2020 para Nintendo Switch e PC, e após ótima aceitação da crítica foi lançado dia 28 de outubro também para Xbox Series S/X e Playstation 5.

O game desenvolvido pela Polygon Threehouse e distribuído pela United Labels veio prometendo nos emocionar em vários aspectos, como sua arte singular mesclado a traumas da vida real e fantasias do folclore escandinavo. Mas será que o game cumpre o que prometeu? Vem com a gente para mais uma review SUCOLINA!

(Jogamos a versão de Playstation 5)

Pequena? Só no tamanho!

Na pele da jovem Tovi começamos o game. A personagem, apesar de não falar, se mostra muito carismática e logo de cara já mostra um amor imensurável por sua família, em especial pelo seu irmão caçula Lars. A família parece morar em algum lugar longínquo da península escandinava, e aparentemente trata-se de mais uma simples família do “interior”. Apesar de um clima de tristeza no ar, Tovi, seu irmão mais novo e seu pai parecem levar uma vida tranquila e seguir com sua rotina até que em uma noite tudo mudou… e pra pior!

Em uma noite, que parecia ser apenas mais uma no pacato lugar, uma criatura gigante misteriosa aparece e sequestra o irmão mais novo de Tovi. Assim, movida pelo amor e por uma promessa feita em um passado não muito distante, surge uma coragem que talvez a garota não imaginava ter. Nossa jovem protagonista parte em uma incrível e perigosa jornada para tentar trazer o pequeno Lars de volta!!

Roki
Imagem Divulgação

Entre a realidade e a mitologia

Após uma rápida passagem pela simples casa de Tovi e sua família durante a perseguição à criatura que sequestrou seu irmão, nossa pequena protagonista é levada a um reino que só era conhecido por ela nos livros, fábulas e lendas que seus pais a contavam quando era pequena. Para trazer o pequeno Lars de volta, Tovi sabe que precisará de muita ajuda inusitada, até mesmo de alguns seres considerados sombrios. Mas assim como nossa pequena aventureira, muitos desses seres também precisarão ser ajudados, e cada ajuda pode significar estar mais perto, ou não, do nosso objetivo que é achar o pequeno Lars.

Ao mesmo tempo, nossa personagem terá que lidar com muitos conflitos internos além de superar algumas tristes lembranças de seu passado que parecem corroer a jovem por dentro!!

Roki
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Quebrando a cabeça

O gameplay de Roki, é todo baseado em Puzzles que mesclam itens simples do dia-a-dia com os itens mais inusitados da mitologia escandinava, o que pode ser um bom exercício, ou até mesmo um convite para toda família jogar. Aqui o que vale é aliar intuição e muita atenção, pois algumas soluções podem estar “embaixo do nosso nariz” podendo, se passarem despercebidas, fazer com que muito tempo seja perdido em um puzzle. Nesse ponto algumas pessoas, que não gostam de ficar resolvendo quebra-cabeça o tempo inteiro, podem achar o jogo um pouco cansativo e acabarem desistindo no meio do caminho (o que não recomendamos, claro!).

Outra dica não menos importante, é explorar detalhadamente cada cantinho dos ambientes por onde passar, pois apesar de parecerem pequenos, há diversos itens colecionáveis espalhados pelo jogo!!

Roki
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Colírio para os olhos

Apesar de parecer simples, Roki possui uma arte singular, que rodado nos consoles da atual geração e em 4k parece ser ainda mais notável. O game traz lindos, e as vezes tristes, cenários que nos ajudam muito a entender todos os sentimentos vividos pela nossa personagem principal, além de nos fazer querer conhecer um pouco mais sobre os lugares e personagens mitológicos que encontramos durante a aventura!!

Poesia em forma de jogo

Roki é aquele exemplo de jogo que traz muita riqueza na sua simplicidade, o game onde os personagens não falam uma só palavra (não emitem som, apenas textos). No entanto, mesmo assim consegue trazer e despertar os sentimentos mais puros e as dores mais profundas que o ser humano, principalmente uma jovem garota como no caso da nossa Tovi, podem ter.

Roki
Imagem Divulgação

Com um estilo Point and Click intuitivo, puzzles que podem te fazer comemorar a cada resolução e uma arte única, Roki é mais um daqueles que podem lhe emocionar por diversos aspectos e, apesar de alguns puzzles mais difíceis, fará você olhar para o final e dizer que valeu apena o desafio. Além dos nos ensinar muito sobre a mitologia escandinava, sendo coroado no final com uma linda história de amor e amizade em sua forma mais plena e pura.