O tenebroso pesadelo de Raccoon City retorna em Resident Evil 2 Remake. Outrora glorioso em seu lançamento em 1998 conseguiu elevar o nível do survivor horror de seu antecessor. Leon S. Kennedy e Claire Redfield estão de volta nessa reimaginação lançada no dia 25 de Janeiro.
O Primeiro Gole de Raccon City
Os primeiros momentos de Resident Evil 2 Remake traz uma visão cinematográfica do conto. Tanto sob o controle de Leon e Claire você é apresentado ao tutorial do jogo dentro da conveniência de um posto de estrada.
Então você já tem a oportunidade de sentir uma jogabilidade excelente, suave e com resposta rápida dos controles. Os menus são semelhantes aos vistos em Resident Evil 7 por usar da plataforma RE Engine e ajuda o jogador sobre a utilidade dos itens.
Ponto alto dessa reimaginação fica para a ambientação e os efeitos sonoros apresentados. Uma maravilha para os olhos de quem joga e de quem assiste Resident Evil 2 Remake. Detalhes, sombras, efeitos sonoros e aquele suspense que faz você pausar o jogo e dar uma golada de suco.
A partir daqui, o texto pode conter spoilers!
A arquitetura de Raccoon City
O ponto alto do Resident Evil 2 Remake fica na reconstrução de todo o cenário voltado para a imersão da jogabilidade em terceira pessoa. A câmera não fica travada apenas nas costas do personagem, você pode mover ele ver as expressões faciais e observar o cenário de forma livre.
A imersão da Delegacia é sensacional, o trabalho feito em mesclar o clímax de terror e suspense a cada corredor lateral. A fidelidade com salas icônicas como a biblioteca e sala de interrogatório são marcantes.
Ao avançar no jogo você nota que a cidade, o esgoto e o laboratório também teve o mesmo tratamento, mas eu tenho a impressão que poderia ter mais, falta um tchan para ambientar ou deixar mais complexo sua jornada.
De uma forma geral vale a pena perder tempo apreciando cada detalhe, alguns dão até pistas para a progressão do jogo e obter itens que pode vir bem a calhar. O peso do grotesco salienta o horror que a infestação do T-vírus causou e as criaturas que criou.
Clássicos e Mortais
Resident Evil 2 Remake traz memoráveis inimigos de volta as telas: Licker, Tyrant (Mr.X) e William Birkin. Mas prepare a ducha de água fria vista na tradução do nosso Lambedor para Carnífice… Sério!?
O trabalho feito em todos os monstros é digno e memorável, os efeitos de cenário, luz e sombra, até mesmo os de danos causados, maravilhoso. Mr.X traz o ambiente a tensão de você ser surpreendido e temer pela sua vida.
Os Lickers são funcionais, passou fazendo barulho meu amigo, só corra para não tomar um vorpal deles. A dificuldade de acertar um cão durante seu ataque em ziguezague ou até mesmo em nocautear um zumbi é incrível.
As fases de William Brikin é a estrela desse jogo, batalha intensas e tensas. provocando você a explorar o ponto fraco dele para tomar vantagem, aquele temido olho. O ponto negativo é a ausência de outras criatura como aranhas e corvos. Seria preguiça ou não seria funcional? A Ivy modificada traz um pouco dessa opinião também.
Uma Obra de Holly”Raccoon”wood?
A resposta é sim e não. Graficamente a imersão te prende como um filme que em cada momento você se vê no desespero para sobreviver. A campanha da Claire é disparadamente mais estruturada do que a do Leon, principalmente nos diálogos.
Você descobre o um pouco mais do lado obscuro do Chefe Brian Irons. O novo cenário do Orfanato onde também é um covil desse sociopata e a relação de abandono de Sherry e sua mãe.
A Campanha do Leon é meio um humor cômico no meio do apocalipse. Ada Wong ainda faz o novato dar a impressão de um tremendo idiota. Não há um aprofundamento do Repórter Ben e do mercador de armas Kendo… Que me recuso a falar sobre a participação dele porque não tem!
A divisão em 2 cenários só mostra uma alteração de rota no inicio que só afeta o tempo de jogo. O cenário B, traz o final verdadeiro… sério? Então é só um motivo para um replay a mais? Ele traz uma dificuldade sensacional, mas é uma cópia do A com a cena do trem.
A história de Resident Evil 2 Remake é uma bagunça para que ama essa franquia. Ela não adiciona nada de novo, na verdade só deixa o roteiro fraco. Proposital? Talvez por que em fevereiro já haverá uma DLC – Ghost Survivors para contar histórias de outros personagens.
Insanidade – A receita do sucesso
O fator replay desse jogo vem nas dificuldades que ele gera para o jogador. Enquanto o modo fácil traz uma recuperação de dano ao longo do tempo, e o normal mostra a dificuldade em lidar com seus recursos, o Intenso é o tradicional Resident Evil.
De modo que a experiência destrutiva antiga de morrer e voltar no ultimo lugar que você salvou o jogo não frustre o jogador. Resident Evil 2 Remake apresenta salvamento automático em pontos cruciais. Enquanto que o modo Intenso traz o ink ribbon na jogada e qualquer dano é sinônimo de perigo.
Os modos extras estão presentes: The 4th Survivor e Tofu! Não seria uma obra completa sem esses dois modos de ultra sobrevivência. Além disso, o arsenal de armas e roupas alternativas embeleza o jogo. E se você tem a versão Deluxe, vai ser difícil de não jogar com a trilha original que encaixou perfeitamente.
O sistema de conquistas está presente e assim a galeria e extras com artes e designs para o jogo aos poucos ganha forma. Um paraíso de informações e de idéias que poderiam estar presentes e melhorar a história?
Conclusão
Pontos Positivos: ambientação,sonoplastia e jogabilidade, intensidade e dificuldade de jogo e momentos memoráveis nostálgicos.
Pontos negativos: falta de um enredo bem construído e expansão dos cenários, interação entre Leon e Claire durante o jogo, ausência de alguns inimigos e linearidade dos cenários.
*CÓPIA DE RESIDENT EVIL 2: REMAKE CEDIDA PELA NUUVEM