Baraldi
    Baraldi
    Editor, escritor, gamer e cinéfilo, aquele que troca sombra e água fresca por Netflix e x-burger. De boísta total sobre filmes e quadrinhos, pois nerd que é nerd, não recusa filme ruim. Vida longa e próspera e que a força esteja com vocês.

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    Projeto Gemini | Review

    A tecnologia é a prova que o ser humano sempre consegue ir além do esperado, de celulares a videogames, e se Elon Musk mostrou isso com carros autônomos, o cinema resolveu correr atrás, após o marco histórico que Avatar trouxe para a sétima arte.

    O próximo passo foi dado e fomos apresentados a uma revolução cinematográfica nunca antes vista, podendo ser o mais novo ápice da tecnologia das telonas, Projeto Gemini será eternizado como um marco e uma das melhores experiências do cinema já vistas, isso se lembrarmos do filme.

    120 quadros por segundo!

    O que está de parabéns nesse filme é a produção, não só o os 120 quadros por segundo onde se vê até os pelos do nariz do Will Smith, mas os efeitos visuais ao rejuvenesce-lo, os “bonecos 3D” têm evoluído sem parar, lógico que existem exemplos mais do que claros no cinema onde os bonecos de “PlayStation 2” são nítidos, mas não são essas falhas que farão os estúdios pararem de tentar e aperfeiçoar essa arte, afinal jogávamos Winning Eleven e falávamos que estava iguais aos jogadores, assim visto em cada geração de consoles, os efeitos visuais do cinema subiram um degrau acima após Avatar, e com certeza subirá mais um degrau com Projeto Gemini.

    O modo como foi gravado te causa uma imersão em instantes, aproveitando cada detalhe minúsculo em cena, seja o trajeto de espuma que uma lancha deixa no mar, os destroços de uma explosão de granada e até uma simples cena de diálogo, ao mesmo tempo que se assiste o filme, se contempla um trabalho bem feito, cores mais vivas junto ao som mais realista possível, mas isso além de balas sendo disparadas ou qualquer som dentro da guerra toda, o vento no fundo, pessoas falando e outros sons ambiente que são considerados ruídos, os quais são abafados na edição, aqui se ouve todos eles sem se quer atrapalhar, a naturalidade transformou a experiência em algo único e especial, podendo ser repetido por outros e estúdio e se colocando no pedestal da maior produção cinematográfica da história.

    Dupla e não casal!

    A dupla Brogen (Will Smith) e Danny (Mary Elizabeth Winstead) foi um tanto sem sal, mas muito bom que não terminaram como um casal e sim como parceiros de equipe, algo já ultrapassado em filmes de ação, famosa garota em apuros e o modo “príncipe encantado” liga e salva a donzela, vêm a troca de olhar e se beijam debaixo de chuva com trilha melosa, um amém por isso não ocorrer

    Só que a falta de confiança um no outro te trás o problema da parceria, mas resolvida em segundos, te tira da história por completo, pois Brogen é um militar altamente treinado (jeito humilde para falar de um deus ex máquina) que te atrai pelo nível brucutu de ser, com Danny apanhando sem dó e batendo de volta mais forte, com isso temos dois grandes personagens em tela, mas ao mesmo tempo que se mostram presentes a todo momento, aparentar estar jogados em tela mas aí não é problema de atuação e sim de algo um pouco mais importante.

    projeto gemini

    Ação e Roteiro

    Poderia ser todos esses elogios se o filme fosse marcante, as cenas de ação são algo incrível, aquele estilo extrapolado de filme brucutu que só engrandece a obra e personagens em tela, mas que vai se perdendo com o desenvolvimento por detalhes simples.

    Começando pela falta de roteiro, a trama têm seu início comum de filme de ação, sem pé nem cabeça mas que te vende a história, da metade para o fim ele se perde totalmente e aquele drama do clone, possível aposentadoria e conflitos burocráticos se torna uma missão mais do que maluca onde uma zona de guerra se forma e os pontos onde se mostra o real, como balas acabando ou ferimentos graves, escala o realismo para o absurdo e a estranheza bate na hora, pensando na ligação que poderia ter, no final o filme é uma colcha de retalhos que serviu para apresentar uma nova tecnologia de produção e não um roteiro.

    Projeto Gemini é apenas um filme bonito, como muitos outras produções apresentadas nos últimos dez anos, ter um ator/atriz carismático e amado pelo público não significa certeza de sucesso ou que será um grande filme, as pessoas já deveriam saber disso, mas preferem se iludir.

    O novo Avatar? Mas não na bilheteria…

    Fatalmente Projeto Gemini será rotulado de “novo Avatar”, aquele filme ruim com efeitos revolucionários, contudo Avatar foi tratado como um filme grandioso, além de ter um roteiro, já Projeto Gemini não está passando por isso, sendo esquecido pelo público, talvez a culpa seja de outros filmes mais interessantes, mas o marketing desse filme foi até pequeno comparado a grandiosidade apresentada em tela, uma pena pois vale a pena mesmo com a sua qualidade – há momentos que você esquece dos problemas de roteiro e só desfruta do visual.

    Para os fãs de efeitos visuais e que adora os mínimos detalhes, Projeto Gemini se torna uma obrigação para a assistir e se deliciar com o avanço da tecnologia.

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    Editor, escritor, gamer e cinéfilo, aquele que troca sombra e água fresca por Netflix e x-burger. De boísta total sobre filmes e quadrinhos, pois nerd que é nerd, não recusa filme ruim. Vida longa e próspera e que a força esteja com vocês.

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