Pode parecer um pouco estranho vindo de mim, que costumo falar de jogos de luta ou jogos de terror neste espaço especial do Suco de Mangá, mas uma das franquias que mais marcou a minha passagem pelos joguinhos foi a série Prince of Persia.

Histórico de Prince of Persia

Desde criança, passei muito tempo com o primeiro game da série, ainda no antiguíssimo MS-DOS (quem lembra disso?). Ainda, com apenas uma hora pra terminar o jogo e salvar a princesa.

Naquela época, eram joguinhos bem simples. Mais pra frente, na época do PS2, a trilogia de Sands of Time encantou toda uma nova geração, e ela ainda figura nos meus jogos favoritos. Eu até mesmo defendo alguns dos jogos mais controversos da série, como o reboot de 2008 e o Forgotten Sands.

No entanto, para minha tristeza, a Ubisoft deixou a série Prince of Persia de lado após o início da série Assassin’s Creed. Inclusive, série que começou como uma derivação de PoP e foi se transformando na maior franquia da empresa.

Então, 13 anos se passaram desde o último PoP, mas agora nós temos um novo jogo no horizonte. Assim, com o lançamento para janeiro de 2024, de Prince of Persia: The Lost Crown está chegando. Pudemos jogar um pouquinho lá na Brasil Game Show, e posso dizer que agora estou ainda mais ansioso para este retorno!

Características

A Ubisoft entregou a chave da franquia para este retorno nas mãos do estúdio de Montpellier. Este é responsável pelo que chamamos de “linha AA” da empresa, sem o orçamento multimilionário gasto nos Assassin’s Creed e Far Cry. Porém, a polidez que a empresa é capaz de entregar.

Assim, esse estúdio nos entregou algumas das gemas mais subestimadas do catálogo da empresa. Por exemplo, os maravilhosos Rayman Origins e Rayman Legends, bem como Beyond Good & Evil, From Dust e Valiant Hearts.

Ao iniciar um novo jogo na build que vimos na BGS, no entanto, o jogo me trouxe memórias de outros jogos à tona. Assisti a uma cutscene que introduz nosso novo Príncipe, agora chamado de Sargon, adentrando num reino onde aparentemente uma catástrofe que transformou a todos em mortos-vivos aconteceu. Bem parecido com o desastre de Sands of Time.

Prince of Persia: The Lost Crown
Imagem Divulgação

Acompanhando-o está um grupo de personagens, cada qual com suas habilidades, lembrando muito os companheiros mercenários de Samus Aran em Metroid Prime 3: Corruption.

De imediato, também é nítido que a qualidade gráfica do título é bacana. Mesmo dentro do padrão AA que caracteriza essa linha menos cara da Ubisoft, forte na estilização e leve na placa de vídeo. O que é muito legal, na minha opinião.

Demo

Então, a exploração começa e logo pude notar que Sargon é muito fácil de controlar, assim como um bom Metroidvania deve ser. Sua movimentação é bem rápida e fluida. Também, somos capazes de desviar, bloquear ataques, usar um dash aéreo, e até mesmo deixar uma sombra de nosso personagem na tela para que, com apenas um botão, Sargon se teleporte até ela.

Usei isso algumas vezes em combate e este parece ser o uso principal da mecânica. Porém, talvez no jogo completo haja algum upgrade da mecânica que a ligue mais ao uso de tempo que a franquia sempre utilizou.

Prince of Persia: The Lost Crown
Imagem Divulgação

De maneira geral, meus 15 minutos com o jogo foram explorando o cenário, que utiliza uma estrutura muito inspirada em Metroidvanias mais recentes, como Ori and the Will of the Wisps, Bloodstained: Ritual of the Night e Hollow Knight.

Além disso, a movimentação e controles de Sargon, por mais que sejam desenvolvidos pelo estúdio de Montpellier, me lembraram muito mais os jogos 2D da série Assassin’s Creed Chronicles. Afinal, eles também tinham um molde de exploração com stealth e habilidades especiais e que adorei jogar (especialmente o Chronicles China). De qualquer forma, não foram muito bem recebidos pela galera que esperava um Assassin’s Creed tradicional.

Então, depois de um tempo de exploração alcancei algumas das formas de upgrade as quais Sargon tem acesso.

Você encontra um ser mítico no castelo que lhe permite comprar algumas habilidades com os recursos que os inimigos deixam pra trás. Habilidades estas vindas em forma de amuletos que você pode equipar com um número limitado de slots.

Ainda, estes amuletos vêm em conjunto com a forma mais tradicional de progressão de Metroidvania, que são as habilidades permanentes que podem dar novas formas de mobilidade a Sargon, permitindo mais exploração do mapa.

prince of persia
Jogando a demo na BGS 2023

Conclusão

Como o tempo da demo de Prince of Persia foi bastante limitado, passei mais deste tempo explorando o mapa do que realmente avançando a história. Assim, nem consegui chegar no chefe, que finalizava a demo. De qualquer forma, posso dizer que gostei muito do que vi e estou mais ansioso do que nunca pelo retorno à Pérsia!