Ativo desde 2021, Canary Complex é o projeto solo de Canary Kasey, guitarrista da banda americana Flood District. Ele é um entre tantos artistas internacionais inspirados pela sonoridade do visual kei.
Como no Brasil, França e Chile, os Estados Unidos também possuem sua parcela de fãs do gênero que por ele são arrastados para o mundo da música. O caso de Kasey é pessoalmente comovente, porque é nítida as inspirações de muitas bandas que a geração que conheceu o visual kei nos anos 2000 se apaixonou: Malice Mizer, Luna Sea, Kuroyume, Shazna, BUCK-TICK, quem ouviu e amou qualquer um desses, sentirá uma familiaridade aconchegante em A Whisper of Spring.
SOBRE O ÁLBUM: A Whisper of Spring
Corsets Fall dá bom exemplo do nome do álbum, com inspirações sonoras primaveris que lembram os sons de um Malice Mizer em tempos de Merveilles. Ao mesmo tempo, você tem uma inspiração bem interessante de X, com baterias rápidas cujos ritmos lembram a bateria de Yoshiki Hayashi.
A base de The Face of God é sustentada por um violão, com uma progressão melódica bem típica de várias músicas do universo do visual kei. Enquanto Déshabillez-Moi presta uma bela homenagem a Aegen para todo bom e boa entendedora. Nessa música, Canary Kasey demonstra um bom domínio dos delays, reproduzindo com boa fidelidade fraseados como os de Közi em Le Ciel ou de Sugizo em tantas músicas do Luna Sea, como a In Silence ou Moon.
As músicas seguintes do álbum seguem uma tônica mais badalesca. Serance possui uma forte pegada emocional, já Hyacinthine tem um ar parisiense, com usos de acordeões evocando os típicos cenários que inspiram visuais lolita e/ou vitorianos. Papillon ~Snow Angel~ possui um easter egg maravilhoso! Digo isso porque é perfeitamente possível cantar Fly Me To The Moon na primeira metade do compassos de seus versos. Até Júpiter e Marte, pelo menos. E sejamos sinceros, num álbum chamado “Um Sussurro de Primavera”, é bem difícil uma alusão a um clássico que canta “deixe-me ver como é a primavera em Júpiter e Marte” ser mera coincidência. Pontos pela criatividade!
A sessão de baladas é encerrada com Pierrot (deep sky), com um interessante e atípico uso dos cantos da caixa da bateria para compor o ritmo da música. Essa é uma qualidade geral do álbum, por sinal. Entre androginias e idosos de calcinha(?), muitos acabam fisgados pelo visual kei porque, como em tantos outros gêneros da música japonêsa (city pop, math rock, indie), até as coisas mais simples são bem mais elaboradas e menos “retas”, por assim dizer”, do que o 4/4 nosso de cada dia. Quem explica isso como ninguém é Marty Friedman, ex-Megadeth (e a Cadence Hira, mas essa é pra quem é nerdão de música). It’s Up To You fecha o álbum com aquela energia de fim de show, como costuma ser o caso. A canção vem como um leve gosto de Shazna à mente, que é justamente uma ótima referência de banda com uma energia empolgante.
CONCLUSÃO
Pela enxurrada de referências citadas, existe a chance remota, mas nem por isso nula, de que esses comentários sejam lidos como um demérito ao Canary Complex. Nada mais distante dos fatos. Houve tempos onde éramos mais puristas. E falo isso num contexto sim, de visual kei. Era muito comum caçoar de bandas por serem cópias do DIR EN GREY, por exemplo. Claro, algumas eram mais descaradas; outras menos. O que essa obsessão pela tal da originalidade não enxerga, é que parte da diversão de fazer música é a oportunidade de entrar em contato com os sons que você cresceu admirando, reproduzindo-os no palco e nas gravações.
Ora, é inesquecível a alegria no rosto do Mia, do Nazare, quando no dia do seu show do Rio, comentei em tom de brincadeira que ele era baixo igual o Kyo, vocalista por ele tão admirado. Não há problema em sermos inspirados! Não há problema o Luna Sea pegar tantos trejeitos do DEAD END nos seus primeiros anos! Em 1989 pra 1992, eles eram influenciados pela suas referências da época. 35 anos depois, é impossível imaginar o visual kei sem influências pesadas do Luna Sea!
É nessa seara que acho tão digno de elogios o A Whisper of Spring. Seu carinho e cuidado com a criação dos sons e das canções evidenciam o impacto positivo que Mana, Közi e Yu~Ki tiveram na carreira desse artista, que vem enveredando em seus caminhos nos últimos 4 anos. Pode ser que não agrade aqueles que prefiram músicas mais agitadas, sendo baladas o grosso do álbum, mas não deixa de ser uma produção bem feita e com evidente zelo!
Resumo da ópera: É fã de Malice Mizer? Ouça com gosto!
A SNK Corporation finalmente lançou Fatal Fury: City of the Wolves nesta quinta-feira (24 de abril), marcando o retorno de uma das franquias mais amadas de jogos de luta após 26 anos de espera.
Disponível para PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X|S e PC(via Steam e Epic Games Store), o novo capítulo promete revolucionar o cenário competitivo com um torneio mundial que oferecerá premiação total de US$2,5 milhões.
Torneio mundial com premiação milionária
O jogo será a atração principal do SNK World Championship 2025, competição global de esports que distribuirá US$2,5 milhões em prêmios apenas para Fatal Fury: City of the Wolves. O grande campeão levará para casa um prêmio de US$1,5 milhão, um dos maiores valores já oferecidos em torneios de jogos de luta.
Competidores de todo o mundo poderão participar de qualificatórias regionais, com os melhores avançando para a grande final nos Estados Unidos no final de 2025. Além de Fatal Fury, o campeonato também contará com torneios de The King of Fighters XV e Samurai Shodown.
Estrelas do esporte e da música nos ringues virtuais
Entre as novidades mais surpreendentes está a inclusão de duas celebridades como personagens jogáveis: o astro do futebol Cristiano Ronaldo e o famoso DJ Salvatore Ganacci. Ambos se juntam a um elenco diversificado de 22 lutadores, incluindo 17 disponíveis no lançamento e mais cinco que serão adicionados via DLC no Passe de Temporada 1.
Inovações em jogabilidade e recursos online
Fatal Fury: City of the Wolves traz diversas inovações para a franquia, incluindo:
Sistema REV: Um novo conjunto de habilidades ofensivas que aumenta a emoção das lutas
Dois esquemas de controle: Estilo Arcade para veteranos e Estilo Prático para iniciantes
Combates em duas linhas: Retorno do sistema clássico da série em estágios selecionados
Modo RPG solo: “Episodes of South Town” permite subir de nível e personalizar habilidades
Recursos online avançados: Netcode rollback e crossplay entre todas as plataformas
IA que aprende seu estilo: Sistema que cria clones baseados no seu estilo de jogo
Trilha sonora com DJs renomados
O jogo conta com uma trilha sonora elaborada por 11 DJs renomados, totalizando 19 faixas exclusivas inspiradas no mundo e personagens do jogo. Os jogadores podem ainda customizar playlists e músicas de cenários no Modo Jukebox, que também inclui trilhas clássicas da série Fatal Fury e Art of Fighting.
“As ruas de South Town são um viveiro de ação, sonhos selvagens e ambições ainda mais selvagens. Aqui, finalmente, uma nova lenda está prestes a se revelar”, destaca a SNK em comunicado oficial sobre o lançamento.
Para celebrar o lançamento, veículos temáticos de Fatal Fury estão circulando em grandes cidades como Londres, Paris, Los Angeles, Nova York, Taiwan e Bangkok, com um caminhão de café temático percorrendo também as ruas da Coreia do Sul.
Imagem Divulgação
Fatal Fury: City of the Wolves está disponível apenas em Edição Especial, que inclui o jogo base e o Passe de Temporada 1, sem planos atuais para venda separada. Para mais informações, visite o site oficial.
Canary Complex, um projeto americano de visual kei, lançará seu tão esperado terceiro álbum, A Whisper of Spring, em todas as plataformas de streaming no dia 24 de abril, junto a uma edição em vinil em primeira mão disponível mundialmente. O lançamento também poderá ser adquirido na loja online do artista.
A Whisper of Spring mistura a grandiosidade do visual kei dos anos 90 – um ramo do rock japonês caracterizado por aparências extravagantes e estruturas musicais dramáticas – com elementos de canções francesas e rock progressivo, oferecendo um jornada remanescente aos seus ouvintes, tocando em temas como romance, saudades e renascimento.
Detalhes de “A Whisper of Spring”
Gravado em colaboração com o produtor e baterista Michael Rumple em seu estúdio caseiro em North Carolina, “A Whisper of Spring” marca uma evolução sônica para Canary Complex. O álbum é marcado por timbres etéreos de guitarra, ritmos delicados de bossa nova e orquestrações dramáticas, todas elas sublinhadas por uma narrativa poética e vocais que emulam sonhos. O acordeonista japonês Mitora participa em duas faixas do álbum.
Capa Divulgação
O single principal do álbum, “Déshabillez-Moi”, pinta um conto impressionista de amor proibido na Paris da belle époque, combinando a nostalgia caprichosa com uma melancolia arrepiante.
Ao longo de quatro singles compartilhados em abril, culminando no lançamento do álbum no dia 24 do mesmo mês, Canary Complex nos entrega vídeos estonteantes. O terceiro single, “Papillon ~Snow Angel~”, lançado no dia 17 de abril, dará um insight maior à vibe do álbum. A Whisper of Spring simboliza esse enevoamento das fronteiras culturais num mundo globalizado.
Repercussão na Fanbase
Canary Complex ganhou atenção entre fãs de visual kei e j-rock ao redor do mundo graças aos seus covers de alta qualidade, que capturam bem os timbres de guitarra específicos dessa era. A autenticidade e musicalidade em suas criações atraíram comparações aos estilos de Mana (MALICE MIZER) e Imai Hisashi (BUCK-TICK), estabelecendo-o como um raro artista ocidental com um entendimento profundo do som e estilo de um gênero tão querido.
Imagem Divulgação
É digno de nota que Canary Complex recebeu respostas entusiasmadas de ouvintes japoneses no TikTok, com comentários do tipo “É incrível ver um estrangeiro que entende a essência do visual kei” e “Essa é a primeira canção visual kei que ouvi do ocidente” (em referência a sua música “For Evergreen”).
Esse crossover demonstra como influências artísticas fluem para várias direções em nosso mundo interconectado. O trabalho de Canary Complex exemplifica como artistas ocidentais não apenas consomem, mas contribuem ativamente para a evolução da música japonesa, criando uma nova forma de diálogo cultural.
Uma Experiência Artística Imersiva
O álbum A Whisper of Spring será lançado no dia 24 de abril de forma digital e numa edição limitada em vinil. Juntamente, será lançado um artbook colecionável, An Echo of Winter, inspirado numa das bandas favoritas do artista, o Lareine. O belo volume incluirá fotos exclusivas, encartes do álbum, letras, artes, tablaturas para guitarra e mais – oferecendo aos fãs um olhar mais aprofundado para o universo único do álbum.
Canary Complex também ofertará duas peças de vestimenta e uma joalheria limitadíssima, idealizada pelo artista, em sua loja online que entrega para o mundo todo.
Com A Whisper of Spring, Canary Complex talha um caminho entre o ocidente e o oriente pelas vias de um profundo amor pela música japonesa – contando sua história emocionantes por meio de alegorias sonhadoras e usando gravações de conversas e ambientações misturadas com sua melodia para criar um universo exuberante e vívido em seu álbum. De maneira bem humorada, ele se refere ao seu universo como “A Paris Imaginada”.
Ao passo que os animes e a cultura pop japonesa continuam a influenciar o entretenimento global, a música de Canary Complex representa uma tendência inversa, onde artistas ocidentais se engajam profundamente e reinterpretam tradições artísticas japonesas.
Sobre o Artista:
Canary Complex, projeto filho do artista residente em North Carolina, Caray Kasey, é um projeto único de visual kei que mescla influências japonesas e ocidentais. Inspirado em bandas icônicas tais como MALICE MIZER, Lareine e Luna Sea, Kasey talha uma paisagem musical imbricada, caracterizada por guitarras cristalinas e melodia arrepiantes, imbuídas de elementos de post-punk e chanson francês.
Imagem Divulgação
Visualmente impactante, Canary Complex abraça vestimentas elaboradas, maquiagens dramáticas e romantismo gótico. Cada álbum contém capas pintadas à mão, criando uma experiência artística holística. Nos palcos, Kasey é acompanhado por um conjunto seleto, dando vida vibrante às suas composições.
Canary Complex oferece à sua audiência um portal para uma realidade nostálgica e sonhadora, ampliando as fronteiras do visual kei nos Estados Unidos. A cada apresentação e lançamento, Kasey continua a encantar seus ouvintes, convidando estes ao seu mundo único de sons e visões pintadas a óleo.
A Sanrio, empresa mundialmente conhecida por personagens icônicos como Hello Kitty, deu início à 40ª edição do Sanrio Character Ranking, competição anual que elege os personagens mais amados da marca segundo a escolha do público. A votação começou em 10 de abril e segue até 25 de maio de 2025.
O evento, que teve origem em 1986 na revista japonesa Strawberry News, transformou-se em um fenômeno global ao longo das décadas. Em 2024, a competição bateu recorde com mais de 57 milhões de votos registrados. Os cinco personagens mais votados na última edição foram Cinnamoroll, Pochacco, Kuromi, Pompompurin e Hello Kitty.
“A Sanrio construiu uma base de fãs extremamente apaixonada no Brasil, onde nossos personagens vão muito além do universo kawaii”, afirma Caroline Manha, gerente Comercial e Marketing da Sanrio no Brasil. “A Hello Kitty se tornou um verdadeiro ícone atemporal e cultural, enquanto personagens como Kuromi e My Melody vêm ganhando cada vez mais destaque”, completa.
O resultado da 40ª edição será anunciado em 29 de junho durante o Sanrio Festival, no Japão, com divulgação simultânea nas redes sociais oficiais da marca.
Entre os personagens populares no Brasil estão a Hello Kitty, conhecida por espalhar alegria e fazer amizades; Keroppi, o sapinho que vive no lago Donut; Chococat, um gatinho com bigodes antenados; My Melody, uma coelhinha amigável com seu característico capuz; Badtz-Maru, um pinguim radical; Pompompurin, um tranquilo filhote de Golden Retriever; Kuromi, uma personagem bagunceira e feminina; os gêmeos estelares Kiki e Lala; Gudetama, o ovo preguiçoso; Pochacco, um cachorrinho esportista; Aggretsuko, a panda vermelha que alivia o estresse cantando Heavy Metal; e Cinnamoroll, o cachorrinho branco que voa com suas grandes orelhas.
O Circuito Feminino de Rainbow Six anunciou sua maior edição até hoje, com início marcado para 26 de abril. A competição de 2025 traz uma novidade importante: pela primeira vez, o torneio incluirá times de toda a região da South American League (SAL), abrangendo Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai.
Com uma premiação total de R$ 120 mil, o circuito será disputado em quatro etapas ao longo do ano. Cada etapa terá seu próprio Qualificatório Aberto, que definirá as seis equipes participantes da fase principal. A estrutura de competição prevê dois dias para a fase de grupos e mais dois para as finais em cada etapa.
O sistema de classificação garante que a equipe campeã de cada etapa avance automaticamente para a seguinte, enquanto as demais precisarão disputar novo Qualificatório Aberto. As equipes acumularão pontos conforme sua colocação em cada etapa, e as quatro melhores na classificação geral avançarão para a Grande Final, que será realizada presencialmente no fim do ano, em data ainda a ser anunciada.
O calendário oficial do torneio já está definido:
Qualificatório 1: 26 e 27 de abril | Etapa 1: 1º a 4 de maio
Qualificatório 2: 24 e 25 de maio | Etapa 2: 29 de maio a 1º de junho
Qualificatório 3: 16 e 17 de agosto | Etapa 3: 21 a 24 de agosto
Qualificatório 4: 25 e 26 de outubro | Etapa 4: 30 de outubro a 2 de novembro
A expansão do Circuito Feminino ocorre em um momento importante para o Rainbow Six brasileiro, que se consolida como potência mundial na modalidade. Equipes do país conquistaram títulos importantes recentemente, como o Six Invitational, vencido pela FaZe Clan em fevereiro deste ano, e o BLAST R6 Major de Montreal, que teve a w7m como campeã em novembro passado.
As inscrições para a primeira qualificatória já estão abertas e podem ser realizadas através do LINK.
A Brasil Game Show (BGS), maior feira de games da América Latina, anunciou importantes mudanças para sua edição 2025, que será realizada de 9 a 12 de outubro no Distrito Anhembi, em São Paulo. O evento ocupará todos os cinco pavilhões do complexo, apresentando um layout completamente renovado que promete transformar a experiência tanto para visitantes quanto para expositores.
Entre os principais diferenciais da nova planta estão os pavilhões totalmente integrados, que garantem maior fluidez na circulação do público. A infraestrutura elétrica e hidráulica foi distribuída em todos os pisos, agilizando a montagem dos estandes. Além disso, o espaço conta com pé-direito livre de 10 metros e estandes sem colunas em formato de ilha, ampliando as possibilidades criativas para os expositores e melhorando a visibilidade para os visitantes.
“Estamos evoluindo junto com a indústria e com a nossa comunidade, e isso inclui oferecer um espaço mais moderno, prático e impactante para quem visita, expõe ou trabalha na BGS. Cada detalhe foi planejado para tornar a feira mais fluida, acessível e inesquecível”, afirmou Marcelo Tavares, fundador e CEO da Brasil Game Show.
O novo projeto também contempla corredores mais amplos para facilitar a circulação e acessos otimizados para carga, descarga e entrada de veículos. Um ponto destacado pelos organizadores é que todas as entradas do evento levam diretamente ao coração da BGS, melhorando significativamente a experiência dos participantes desde o primeiro momento.
A mudança de local e layout reflete o crescimento contínuo do evento e reforça o compromisso da BGSem oferecer a melhor estrutura possível para fãs, marcas e profissionais da indústria de jogos eletrônicos.
Expositores interessados podem obter mais informações através do SITE OFICIAL.
Em um mercado repleto de souls-likes, The First Berserker: Khazan consegue se destacar com uma proposta que mistura a fórmula já conhecida do gênero com elementos próprios e uma estética única.
Desenvolvido pela Neople (criadores de Dungeon Fighter Online) e publicado pela Nexon, este título ambientado no universo de DNF traz Khazan, um ex-general traído que busca vingança enquanto luta contra demônios internos – literalmente.
Após mais de 30 horas explorando este mundo sombrio e enfrentando seus desafios brutais, posso afirmar que este é um dos melhores souls-likes recentes – junto de Lies of P, mesmo com algumas limitações.
O Que é The First Berserker: Khazan?
Lançado em 27 de março de 2025 para PC, PlayStation 5 e Xbox Series S/X, The First Berserker: Khazan se passa no universo de Dungeon Fighter Online (DNF), mas não se preocupe – não é necessário conhecimento prévio para compreender a trama. O jogo se passa no 89º ano do Império Pell Los, em um mundo assolado por guerras contra dragões e mortos-vivos.
Você assume o papel de Khazan, um general de elite que foi acusado de traição e exilado. Agora, possuído pelo Espectro da Lâmina – uma entidade demoníaca com agenda própria – ele busca vingança contra o imperador que o traiu.
Imagem Divulgação
Jogabilidade: Combate Visceral e Recompensador
O sistema de combate é, sem dúvida, o coração pulsante de The First Berserker: Khazan. Aqui encontramos uma mistura interessante de mecânicas souls-like tradicionais com elementos que lembram jogos de ação estilosa como Devil May Cry e os God of War recentes:
Sistema de estamina exige gerenciamento cuidadoso da barra de fôlego;
Lâminas espectrais funcionam como as fogueiras dos jogos Souls, salvando o progresso e reanimando inimigos;
Lacrima (a moeda do jogo) pode ser perdida ao morrer, mas é recuperável, assim como as almas nos souls;
Três tipos de armas (espadão, empunhadura dupla e lança) com árvores de habilidades distintas;
Sistema de parry e esquiva com mecânicas bem definidas – e algumas até desafiadoras;
Golpes especiais que consomem a barra de Espírito de Luta.
O combate é brutal, responsivo e visceral. Os golpes têm peso, os inimigos reagem de forma convincente aos ataques, e há uma satisfação imensa em dominar o ritmo das batalhas. A mecânica de esgotamento da energia do inimigo adiciona uma camada tática interessante, permitindo golpes críticos devastadores em momentos oportunos.
Um diferencial interessante é a possibilidade de arremessar uma arma espiritual para causar dano crítico em pontos fracos dos inimigos, adicionando mais uma camada estratégica aos combates – mas exige velocidade e habilidade nos dedos.
Progressão e Personalização
A progressão em Khazan é multifacetada e satisfatória:
Sistema de atributos (vitalidade, resiliência, força, determinação, proficiência) aprimorados com Lacrima;
Árvores de habilidades específicas para cada arma, além de uma árvore geral;
Possibilidade de resetar habilidades a qualquer momento, incentivando experimentação;
Sistema de loot com equipamentos de diferentes raridades e bônus de conjunto, próximo do que vemos em jogos como Diablo.
Um aspecto particularmente elogiável é a flexibilidade do sistema de habilidades, que permite ao jogador redefinir sua build a qualquer momento sem penalidades. Isso incentiva a experimentação e permite adaptar-se facilmente a diferentes desafios.
Imagem Divulgação
Estrutura de Mundo e Missões
Diferentemente de Dark Souls, com seu mundo interconectado, Khazan adota uma estrutura baseada em missões acessíveis através de um hub central chamado “A Fenda”. Esta abordagem, reminiscente da série Nioh, tem prós e contras:
Pontos positivos:
Áreas mais focadas e meticulosamente desenhadas;
Progressão mais direta e menos confusa;
Facilidade para revisitar áreas específicas.
Pontos negativos:
Sensação de mundo menos orgânico;
Perda do aspecto de exploração interconectada;
Algumas missões secundárias reaproveitam mapas da campanha principal.
Cada área possui sua própria identidade visual e desafios únicos, com segredos e atalhos que recompensam a exploração cuidadosa. O design de níveis é competente, ainda que não revolucionário. O estilo mais “arcade” pode agradar e desagradar, mas é um modelo honesto e dinâmico para quem busca mais ação do que exploração.
Imagem Divulgação
Chefes: O Grande Destaque
Se há um aspecto em que The First Berserker: Khazan realmente brilha, é no design de seus chefes. Estes encontros são memoráveis, desafiadores e visualmente impressionantes. Cada chefe possui:
Design visual distintivo que combina estética anime com horror sobrenatural;
Mecânicas únicas que exigem aprendizado e adaptação;
Múltiplas fases que mantêm o jogador alerta;
Padrões de ataque variados que requerem diferentes abordagens.
Prepare-se para morrer muitas vezes antes de dominar cada um desses encontros épicos. Alguns jogadores podem achar frustrante a quantidade de vida de certos chefes, transformando algumas batalhas em maratonas de resistência, mas a satisfação de derrotá-los é proporcional ao desafio.
Em muitos momentos, mais que em qualquer souls/sekiro da vida, senti propenso a colocar na dificuldade mais fácil. Mas, como um bom soulsliker, a perseverança falou mais alto e fui até o fim. O problema é a escala de dificuldade, que não importa o momento em que você está no jogo, o próximo chefe pode ser fácil ou muito difícil, independente da fase.
Dica: caso fique preso em algum chefe, farme e upe bem seu Espírito Auxiliar, pois enquanto ele tanca os golpes do inimigo, você ganha um tempo para sua estamina se recuperar.
Imagem Divulgação
Visual e Atmosfera
O estilo visual de Khazan merece destaque por sua identidade própria. A combinação de estética anime com uma atmosfera sombria e sobrenatural cria um mundo com personalidade própria:
Cel-shading que dá um aspecto único aos personagens e inimigos;
Ambientes detalhados com uma paleta de cores que reforça a atmosfera opressiva;
Efeitos visuais impressionantes durante combos e habilidades especiais;
Cutscenes em diferentes estilos (incluindo sequências estilizadas em “tinta sob tela”).
A direção de arte consegue criar cenários memoráveis, embora ocasionalmente haja repetição visual em algumas áreas. A predominância do vermelho em certas seções pode tornar a experiência visualmente cansativa após longas sessões.
Narrativa e Personagens
A história de Khazan não reinventa a roda, seguindo uma trama de vingança clássica, mas é contada de forma competente:
Protagonista com motivações claras e um conflito interno literal (com o Espectro da Lâmina);
Narrativa entregue através de cutscenes e diálogos opcionais com NPCs;
Lore interessante que expande o universo de DNF;
Cinematografia razoável que realça momentos-chave.
A dinâmica entre Khazan e o Espectro da Lâmina, com motivações opostas (conexão humana versus desdém pela humanidade), adiciona uma camada interessante à narrativa, embora alguns personagens secundários sejam pouco desenvolvidos.
Imagem Divulgação
Dificuldade e Acessibilidade
Como esperado de um soulslike, The First Berserker: Khazan é um jogo desafiador, mas faz concessões interessantes à acessibilidade:
Seletor de dificuldade com opções “fácil” e “normal”;
Sistema de morte menos punitivo que outros jogos como Sekiro (apenas Lacrima é perdido, não todo o progresso);
Explicações básicas sobre mecânicas principais;
Recuperação de vida relativamente rápida em comparação com outros soulslikes.
No que andei pesquisando, mesmo no modo fácil, o jogo permanece bastante desafiador, e alguns elementos cruciais do gameplay não são bem explicados. Jogadores menos experientes no gênero ainda encontrarão uma curva de dificuldade íngreme.
Aspectos Técnicos
Em termos técnicos, The First Berserker: Khazan se sai bem:
Performance estável na maioria das situações, mesmo em PCs mais simples. Com minha RTX 4060, é fácil se manter acima dos 120 quadros por segundo com o gerador de quadros;
Carregamentos rápidos (especialmente importante após mortes frequentes);
Áudio disponível em inglês, japonês e chinês, com legendas em português brasileiro.
Ocasionalmente, alguns bugs gráficos como texturas desaparecendo e pequenas quedas de frame foram observados, mas nada que comprometa seriamente a experiência.
Imagem Divulgação
Conteúdo e Longevidade
O jogo oferece uma campanha principal de aproximadamente 35-50 horas, dependendo da sua habilidade e nível de exploração. Além disso:
Missões secundárias que, apesar de por vezes reaproveitarem mapas, adicionam contexto ao mundo e à lore dos NPCs;
Colecionáveis como jarros e cristais espalhados pelos níveis, que achei bem difícil de conseguir e é focado nos exploradores mais hardcore;
New Game Plus para quem deseja revisitar a experiência com seu personagem evoluído ou testar outro tipo de arma. É difícil pegar o jeito numa arma e depois trocar e reaprender tudo de novo. Confesso e indico para que faça a primeira run do jogo com apenas um tipo de arma.
Um Soulslike que Vale a Pena
The First Berserker: Khazan consegue o feito notável de se destacar em um gênero superlotado. Ao mesclar fórmulas consagradas com toques de originalidade e uma identidade visual marcante, o jogo entrega uma experiência viciante e recompensadora. O combate refinado, os chefes memoráveis e os sistemas de progressão bem implementados compensam largamente suas pequenas falhas.
Para fãs de jogos desafiadores, esta é uma adição essencial à biblioteca. Para novatos no gênero soulslike, pode ser uma porta de entrada menos punitiva que o habitual, embora ainda bastante desafiadora. Se você aprecia combates desafiadores, progressão satisfatória e uma estética única, não pense duas vezes: The First Berserker: Khazan merece seu tempo e dedicação.
Esta análise foi baseada na versão do jogo para PC concedida pela publisher.
O aguardado jogo de horror psicológico Post Trauma já está disponível para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PCvia Steam, conforme anunciado pela Raw Fury e RED SOUL GAMES. O título promete uma experiência aterrorizante inspirada nos clássicos do gênero survival horror.
Em Post Trauma, os jogadores assumem o papel de Roman, um maquinista de trem interpretado por Togo Igawa, que desperta em uma dimensão surreal após sofrer um intenso ataque de pânico. O protagonista se vê em um ambiente de arquitetura perturbadora, povoado por criaturas monstruosas saídas de seus piores pesadelos.
O jogo combina elementos de quebra-cabeças no estilo escape room com mecânicas de sobrevivência, desafiando os jogadores a explorar cuidadosamente ambientes distorcidos para desvendar mistérios enquanto lutam pela própria vida. Os jogadores podem escolher enfrentar as ameaças utilizando diversas armas ou buscar rotas alternativas para evitar confrontos diretos.
Para celebrar o lançamento, a versão para Steam está com 10% de desconto na semana de estreia. Há também uma Edição de Apoiadores disponível, que inclui o jogo base e a trilha sonora, com desconto de 13%. Para ficar por dentro das últimas novidades sobre PostTrauma, siga o jogo no Twitter.
A Raw Fury também divulgou um novo trailer de lançamento que apresenta a atmosfera sombria e os desafios que os jogadores enfrentarão nesta experiência de horror psicológico.