Abaixo das areias da famosa Praia do Futuro, em Fortaleza, chegam 16 cabos submarinos de fibra óptica que conectam o Brasil ao mundo.
São esses cabos submarinos que formam a espinha dorsal da internet mundial. Eles transportam quase todas as comunicações, mas, em um mundo de redes sem fio e smartphones, mal nos damos conta de que existem.
À medida que a internet se tornou mais móvel e sem fio, a quantidade de dados trafegando por cabos submarinos aumentou exponencialmente. E com o aumento da velocidade dos planos de internet banda larga essa infraestrutura ficou ainda mais robusta de cabos.
Atualmente, cerca de 600 cabos submarinos deinternet fibra óptica estão em operação no mundo e são responsáveis por mais de 97% do tráfego internacional de dados.
No Brasil, o principal ponto de chegada dessa conexão é a praia do Futuro, em Fortaleza (CE). A capital cearense abriga 16 cabos submarinos, o maior número da América Latina, ocupando a 17ª posição no ranking mundial, segundo dados da consultoria TeleGeography.
A escolha de Fortaleza como esse ponto estratégico se deve a diversos fatores: localização geográfica próxima de outros continentes, estabilidade do leito oceânico e a crescente produção de energia renovável no estado, como solar e eólica.
De acordo com o NIC.br, entidade que monitora a infraestrutura da internet no país, cerca de 90% do tráfego internacional de dados que entra ou sai do Brasil passa por Fortaleza.
Além da chegada dos cabos, a cidade conta com seis data centers de alto padrão, responsáveis por armazenar e distribuir dados usados por plataformas como Google, Netflix e Meta.
Esses centros de processamento são fundamentais para o funcionamento da internet residencial e dos serviços em nuvem.
Um novo megacomplexo está previsto para ser construído no Porto do Pecém, com previsão de operação em 2027 e investimento estimado em R$ 50 bilhões.
Essas “rodovias submarinas” são essenciais para garantir que a internet banda larga funcione com qualidade em todo o país, viabilizando o uso diário de serviços online, como streaming e armazenamento em nuvem.
Mesmo diante de eventuais falhas em algum cabo, a maior parte da internet residencial brasileira segue funcionando normalmente. Isso porque entre 70% e 80% dos dados consumidos no país já estão armazenados em território nacional, segundo o NIC.br.
A continuidade do serviço é garantida por estruturas de troca de dados como o IX.br, que conecta diferentes redes de forma eficiente e segura.
A participação acontece no São Paulo Expo, onde a empresa prepara uma ativação especial com 357m². No espaço, os visitantes vão explorar seis restaurantes temáticos com pratos da culinária japonesa tradicional.
O projeto da Sakura recria uma autêntica rua japonesa, repleta de referências visuais inspiradas em Tóquio. A ambientação traz arquitetura típica, iluminação suave e detalhes que remetem aos tradicionais yokocho, os becos gastronômicos do Japão.
A jornada culinária vai além da comida. Com uma proposta multissensorial, o público entra em um cenário que une tradição, inovação e um toque de cultura pop.
Durante os três dias de evento, a marca apresenta seis espaços com cardápios variados, convidando o público a saborear diferentes sabores da cozinha nipônica.
Seis restaurantes, uma viagem de sabores
Cada restaurante traz uma proposta única. Um deles serve apenas sushis e temakis. Já o espaço inspirado na Hello Kitty oferece corn dog, karaage, cake donuts, macarons e fudge brownie. Para beber, há pink lemonade e milkshake de paçoca com caramelo de missô.
Outro ponto gastronômico se dedica ao gyudon(tigela de arroz com carne) e guioza. Já um restaurante oferece yakissoba e niguiri de wagyu com shoyu Sakura Kin.
Em outro espaço, o cardápio conta com karê rice com tonkatsu, com opção vegana feita com berinjela, usando curry da House Foods. Por fim, um restaurante traz smash burger com molho barbecue e croqueta de ossobuco com sweet chilli.
Além disso, a marca aposta em um sistema atrativo de cashback. A cada compra de R$ 20, o visitante ganha 10% de cashback para usar em produtos Sakura. Compras acima de R$ 100 dão direito a uma porção grátis em um dos restaurantes do estande.
Gastronomia, cultura e tradição japonesa em destaque
“Participar do Festival do Japão é uma honra, ainda mais neste ano que marca os 130 anos do Tratado de Amizade Brasil-Japão”, afirma Roberto Otake, CEO da Sakura.
Segundo ele, a ação reforça o compromisso da marca com a preservação da cultura japonesa. Por isso, os seis restaurantes temáticos unem qualidade, tradição e novas experiências.
O Festival do Japão é um dos maiores eventos culturais do mundo, e celebra, em 2025, os 130 anos da amizade entre os dois países. Realizado por voluntários e sem fins lucrativos, o festival apoia 47 associações de províncias japonesas e 7 entidades beneficentes.
O público ainda confere apresentações musicais, danças tradicionais, workshops, cerimônia do chá e o concurso Miss Nikkey. Já os fãs da cultura pop encontram o Akiba Space, espaço voltado a animes, games, mangás e cosplay.
A última edição reuniu mais de 184 mil pessoas. Em 2025, a expectativa é ainda maior, com apoio de 15 mil voluntários e um Japão inteiro representado em um só lugar.
A Japan House São Paulo (JHSP) marca presença na 26ª edição do Festival do Japão, que acontece entre os dias 11 e 13 de julho, no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center. Nesta edição especial, o evento celebra os 130 anos do Tratado de Amizade Brasil-Japão, e a JHSP se une aoMAFF – Ministério da Agricultura, Florestas e Pescas do Japão, ocupando um espaço dentro da área temática do órgão japonês.
Para a ocasião, a JHSP preparou uma retrospectiva fotográfica das exposições passadas. O ênfase será em mostras que, de alguma forma, exploraram o universo da gastronomia japonesa. Essa curadoria resgata momentos marcantes da instituição ao longo dos anos, revelando como a cultura alimentar do Japão dialoga com temas contemporâneos e experiências sensoriais.
Embora esta seja a terceira participação da JHSP no Festival do Japão, a edição de 2025 ganha um destaque especial. A proposta atual não apenas homenageia a longa amizade entre os dois países, mas tambémamplia o diálogo com as propostas do MAFF, como agricultura sustentável, tradição culinária e intercâmbio cultural.
Exposição sobre a Expo 2025 e a presença especial de Myaku-Myaku
Entre os destaques levados ao festival, está a exposição “Expo 2025 Osaka, Kansai, Japão”, que atualmente está em cartaz no segundo andar da JHSP até 24 de agosto. A mostra oferece um vislumbre do pavilhão japonês naExpo Mundial, um dos maiores eventos internacionais dedicados aos desafios contemporâneos. Neste contexto, os visitantes podem conhecer melhor as tecnologias, soluções sustentáveis e o legado cultural que o Japão apresentará ao mundo em 2025.
Além disso, o espaço da JHSP no Festival do Japão contará com a presença do carismático Myaku-Myaku, mascote oficial da Expo Mundial. Criado a partir da fusão entre células vermelhas e água azul pura, o personagem simboliza um ciclo constante de transformação e descoberta. Seu nome deriva do termo japonês “myaku”, que significa pulso ou batimento, e representa tradição, fluidez e continuidade.
Os visitantes poderão encontrar o Myaku-Myaku nos seguintes horários:
11 de julho: às 11h30 12 de julho: às 11h, 14h, 16h e 18h 13 de julho: às 11h, 14h, 16h e 17h
A programação oferece momentos perfeitos para fotos, interação com o público de todas as idades e um mergulho lúdico no universo da Expo 2025.
Festival do Japão: tradição e inovação
O Festival do Japão é um dos maiores eventos de cultura japonesa fora do Japão, reunindo gastronomia, arte, tecnologia, tradições e muito mais. Em 2025, ele acontece em três dias de intensa programação:
Com essa participação, a JHSP reafirma seu papel como ponte entre o Japão e o Brasil, promovendo encontros culturais significativos que vão além da estética – conectando pessoas por meio da arte, da história e dos sabores.
Prepare-se para ação intensa e muita diversão com o Teamfight Tactics: K.O. Coliseu, o mais novo conjunto do jogo que transforma o campo de batalha em um verdadeiro torneio anime. A atualização gratuita chega na quarta-feira, 30 de julho, junto com o patch 15.1 — e promete entregar uma das experiências mais caóticas e empolgantes que o TFT já viu.
O conjunto 15 convida os jogadores a montar suas equipes com personagens icônicos em um cenário inspirado em lutas clássicas de anime. Quer jogar como uma garota mágica com a Seraphine? Ou prefere dominar o tatame com as posturas de batalha do Lee Sin? Talvez invocar um Mech supremo seja mais a sua cara. Independentemente do estilo, a nova atualização entrega fantasia, combate e muita estratégia.
Além disso, a Riot já liberou o logotipo oficial e a arte principal do K.O. Coliseu.
Imagem Divulgação
Final de semana com torneio Tactician’s Crown e revelações exclusivas
O TFT também anunciou uma programação especial para o fim de semana de lançamento, com o Tactician’s Crown – Cidade Cibernética e várias ativações para dar as boas-vindas ao K.O. Coliseu. As datas já estão marcadas: de sexta-feira, 11 de julho, até domingo, 13 de julho, o público poderá acompanhar torneios, estreias e conteúdos exclusivos.
Sexta-feira, 11 de julho
Torneio Tactician’s Crown – Cidade Cibernética: 40 jogadores competem em 6 partidas emocionantes.
Estreia da animação oficial de lançamento do Conjunto K.O. Coliseu.
Sábado, 12 de julho
Os 32 melhores jogadores seguem para mais 7 partidas no Tactician’s Crown.
Revelação de um vídeo especial sobre o Circuito Profissional de TFT.
Domingo, 13 de julho
Os 8 finalistas disputam o título de campeão da Cidade Cibernética.
Transmissão do aguardado Dev Drop do K.O. Coliseu, com bastidores da produção e comentários dos desenvolvedores.
Apresentação de uma partida de exibição especial com o novo conjunto, encerrando o evento em grande estilo.
Surpresas, bastidores e muito conteúdo exclusivo
O K.O. Coliseu não é apenas uma atualização: é uma carta de amor aos fãs de anime e estratégia. A Riot promete surpresas extras ao longo do fim de semana, além de mostrar os bastidores e a inspiração por trás do novo conjunto.
Por isso, se você é fã de TFT e cultura pop asiática, este é o momento perfeito para mergulhar de cabeça no universo do jogo. E você, já escolheu seu time para o K.O. Coliseu?
O Salvador Norte Shopping será palco de uma edição especial do Festival da Cultura Japonesa, trazendo pela primeira vez o Bon Odori para o ambiente do shopping. O evento acontece em duas etapas: de 17 a 20 de julho e de 25 a 27 de julho, no piso L3, com entrada gratuita.
O tema escolhido para esta edição é “Amuletos Japoneses nas Terras Baianas”, inspirado nos omamori, tradicionais talismãs japoneses que simbolizam proteção, sorte e bons encontros. A proposta busca unir o espírito japonês ao calor da cultura baiana, oferecendo uma mensagem de esperança e conexão.
Oficinas criativas com vagas limitadas
Durante os sete dias de evento, o público poderá participar de oficinas de origami, shodō (caligrafia japonesa) e mangá, além de atividades de robótica. As inscrições devem ser feitas pelo aplicativo do Salvador Norte Shopping, com vagas limitadas.
As oficinas de origami acontecem todos os dias às 16h e 16h30, com turmas de 12 pessoas. Já as oficinas de mangá e shodō têm datas específicas e comportam até 10 participantes cada, com duração de 30 minutos.
Programação diversificada
A programação inclui apresentações de dança japonesa, artes marciais, grupos de J-Pop, bate-papos sobre cultura japonesa e concursos de cosplay. Entre os destaques estão as apresentações dos grupos Hanabi, Wadō e LD Muses, além de sorteios de ingressos para o Bon Odori 2025.
O evento também conta com o “Robodori”, atividade que combina robótica com elementos da cultura japonesa, e diversos bate-papos temáticos, incluindo discussões sobre o XVII Festival da Cultura Japonesa de Salvador.
Prévia do evento principal
Esta edição no shopping funciona como uma prévia do evento principal, que acontecerá nos dias 5, 6 e 7 de setembro no Parque de Exposições, onde o Bon Odori retorna em sua versão completa. O festival é reconhecido como o maior evento de cultura japonesa da Bahia.
A iniciativa representa uma oportunidade única para o público conhecer e vivenciar aspectos da cultura japonesa em um ambiente acessível, fortalecendo os laços culturais entre o Japão e a Bahia através de tradições milenares adaptadas ao contexto local. Mais detalhes e programação completa AQUI.
A Casa Bauducco se une à Bauducco e à PlayStation para lançar duas sobremesas exclusivas inspiradas no universo dos games. O motivo? Celebrar os 30 anos da PlayStation com sabor e estilo. A campanha promocional Bauducco Cookie Dourado apresenta os novos Play Big Cookie e Crunch Big Cookie, que estarão disponíveis por tempo limitado nas mais de 200 lojas da rede espalhadas pelo Brasil.
Quem comprar uma das sobremesas da collab ganha um número da sorte para concorrer a uma viagem inesquecível para a Califórnia, com uma experiência nos estúdios da PlayStation. Além disso, quem gastar acima de R$ 60 nas lojas da Casa Bauducco — incluindo ao menos um produto participante — recebe dois números da sorte. Ou seja, quanto mais você consome, maiores as chances de ganhar.
O Play Big Cookietraz o clássico Bauducco Big Cookie coberto com sorvete de creme e calda de chocolate. Já o Crunch Big Cookieadiciona uma camada extra de textura com um crumble crocante feito do mesmo cookie, também servido com sorvete de creme e calda de chocolate.
Além de celebrar os games, essa collab fortalece o vínculo entre inovação, experiência de marca e afeto. Afinal, doces que remetem à infância combinam perfeitamente com a nostalgia gamer.
Promoção Bauducco Cookie Dourado
A campanha vai além do balcão. Ela reforça o elo entre Casa Bauducco, Bauducco e o programa de relacionamento Bauducco Todo Dia, unificando os canais e ampliando as experiências de consumo. O Big Cookie, estrela das novas sobremesas, também estará disponível para compra nas prateleiras “B” das cafeterias, junto com toda a linha de cookies da marca.
E tem mais: ao adquirir qualquer cookie da linha, o cliente pode encontrar os “cookies dourados” — vouchers premiados escondidos nas embalagens. Eles resgatam a nostalgia das promoções clássicas e aumentam o fator surpresa da campanha.
A mecânica da promoção é simples. O consumidor pode participar de duas maneiras:
Prêmios instantâneos: basta abrir a embalagem e checar a base interna. Se encontrar o cookie dourado, leva um PS5 na hora. Outros cards premiam com cadeira gamer, fone de ouvido ou cartão-presente PlayStation.
Sorteio da viagem: ao cadastrar os produtos no site da promoção ou via WhatsApp (11) 5108-1742, o cliente recebe números da sorte. Compras acima de R$ 60 na Casa Bauducco e interações anteriores com promoções da marca garantem chances extras.
A promoção está válida em todo o território nacional até 31 de julho de 2025 para maiores de 18 anos. Importante: o consumidor deve guardar os cupons fiscais e as embalagens premiadas para validar os prêmios.
Sobremesas e prêmios
Se você quer provar as delícias e ainda concorrer a prêmios, anota aí:
Sobremesas exclusivas da campanha:
Play Big Cookie: Bauducco Big Cookie com sorvete de creme e calda de chocolate — R$ 9,90
Crunch Big Cookie: Sorvete de creme, calda de chocolate e crumble de Big Cookie — R$ 15,90
Disponibilidade: em todas as unidades da Casa Bauducco até 31 de julho de 2025, ou enquanto durarem os estoques.
Mecânica do sorteio da viagem:
Cadastrar a compra no site oficial da promoção ou via WhatsApp
Conquistar números da sorte e concorrer a uma experiência exclusiva nos estúdios da PlayStation, na Califórnia
Prêmios instantâneos:
PS5 (com o cookie dourado)
30 cadeiras gamer
200 fones de ouvido
2.000 cartões-presente PlayStation
Com essa collab inédita, a Casa Bauducco transforma mais uma vez o consumo em uma experiência completa — com sabor, memórias e um toque gamer.
A Sato Company comemora quatro décadas de atuação trazendo aos cinemas brasileiros uma celebração à altura da sua história. A distribuidora, pioneira na exibição de filmes asiáticos no Brasil, lança um festival inédito dedicado ao Estúdio Ghibli, que também completa 40 anos em 2025. A ação marca uma parceria histórica entre duas potências do audiovisual asiático e reafirma o compromisso de ambas com a cultura japonesa.
O festival reúne os maiores clássicos da animação japonesa, com um total de 22 títulos, com uma programação em duas etapas. A primeira parte estreia em setembro nos cinemas e conta com 14 longas que marcaram gerações. Mais do que um simples resgate, essa é uma oportunidade única para ver ou rever essas obras no formato original de exibição: a tela grande.
O Estúdio Ghibli, fundado por Hayao Miyazaki, Isao Takahata e Toshio Suzuki, conquistou o mundo com sua mistura de lirismo, crítica social e elementos da cultura japonesa. Agora, o público brasileiro poderá viver essa magia de forma imersiva, com cópias restauradas e áudio original.
Clássicos e obras marcantes da animação mundial
Entre os destaques da Mostra Ghibli – Parte 1 está A Viagem de Chihiro (2001), vencedor do Oscar de Melhor Animação. A história da jovem Chihiro é um marco do estúdio, além de ser eleito pelo New York Times como o 9º melhor filme do século XXI.
Outro destaque é Meu Amigo Totoro (1988), que apresenta uma amizade encantadora entre duas irmãs e o espírito da floresta. O personagem Totoro se tornou símbolo da produtora e conquistou fãs em todo o planeta. Na mesma linha emocional, Túmulo dos Vagalumes (1988) comove com a história de dois irmãos tentando sobreviver aos horrores da Segunda Guerra Mundial.
Já O Castelo Animado (2004), também dirigido por Miyazaki, leva o espectador a um universo mágico com castelos ambulantes, feitiços e romance. Enquanto isso, Ponyo: Uma Amizade que Veio do Mar(2008) mistura ecologia e conto de fadas em uma releitura da Pequena Sereia.
Outras joias do catálogo Ghibli
Além dos sucessos mundiais, a Mostra traz obras menos conhecidas, mas igualmente importantes. Memórias de Ontem (1991) apresenta uma história madura sobre memórias e decisões de vida. Já Pom Poko (1994) é uma sátira ecológica estrelada por guaxinins mágicos. Meus Vizinhos os Yamadas (1999) explora o cotidiano de uma família japonesa com humor e uma estética visual única.
O épico Nausicaä do Vale do Vento (1984) também integra a seleção. Embora anterior à fundação oficial do estúdio, o filme influenciou diretamente a criação do Ghibli. Outros títulos incluídos são: Sussurros do Coração (1995), um romance juvenil sobre arte e amadurecimento; Eu Posso Ouvir o Oceano (1993), que retrata a juventude urbana com realismo e sutileza; e Porco Rosso: O Último Herói Romântico (1992), uma aventura aérea ambientada no período entre guerras.
O público também poderá conferir Vidas ao Vento (2013), inspirado na trajetória do engenheiro responsável pelo famoso caça japonês Zero, e O Serviço de Entregas da Kiki (1989), que narra as aventuras de uma jovem bruxa aprendendo a viver sozinha.
Uma homenagem aos 40 anos de legado
Imagem Divulgação
A Mostra Ghibli – Parte 1 representa mais do que uma seleção de filmes. Trata-se de uma homenagem ao impacto duradouro do estúdio japonês na cultura global e ao papel da Sato Company em democratizar o acesso ao cinema asiático no Brasil. Essa parceria celebra a imaginação, a beleza visual e os temas universais que fizeram do Ghibli um nome lendário na animação.
Portanto, prepare-se. A primeira parte do festival estreia em setembro com cópias restauradas, trilhas memoráveis e narrativas que continuam a emocionar gerações. Seja você um fã de longa data ou alguém que está descobrindo o estúdio agora, essa é uma oportunidade imperdível de viver a magia Ghibli no cinema.
Na tarde do último sábado (21), aBienal do Livro do Rio 2025 foi tomada por uma atmosfera intensa com o bate-papo “E.L.A.S: Novas Vozes Femininas do Thriller Internacional”, promovido pela DarkSide Books em seu estande. Três dessas principais vozes, as escritoras norte-americanas Kate Alice Marshall (O Que Está Lá Fora), Sam Holland (O Colecionador de Monstros) e Jess Lourey (Garotas na Escuridão) marcaram presença e emocionaram o público ao compartilharem histórias pessoais e os bastidores sombrios por trás de suas obras.
“Eu gosto de explorar profundamente pessoas destruídas por dentro”
A americana Kate Alice Marshall falou sobre sua relação pessoal com o gênero terror e sobre como sua obra é fruto de memórias de infância marcantes. “Foi passando por um processo de descoberta que eu percebi que o que eu gostava era de explorar profundamente pessoas totalmente, vamos dizer, destruídas por dentro”, contou. “E tinha um gênero que fazia isso, que era o terror. Então, a partir daí, depois que eu descobri esse gênero, o resto vocês já sabem.”
Ao ser perguntada sobre como transformou uma vivência pessoal em um livro, Kate compartilhou a origem mágica e inquietante de O Que Está Lá Fora. “Quando eu tinha 12 anos, eu tinha uma melhor amiga. Nós brincávamos de criar juntas um mundo mágico, com feitiços e monstros, de forma bem elaborada. A gente tinha um acordo: não acreditávamos naquilo, mas fingíamos que acreditávamos. Mas era tão forte que realmente parecia real às vezes.”
A escritora relembrou como essa fantasia evoluiu para um enredo sombrio. “Eu lembro de, às vezes, estar deitada na cama e pensar: ‘Se eu quiser mais um pouquinho, eu consigo manifestar esse negócio’. A gente fazia como se fosse real mesmo. Então eu pensei: quem são essas meninas 20 anos depois? E se elas estão guardando um segredo por tanto tempo, ele tem que ser algo realmente terrível.”
Ela imaginou um cenário sinistro: “E se essas garotas encontrassem um esqueleto? E ao invés de chamar a polícia, elas tirassem partes desse esqueleto e levassem pra casa? A história foi se formando a partir disso, misturando essa memória bonita com um desvio para algo bem mais sombrio.”
“Sempre amei a escuridão da vida”
Sam Holland revelou que sua obsessão pelo lado obscuro começou cedo. “Uma das primeiras obras que despertaram meu interesse foi algo como Popeye: o bebê foi sequestrado!”, brincou. “Eu sempre amei a escuridão da vida. Quando eu era jovem, curiosamente, meu pai me deu um livro sobre venenos, e isso manteve meu interesse em medicina e psicologia. Eu queria saber o motivo das pessoas fazerem o que elas fazem.”
Sam explicou como isso a levou a escrever thrillers psicológicos e livros sobre serial killers. “Quando eu penso nas histórias dos meus livros, eu penso: ‘o que eu quero saber sobre tal assunto?’ E, evidentemente, são sempre temas muito obscuros e perturbadores, mas fascinantes. Eu gosto muito de explorar os motivos por trás da mente das pessoas. Tem a ver com psicologia, com essa curiosidade profunda sobre o que leva alguém a cometer certos atos.”
Sobre seus processos criativos, ela foi direta: “Eu só sigo o que eu estou interessada e o que eu quero escrever: crime, thrillers e serial killers.”
“Foi poderoso encontrar justiça para essas garotas na ficção”
Jess Lourey trouxe uma das histórias mais tocantes da tarde. “Meu livro The Quarry Girls foi ambientado em 1974, em St. Cloud, Minnesota. Na época, a cidade tinha cerca de 40 mil habitantes. Eu tinha 4 anos e fui com minha irmã, de 6, a um restaurante. Roubamos algumas balas, e quando saímos, um carro da polícia parou. Os policiais mandaram a gente entrar no carro.”
Ela contou que acreditou estar sendo presa pelo pequeno furto, mas logo entendeu que a história era mais séria. “Na verdade, duas meninas da nossa idade haviam sido sequestradas. E por 30 dias, ninguém sabia onde elas estavam. Só duas semanas depois é que a polícia começou a procurar. Quando encontraram, estavam mortas em uma pedreira.”
O impacto daquele momento permaneceu com ela por décadas. “Eu guardei essa história até 2020, quando decidi investigar. Descobri que, naquele ano, havia dois serial killers atuando na cidade. E ninguém jamais descobriu quem matou aquelas meninas. Escrever esse livro foi minha forma de dar justiça para elas, mesmo que na ficção. Porque na vida real, seus pais nunca tiveram justiça.”
Leituras que moldaram suas vozes
No fim do bate-papo, as autoras compartilharam recomendações para seus leitores e fãs que também querem começar a escrever. Jess sugeriu Meagan Abbott e a irlandesa Tana French: “Elas escrevem personagens complexos e thrillers profundos. Se vocês procurarem mulheres autoras de thriller, vão encontrar muitas histórias com profundidade e grandes modelos para se inspirar.”
Sam mencionou a escritora de biografias que escrevia com pseudônimo masculino James Tiptree Jr. “Ela teve uma infância difícil, uma vida intensa, e morreu num assassinato-suicídio. Isso me fez pensar sobre a complexidade das pessoas.”
Kate deu um conselho inusitado para quem quer escrever: “Mesmo que eu odiasse o livro, eu lia até o fim. Depois, eu anotava o que gostei e o que detestei. O que eu quero repetir e o que quero evitar. Isso me ajudou a entender que tipo de escritora eu queria ser.”
Encerrando a mesa, as autoras foram recebidas calorosamente pelos admiradores em uma sessão de autógrafos lotada. Entre selfies, abraços e livros assinados, ficou claro: histórias sombrias contadas por mulheres têm luz própria e um público cada vez mais fiel.