Os três mosqueteiros com certeza é uma das histórias mais conhecidas do mundo. Seja pelas obras cinematográficas (que são um verdadeiro fiasco) ou pela literatura original, é um grande conto épico que esteve presente na vida de muitos. Recentemente, fomos surpreendidos com a notícia de que não só viria um, mas dois novos filmes que adaptam a obra original. Olha, mesmo sem ter contato algum com a obra, me peguei muito curioso para ver o que podia vim daqui. Dito isso, a curiosidade me venceu e o sucolino foi lá conferir Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan. Então, fica aqui que vou te contar um pouco sobre.

História

Dentro dessa obra, acompanhamos D’Artagnan (François Civil) no início de sua aventura para se tornar um mosqueteiro. No entanto, no meio dessa jornada ele acaba cruzando com os Três Mosqueteiros, Porthos (Pio Marmaï), Athos (Vincent Cassel) e Aramis (Romain Duris) que o leva para um terrível jogo de conspirações e traições.

Com isso, o contexto é relativamente simples, mas dentro ele guarda uma complexidade tremenda, e esse é com certeza um dos pontos positivos do filme. Mesmo que não seja um grande conhecedor da obra original, é nítido como o diretor Martin Bourboulon a valoriza muito. Afinal, Martin traz elementos de mistério, investigação e o famoso disse e me disse.

Assim, vivemos o verdadeiro jogo por poder e disputa, o que acaba sendo bem interessante levando em consideração a proposta de ser o mais fiel ao original. Acredito que nesse quesito a narrativa já se paga e se torna bem chamativa, ainda mais para aqueles que já acompanham a obra original, é claro.

Os Três Mosqueteiros: D'Artagnan
Imagem Divulgação

Pontos Principais

Outro grande ponto a se destacar são as cenas de ação que seguem em plano sequência. Me surpreende muito ver cenas assim que não parecem que o cinegrafista está perdido em meio à toda aquela agonia. Sem dúvidas isso é um ponto muito atrativo da obra, fica muito divertido ver toda aquela coreografia bem feita com pulos, mortais, duelos de espadas e tiros bem na moda antiga. Com certeza não é o ponto mais atrativo (pois são poucos os grandes momentos de combate), mas é um ótimo ponto a se levar. Ainda mais se falarmos sobre como maior parte da indústria falha drasticamente ao tentar reproduzir ação em plano sequência. Dito isso, Martin, você está de parabéns!

No entanto, nem tudo são flores, a narrativa tem uma trama que não parece se importar tanto com o espectador comum. Isso pode parecer um acerto para quem é amante das obras originais, mas levando em conta que existe um grande público que nunca se quer tocou nessas literaturas, o longa se perde muito nisso ao se deixar levar toda a adaptação ao pé da letra demais.

Por exemplo, alguns momentos senti que se tornou confuso justamente por não ter tido essa leitura. Assim, acaba sendo um problema, pois se não é atrativo para um grande público, com certeza terá baixo lucro e deixará muitas pessoas desanimadas.

Os Três Mosqueteiros: D'Artagnan
Imagem Divulgação

Mesmo assim, relaxa se você não leu e está curioso! Apesar de existir sim esse problema, não é nada que te faça perder o rumo da historia de nossos mosqueteiros, apenas é uma ressalva a algo que dava para ser muito melhor.

Veredito

Dito isso, vejo esse novo longa como um grande acerto e ele se torna maior ainda por ser dividido em duas partes. A impressão que fica é que o filme é realmente feito para os fãs, agradando mais um público e talvez distraindo mais um outro. O que não foi meu caso, que saí da sala com uma tremenda vontade de me aproximar mais da obra original.

Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan
Imagem Divulgação

Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan com certeza valerá a pena se você procura um épico com muitas intrigas e um drama na medida certa. Agora fica ai a espera para o próximo longa (que chega ainda esse ano) e a expectativa para que acertem ainda mais

Um por todos, e todos por um!

REVIEW
Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan
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Fernando Oliveira
Jornalista em ascensão, cinéfilo e perito em filmes ruins de qualidade duvidosa.
os-tres-mosqueteiros-dartagnan-reviewEm um Reino dividido pelas guerras religiosas e ameaçado pela invasão da Inglaterra, um grupo de homens e mulheres cruzará suas espadas e unirá seu destino ao da França em Os Três Mosqueteiros: D'Artagnan. Segue-se d'Artagnan, um jovem gascão espirituoso que é dado como morto depois de tentar salvar uma jovem de um sequestro. Ao chegar a Paris, ele tenta por todos os meios encontrar seus agressores. Mal sabe ele que sua busca o levará ao centro de uma guerra real onde o futuro da França está em jogo. Aliado a Athos, Porthos e Aramis, três mosqueteiros do Rei com perigosa imprudência, d'Artagnan confronta as maquinações sombrias do Cardeal de Richelieu. Mas é quando ele se apaixona perdidamente por Constance Bonacieux, a confidente da rainha, que d'Artagnan está realmente em perigo. Porque é essa paixão que o leva atrás daquela que se torna sua inimiga mortal: Milady de Winter.