Sabrina, Aprendiz de Feiticeira foi uma série icônica para a maior parte das crianças e adolescentes doa anos 90 e 2000.
Apesar de sua popularidade ter caído nas últimas duas temporadas, gerando seu cancelamento, por muito tempo as histórias da bruxa adolescente permaneceram em nossas memórias e corações.
Pensando nisso, a Archie Comics – editora de histórias em quadrinhos – lançou em 2014 “Chilling Adventures of Sabrina” uma versão mais sombria da bruxinha, que culminaria na série de mesmo nome lançada em outubro pela Netflix.

Nova Série
Anunciada em 2017, e com filmagens iniciadas em 2018, a série prometeu em seus trailers e teasers trazer uma nova versão do que já conhecíamos sobre a aprendiz de feiticeira. Ambientada na década de 60, Sabrina Spellman é uma mestiça de bruxa que está prestes a completar seus 16 anos, onde ela então terá que fazer seu batismo das trevas e abraçar todo o seu lado bruxo. Porém, fazer o batismo significa também abandonar todo o seu universo humano: escola, amigos e namorado. Presa entre os dois mundos Sabrina precisa decidir que lado ela irá permanecer, ao mesmo tempo que lida com criaturas das trevas, problemas familiares, bullying e conspirações.
Com 10 episódios já lançados, e um especial de natal anunciado, O Mundo Sombrio de Sabrina entrega o que ele prometeu: uma série de bruxas adolescentes mais sinistra e cheia de referências ao ocultismo. Percebe-se, desde o primeiro episódio, que também há uma constante preocupação dos roteiristas em incluir temas polêmicos que tiveram discussões iniciadas na década de 60 e permeiam até hoje, como o machismo e o bullying praticado nas escolas (e ignorado pelos adultos).

Início Intenso
Apesar de acreditar que a série tenha sido bem fiel ao que ela prometeu aos espectadores, eu me senti um pouco perdida após o episódio 4. Os primeiros episódios da série são intensos, criam um ar de mistério e tensão que te prendem e te deixam aflitos com as decisões – porém – após o terceiro episódio ela acaba amenizando, dando soluções práticas (até demais) para a protagonista, tornando tudo mais uma série de eventos sobrenaturais do que uma batalha interna entre escolher que lado tomar.
Sendo uma série adolescente, é claro, não podemos exigir grandes tramas com enredos mais densos, mas ainda assim eu sinto que os roteiristas – mais uma vez – subestimam a plateia e criam episódios bobinhos, sem grande desenvolvimento ou problemática.

Fotografia Nostálgica
Quanto a estética, trilha sonora ou efeitos da série eu só tenho elogios. A fotografia é linda, nostálgica; os figurinos são bem clássicos e bonitos; a maquiagem é bem feita, e os efeitos visuais também.
Séries sobrenaturais as vezes padecem nesses aspectos por causa dos baixos orçamentos, mas não é o caso de Sabrina, ela faz tudo com maestria.
Uma Série Divertida
Com episódios bem longos para a média – podem chegar até 60 minutos – O mundo sombrio de Sabrina encanta, mas não cativa plateias mais velhas (que é o meu caso) e acaba tropeçando em desenvolver roteiros mais envolventes.
Ainda assim é uma série divertida e interessante, que não acerta em tudo, mas também não erra, e tem possibilidades altas de melhorar e crescer.
https://www.youtube.com/watch?v=c1N3tpnmy-c&feature=youtu.be