Assistimos ao novo filme da Disney-Pixar, O Bom Dinossauro. Confira um pouco das aventuras de Arlo!
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Como pude descobrir ao chegar à sessão (dublada), o filme era infantil. Inicialmente me pareceu estranho para uma exibição de imprensa a grande quantidade de crianças na sala, mas me conformei com o fato de que elas estavam certas em estar lá. Com as novas regras de aposentadoria, o negócio é começar a trabalhar o mais cedo possível.
O Bom Início
Ao começar O Bom Dinossauro, há uma pequena introdução, na qual o asteroide que colidiu com a Terra e causou a extinção em massa dos dinossauros se aproxima rapidamente e …. passa reto. Um pequeno “flash forward” de alguns milhões de anos e finalmente somos apresentados aos primeiros personagens. E as crianças não começaram a gritar alucinadamente na sessão. Um bom começo.
A história se passa no que para os norte-americanos, é cenário bastante familiar, do noroeste dos Estados Unidos, com uma visível inspiração no parque nacional de Yellowstone, com sua ampla variedade de terrenos, e seu entorno, junto com figuras bastante conhecidas, que são os dinossauros norte-americanos, grupo a que o nosso protagonista falante Arlo pertence.
Isso torna o filme diferente das recentes animações, por se passar inteiramente “do lado de fora”, na natureza, e garantiu uma oportunidade excelente de mostrar o talento do estúdio. O diretor teve o cuidado de fazer uso de cores vibrantes para o ambiente, e os artistas fizeram um excelente trabalho na animação do cenário, que é um personagem por si só ( os créditos fazem menção a um time inteiro responsável pela simulação de vegetais. VEGETAIS.). O resultado é uma fotografia incrível, que é um entretenimento à parte, do começo ao fim do filme.
A Boa Narrativa
Isso, junto com referências e piadas pontuais que provavelmente só poderão ser percebidas por adultos, sem vulgaridade (uma pena, para os fãs de Deadpool como eu), torna o filme bastante agradável e apreciável para os pais que forem levar seus filhos ao cinema. Eu particularmente fiquei impressionado com uma das criaturas de estimação do tricerátopo.
A linha narrativa e sua temática não inovam tanto quanto poderiam, em seu centro, por tratarem de temas bastante trabalhados no cinema(família, medo, superação de si próprio e amizade), e mais de uma vez pela própria Disney e Pixar.
Os papéis inicialmente desempenhados pelos protagonistas acabam por se inverter ao longo do filme, a fim de ressaltar o desenvolvimento do protagonista titular, de forma que ele passa a aceitar a si próprio e encontrar o seu lugar na família, problema com o qual tinha vivido até então, e constrói uma relação estreita com seu “pet” humano.
A animação inova levemente ao inserir personagens em uma “semi-sociedade dinossaura”, e ao tratar a natureza como um personagem central ambivalente, atuando ora como antagonista, ora como auxiliadora.
Um Bom Filme
De maneira geral, o filme atinge o que propõe, embora não tenha sido a melhor das animações da Pixar.
O que deixa de marcante são os lindos cenários naturais que estabelecem um novo patamar de qualidade, que espero que todos tomem como referência e tentem superar, para o deleite de nossos olhos.
Texto por Pona