Adolescentes buscam comprar bebidas alcoólicas, porém sua idade não permite que possam comprar em uma loja, eis que uma mulher faz essa “caridade” a eles e ajudam os jovens e isso escala para um nível o qual essa mulher começa a ceder seu porão para festas noturnas de adolescentes de todas as escolas para beber até amanhã de manhã.

Isso rola até eles estranharem alguns costumes da dona de casa perante aos seus convidados, e isso vêm de um passado sombrio de bullying e amargura durante anos. Parece fantástico toda essa trama, pena que é uma das piores coisas que já foi apresentada do gênero terror neste ano. Cenas fortes não escondem um desastre; Esquadrão Suicida fez escola afinal.

Octavia Spencer

O elenco é esquecível, inclusive o Luke Evans, mas a protagonista Sue Ann, a vilã da história como principal foi uma bela surpresa, a atriz Octavia Spencer conseguiu trazer uma bela e aterrorizante psicopata, nada marcante para história, mas convincente para a trama.

Uma mulher que amarga todos os acontecimentos de sua adolescência, o velho bullying que miram as crianças “diferentes”, tudo isso alimenta seu desejo de vingança e a loucura por ser aceita em um grupo de adolescentes populares, uma mistura de distúrbio mental e loucura que te convence ao decorrer da história.

Sue Ann é apresentada como uma simples dona de casa, uma mulher bondosa que sutilmente se torna essa vilã maluca, interpretando que nunca existiu uma transformação de personalidade, e sim que ela sempre foi assim, uma mulher sedenta por vingança contra os bullyings e amargurada por rejeição, um ponto interessante para trabalhar em uma personagem.

Ela têm uma profundidade extraordinária que te cativa, uma vilã que não parece algo grandioso, de certa forma comum para o gênero, e de passo a passo ela começa a por em prática todo seu esquema de vingança, e ainda existe o amor guardado por aquele que ela se apaixonou pela primeira vez. Até onde uma pessoa consegue carregar um sentimento desse? No caso da Sue Ann, por um longo tempo de vida, e finalizando sua existência aos braços do seu amor, porém esse jaz em sua cama por ela mesma.

Buracos e Roteiros

Porém um personagem tão bem trabalhado não consegue carregar o desastre desse filme, um termo forte, mas há suas razões, começando pelas crateras de roteiros existentes no filme, como ela já saber quem era cada adolescente, existia rede social no tempo dela?

Correu atrás de seus ex-colegas de sala para seguir seus perfis na internet? Aos poucos o número de jovens cresce e o porão se torna o pico mais alto dos adolescentes, começou a popularizar como se fosse uma balada na Rua Augusta, e sessou como se nunca tivesse existido, a filha dela é apresentada como uma doente, ela sendo mãe cuidadora, não a deixa ir para a escola, era cadeirante, começa a andar normalmente, resumindo, ela foi apresentada como uma doente sem estar doente, e o filme não deixa claro, o quão doente ela está. Foi muito mal apresentado!

Agora se existe um marco negativo de forma nítida, está no roteiro, a demora para o terror começar a se desenrolar, as cenas que ameaçam acontecer alguma coisa, tudo isso não esconde os 3/4 de filme adolescente meloso que pode ser colocado como uma barriga enorme e chata que somos obrigados a assistir, e colocar cenas de bocas costuradas, facadas na barriga e ferro de passar queimando a pele não impacta, não convence, tudo por culpa dessa horrorosa história.

A vontade é de esquecer que esse filme aconteceu, não dá vontade de dormir, a vontade mesmo é de levantar e ir embora, uma grande perda de tempo cinematográfica.

Desastroso…

Dentro do gênero horror/thriller, Ma se junta aos grandes desastres do gênero terror, sendo um ponto fora da curva de 2019, pois o gênero têm se redimido aos poucos esse ano, a chance de ser esquecido pelo público é grande, talvez alguém possa gostar, mas as chances são pequenas, sinceramente um filme que beira os padrões desastrosos do que já esteve em cartaz no cinema.

REVIEW
MA
Artigo anteriorMulher Maravilha 1984 | Pôster traz Diana em novo traje
Próximo artigoA expansão Sol e Lua – Sintonia Mental chega em agosto
Baraldi
Editor, escritor, gamer e cinéfilo, aquele que troca sombra e água fresca por Netflix e x-burger. De boísta total sobre filmes e quadrinhos, pois nerd que é nerd, não recusa filme ruim. Vida longa e próspera e que a força esteja com vocês.
ma-reviewEm “Ma”, Octavia Spencer é Sue Ann - uma solitária que mora em uma tranquila cidade de Ohio. Um dia, Sue Ann conhece um grupo de adolescentes que pede sua ajuda para comprar bebida alcóolica e, de repente, ela vê a chance de fazer novos amigos. Conforme se aproxima dos adolescentes, Sue oferece à eles uma oportunidade irrecusável: fazer festas e curtir com os amigos na casa dela, um lugar seguro onde nada os impediria de fazerem o que eles quisessem, contanto que seguissem algumas regras.