Quando um grupo de jovens percebe que as últimas horas de suas vidas estão contadas, vemos os horrores desencadeados pela vontade de sobreviver. Em poucas palavras, essa é a premissa de Leviathan, novidade chocante e fascinante da Editora JBC.
A obra chegou no Brasil recentemente, mas começou sua circulação em 2022, na França. Em seguida, foi para o Japão e finalmente chegou às nossas mãos. O autor do mangá é Shiro Kuroi, que já trabalhou no estúdio Toei e é formado em Design Gráfico.
Ele alega que seu objetivo com Leviathan era criar uma obra que mostrasse as reações humanas numa situação de perigo extremo. Assim, fez desenhos cruéis, mas que transmitem um significado por trás.
Em relação à publicação em si, é linda. A parte interna da capa possui uma cena da história e um vermelho forte, marcante. Também, acompanha marcador de página.
Agora, vamos ao que interessa.
Enredo
Um grupo de saqueadores encontra uma nave abandonada, à deriva no espaço. Descobrem que se tratava de Leviathan, uma embarcação de transporte humano que sumiu há muito tempo.
Buscando por objetos de valor, eles encontram um diário de bordo feito por uma das pessoas que estava na nave. Assim, descobrem o relato de um jovem estudante que estava fazendo uma viagem de formatura com a turma da escola.
Porém, após um imprevisto fatal, os principais sistemas da embarcação começam a falhar. Por coincidência, dois alunos descobrem que em breve o oxigênio irá acabar e há apenas uma forma limitada de sobrevivência.
Enclausurados e à beira do desespero, eles deixarão seus instintos mais primitivos e violentos virem à tona para se manterem vivos.
Primeiras impressões
Tentei trazer o enredo da forma mais interessante e sem spoilers, para que você tenha a experiência incrível de ver o desenrolar dos fatos.
Leviathan silenciosamente te faz a pergunta: se você soubesse que sua vida está com os minutos contados, aceitaria o destino ou não mediria esforços para se salvar?
Nesse contexto, vemos um grupo de crianças passarem e cometerem barbáries angustiantes. Percebemos a forma de cada um lidar com a morte eminente: trabalhar em conjunto? Se esconder? Ou eliminar as ameaças do caminho?
Além disso, vemos o que aconteceu com eles por meio do diário, que está sendo lido por um dos saqueadores. Assim, a linha do tempo transita entre o momento da tragédia e o presente, quando eles estão vasculhando a nave — supostamente — abandonada.
Então, fica a tensão: o que eles vão encontrar? Quem vão encontrar? Será que o relato é verdadeiro?
Também, como o prórpio autor falou, o mangá tem uma arte bem pesada. Não apenas do conteúdo em si, mas do próprio estilo. É um traço bem maduro, mesclando nanquim pesados com ilustrações 3D. Combina com a atmosfera da história.
Conclusão
Dito tudo isso, a publicação é carregada em suspense psicológico. É angustiante, cruel de ler, mas é fascinante e viciante. Eu praticamente engoli o mangá, lendo tudo de uma vez. Inclusive, estou ansiosíssima para ler o segundo volume e ver qual novo atentado à humanidade aquela pequena psicopata vai aprontar.
Enfim, uma história bem construída, dando o ritmo certo para o suspense e os acontecimentos. Apenas no meu primeiro gole já fiquei viciada. Então, não tenha dúvidas! Pegue sua máscara de oxigênio e um segundo estômago para embarcar na história de Leviathan.