Olá sucolinos e sucolinas! E eis-me aqui para mais um PG da temporada (de primavera 2020) e dessa vez eu não podia deixar de ficar de fora porque estou tendo a oportunidade de escrever as primeiras impressões de uma das animações das quais eu mantenho grandes expectativas. Bem, vamos ao ponto.
Proposta inversa sem ferir sua principal característica
Ao passo em que sua obra anterior – Sayonara, Zetsubou-Sensei – ilustra a relação cômica de um professor com tendências suicidas e os alunos de sua classe cada qual com personalidades únicas, Kakushigoto, obra adaptada do mangá homônimo de Koji Kumeta encarrega-se de uma proposta inversa, mas que não perde sua semelhança hilariante com seu antecessor.
Direção de Yuta Murano (Seven Days War e How NOT to Summon a Demon Lord) Kakushigoto expõe as dificuldades que Goto Kakushi – mangaká renomado – possui ao tentar manter em segredo de sua pequena filha – Goto Hime – o tipo de trabalho que tem.
Com esse fio do “segredo”, a obra estende-se para além do proposto e, sobretudo sem danificar a finalidade do que apresentou, seja esclarecendo as pontas soltas do que vem em segundo plano como assuntos ligados a industrial editorial de mangás, piadas e comentários que são interpretados erroneamente pelos personagens.
Essas características de interpretações errôneas por parte da comunicação entre os personagens é a “marca” de Koji Kumeta que similarmente dialoga com Sayonara, Zetsubou-Sensei e cria a partir dessas interpretações as situações engraçadas que promovem a estética artística do autor.
Outro ponto importante é o trocadilho que rola entre o nome da animação, do personagem e a primeira frase proferida pela pequena Hime nos primeiros segundos de exibição. “Kakushigoto, Goto Kakushi e Kakushigoto Wa Nandesuka?”
Apesar de Kakushigoto estar a cargo de um estúdio pouco conhecido fora do Japão, o estúdio Ajiado teve e tem papel importante em diversas animações como alguns longas-metragens de Doraemon, e talvez isso traga paz ao coração dos mais exigentes.
Em síntese, pode-se dizer que Kakushigoto preenche tudo aquilo que expõe subjetivamente, afinal é uma animação de segredos onde um pai tenta a todo custo esconder o seu constrangedor trabalho de sua filha, mas quem nunca teve segredos, certo? E vocês?
“Kakushigoto Wa Nandesuka?”
P.S.: O meu segredo é que a música Chiisana Hibi do flumpool se tornou meu despertador.